A caminhada continua...

Em breve novo local e horario das reuniões, todos desde ja são bem vindos, aguardem...

O que é o Caminho?

O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. Clique aqui

domingo, 27 de junho de 2010

O ESCRAVO VAI… O FILHO FICA…



Jesus disse algo solto…, e que a gente acolhe porque veio Dele…, e, também, porque faz sentido na lógica da existência, embora, aparentemente, quebre a lógica do texto, ou, pelo menos, ainda que se ligue ao texto nas “palavras” que usa..., nos termos que adota..., também presentes no contexto todo, a fala em si parece não dizer nada...


“O escravo não fica para sempre na casa, o filho sim, para sempre”...

Ora, Ele disse isso em João 8, no contexto do “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”; e, também, no mesmo lugar no qual Ele disse que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”...

Entretanto, ainda assim o texto fica solto... Sem conexão com o antes e o depois..., exceto pelos termos “escravo”, em contraposição a “filho”, que fica para sempre..., pois é livre...

Eu, no entanto, apesar de ter pregado centenas de vezes usando o texto de João 8..., jamais pregara no texto especifico em questão aqui... “O escravo não fica para sempre na casa, o filho sim, para sempre”...

Foi somente no domingo passado que me dei conta que o texto falava de fato da questão da “permanência na Palavra”...

Sim, pois Jesus dissera aos judeus que supostamente “haviam crido Nele”... que eles deveriam..., a fim de serem de fato Seus discípulos, permanecer na Palavra... — então, conheceriam a verdade e a verdade os libertaria...

Na seqüência eles ficam furiosos com a idéia de ainda virem a ser libertos... [Eles..., que se consideravam as consciências mais iluminadas do Planeta!... Libertos?...]. Sim, libertos de algo que era de uma subjetividade que, na pratica, faria todo homem ser escravo ante as realidades em questão, do coração, do interior... — no ambiente no qual se comete pecados...

Por isto, os que diziam ter crido em Jesus não podiam ficar..., permanecer..., continuar..., ficar para sempre na Casa..., como os filhos ficam. Sim, não ficariam..., como de fato não ficaram, posto que não fossem filhos da Palavra da Vida, vindo a ser posteriormente chamados por Jesus de filhos do diabo... Sim, filhos da mentira, da impermanencia, do engano e da fantasia em fuga da verdade...

Assim, simplificadamente, o que Jesus está dizendo é que existe gente com espírito de escravidão, e que tais pessoas jamais se firmarão na verdade, e, por isto, jamais ficarão na Casa do Amor, na Tenda da Graça e da Verdade, pois, para tais pessoas, o desconforto da Verdade é equivalente ao mal-estar que um escravo sente ante o fato de que ele enxerga a cada ordem do seu senhor o quão escravo ele é...

Por isto o escravo quer fugir sempre...

Para ficar na casa do Pai a pessoa tem que se sentir e saber filha..., do contrario, a Casa/Palavra de Jesus se torna insuportável...

Não adianta... Sem a confiança no amor do Pai e sem a confiança de ser filho..., nenhum homem se emancipa pela religião a fim de se sentir filho, se ainda é escravo...; e, por isto, pelo espírito de escravidão ao pecado..., jamais se sentirá à vontade ante na Morada da Verdade e da Graça... Daí o escravo não ficar para sempre, não permanecer na Palavra; sendo que o filho fica para sempre...

Faça o melhor proveito para a sua vida!

Nele, que não gera escravos, mas filhos do amor permanente,

Caio

terça-feira, 22 de junho de 2010

caminhando


Seguir a Jesus Sem Religião


Jesus combateu os líderes religiosos de sua época com muita firmeza; eles eram falsos, impunham suas regras moralistas e policiavam as pessoas; se sentiam superiores e rejeitavam os “pecadores”, se esqueciam da misericórdia, da fé e da justiça.


Eles tinham aparência de justos e Jesus os chamou de hipócritas, raça de víboras e filhos do Diabo. A religião cristã dos nossos dias, seja ela católica ou evangélica, está em pior situação que a religião dos dias de Jesus. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio e a corrupção.

O convite de Jesus a cada um continua sendo simples: SIGA-ME!

Seguir a Jesus é receber o amor dele e amá-lo! É ir com ele pelo Caminho; é por o pé na estrada e não olhar para trás; seguir a Jesus é continuar caminhando a cada dia, aprendendo com ele, ouvindo sua voz cheia de ternura e misericórdia!

Seguir a Jesus é ir no caminho do amor, da compaixão e da da graça, que é favor imerecido. Seguir a Jesus é ir abraçando os pecadores pela estrada, é ir sem pedras nas mãos, é ir perdoando e sendo perdoado, é ir chorando ou rindo sempre olhando para Ele!

Seguir a Jesus é ir sem o fardo dos pecados ou da religião; é apenas ir ao lado daqueles que também decidiram ir por onde Ele for e o vento do Espírito levar!

É ir com ele até a cruz, onde os pecados foram encravados; seguir a Jesus é abraçar esta Graça que perdoa e aceita; seguir a Jesus é celebrar a ressurreição, a vitória sobre a morte!

Se você quer seguir a Jesus, sem os pesos mortos da religião, se você quer seguir a Jesus por nada porque Ele é TUDO em sua vida, junte-se a nós! Somos todos pecadores, seguindo a Jesus por termos sido atraídos pelo amor dele!

Em Cristo, nosso querido Salvador!

Adailton César

para saber mais acesse: http://www.caiofabio.net/2009/canal.asp?canal=00014

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PARA QUEM DESEJA VIVER NA GRAÇA


1. Fica decretado o fim de toda lei, pois recorrer à Lei é decair da Graça.


2. Fica decretado que a Parábola do Credor Incompassivo passa a ser a Lei da Graça para todos os que confessam a Graça de Deus sobre si mesmos, pois quem recebeu perdão infinito tem que oferecer perdões finitos.

3. Fica decretado o fim da inveja espiritual e material, pois tudo o que o outro tem e é lhe foi dado de modo soberano, livre e inexplicável pelo Deus de toda Graça. Assim, a Inveja é uma revolta contra a Graça divina.

4. Fica decretado o fim do medo e das inseguranças sobre o papel de cada um na vida, visto que cada um é e possui apenas os dons que recebeu de graça; e cabe a cada um não tornar vã a Graça de Deus em sua vida, jamais enterrando o talento recebido.

5. Fica decretado o fim de toda comparação e medição de ombros, caras, belezas, possibilidades e sortes, posto que cada um recebeu aquilo que ele próprio não criou para si mesmo como dom e talento.

6. Fica decretado o fim de toda raiva do sucesso do outro — se o sucesso é a bem-aventurança do ser —, visto que será raiva de uma Graça divina.

7. Fica decretado o fim de toda imitação, posto que toda imitação significa abrir mão da Graça de ser em busca de furtar aquilo que pela Graça o outro é. Isto é ingratidão.

8. Fica decretado o fim de toda vanglória, visto que na Graça toda glória humana é vã, pois a única coisa em que se gloriar é ter-se recebido aquilo que não se merecia.

9. Fica determinado que aquele que vive na Graça já não teme nem a morte e nem a vida, nem tampouco ser quem é, em Cristo. Pois o temor de ser seria equivalente a temer entregar-se a Deus.

10. Fica decretado de uma vez e para sempre que a única maneira de se entender e ver a plenitude da Graça em sua encarnação e explicação de si mesma está na vida, nas palavras, nos gestos e nas atitudes de Jesus de Nazaré — pois foi Nele e somente Nele que a Verdade e a Graça se beijaram como Glória Plena, e qualquer outra expressão de Graça que não carregue essa semelhança é uma falsificação do que Jesus estabeleceu como modo humano de ser na Graça de Deus.

Caio

sexta-feira, 18 de junho de 2010

VÍCIO DE CULPA



Você pode ter errado muito e tomado consciência de tudo como culpa, e, por isso, senti-se culpado até quando nada faz de errado.


Ou, quem sabe, você é a apenas um neurótico, oprimido por elevadas demandas pessoais de perfeição, de acerto e correção, e, assim, todas as vezes que alguém reclama algo de sua pessoa, havendo ou não razão para tal, você se sente culpado pela tristeza e frustração que possuíram o coração do outro, e, assim, se culpa e sofre.

Ou ainda pode ser que você sofra de um narcisismo de justiça-própria, e, por tal razão psicológica, sinta-se culpado sempre que você não seja visto com beleza pelo olhar de outros.

Assim é o vício da culpa; posto que desse modo ele opera esteja ou seja a pessoa culpada ou não de qualquer coisa.

A culpa, porém, existe também, e, sobretudo, de modo objetivo; e, na maioria das vezes, os verdadeiros culpados desenvolvem mecanismos de dormência e auto-engano a fim de adiarem, se possível até a véspera da morte, a reflexão sobre o que fizeram e fazem.

Em geral os culpados conseguem ir levando a existência sem muitos sentimentos de culpa, pelo menos nenhum que os perturbe e os faça mudar.

Entretanto, os viciados em culpa pessoal, sejam os neuróticos, os hipersensíveis ou os narcisistas éticos, em geral sentem culpa até que do que culpa não têm. E, assim, vão adoecendo de dor culpada, e, depois de um tempo, mergulhando em depressão, ou adoecendo na incapacidade de ter alegria, ou ainda vão desenvolvendo mecanismos de excessivas explicações, ou, então, vão se cansando, e, por fim, desistindo do verdadeiro bem, posto que o “falso bem” somente nos empurra para longe do verdadeiro bem.

Muita gente, entretanto, julga que o sentirem-se culpados é uma virtude, sem saberem que é um grande mal, isso quando nenhuma culpa está presente.

Num mundo caído e para o homem caído, o sentir-se culpado quando se peca é uma das maiores dádivas do Deus de Graça. Sim! Pois, culpados e sem culpa seríamos diabos encarnados. A culpa, porém, é uma dádiva da redenção, e, sem ela, não há processo de salvação para aquele que peca, pois, na ausência dela, eternizasse o pecado como parte do nosso ser finalizado.

Assim, pecar e esconder-se é ainda sinal de saúde nos doentes que somos nós!

Do mesmo modo a culpa é sinal de saúde no ambiente da Queda quando ela segue o pecado sinceramente; e conduz o homem ao desejo de vestir-se, mesmo que apenas depois ele descubra que somente Deus tem o poder de vestir os culpados, não pelo encobrimento da culpa, mas sim pela sua inteira remoção.

Cabe ao homem perdoado buscar viver com a seriedade e consciência de quem conhece o pecado e a culpa, e os leva a sério, ao mesmo tempo em que dele se requer que ande sem culpa, ainda que sem levezas irresponsáveis e levianas.

O perdão alivia o coração de todo peso de culpa, mas não se impõe sem as gravidades da consciência!

Assim, perdão é leve e doce, ao mesmo tempo em que é grave e denso.

Digo isto apenas para concluir afirmando que homem que anda sob o signo do perdão perscruta sempre a sua consciência em cada coisa, sentimento ou ato, porém, mesmo quando busca a conciliação com alguém a quem não ofendeu, o faz pela paz, mas não pela culpa. Afinal, não é bom confessar culpa da qual não nos acusa o coração exposto à Palavra e ao Espírito de Deus.

Sim! Pois, o vício da culpa é a dor de um “pobre diabo” em nós, mas, mesmo sendo “pobre”, é ainda um diabo em nós.

Pense nisso!

Caio

O MELHOR INVESTIMENTO DA VIDA É A VIDA!



O Sentido da Vida, que é o ensino do Evangelho antes mesmo de existirem os Quatro Evangelhos — afinal, o Evangelho é eterno — sempre indicou na direção da Vida como entrega, como dádiva, como sacrifício e como morrer vivificante.


E assim é com tudo o que seja vida...

A Natureza dá testemunho diário de seu investimento de entrega e de morte ao ciclo da vida.

Natureza é isso: vida servindo a vida!

Entretanto, no Evangelho, tal entrega é espontânea e é consciente. Por isto se diz que é para que lancemos o nosso próprio pão, loucamente, sobre as águas, a fim de que alimentemos voluntariamente o rio que nos abençoa com água e peixe.

E mais; ainda se completa afirmando que tal dádiva, depois de muitos dias, sempre em um longe oportuno, volta para nós, e retorna nosso investimento feito às cegas, na mera alegria de dar à vida mais vida.

Jesus disse que o caminho para receber é dar.

Disse que é muito melhor dar do que receber.

Disse que o grande privilégio deve sempre ser ter podido dar.

Disse também que a devolução de nossas dádivas de amor, acontece sempre de um modo exagerado, embora nós nem sempre saibamos como a medida sacudida, recalcada e transbordante virá; com que forma nos visitará; embora saibamos que será sempre na melhor hora.

E em tal ato de dar se deve ter também o mesmo sentimento que houve também em Jesus.

Ora, Jesus nunca disse que deu nada!

Sim, não há uma única propaganda Dele sobre Ele!

Ele apenas diz que é para não andar ansioso de nada, que é para buscar o Reino de Deus, que é o Evangelho vivido; e que tudo o mais nos seguiria como bondade e misericórdia todos os dias de nossas vidas.

E mais:

Ele disse que a vida Dele ninguém tirava Dele. Ele a doaria. Sim, pois doação arrancada não gera o fluxo da vida.

A Sabedoria, todavia, diz: Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias, o acharás.

Portanto, trata-se de uma decisão voluntária.

Uma decisão alegre de ofertar ao rio da vida o pão do nosso labor como gratidão, confiança e fé.

Nele, com fé,

Caio

sábado, 12 de junho de 2010

A MORTE DO PECADO



Aquele que não teve pecado, Deus o fez pecado por nós...


Comparável a essa frase em seu conteúdo esmagador somente uma outra:

Ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar...

Ambas referem-se ao Cordeiro de Deus, a Jesus, o Senhor.

O que me choca é que está tudo feito e acabado, menos para quem diz “crer”. Os que “crêem” não sabem que ainda não crêem, ou não sabem no que crêem. Pois se o soubessem, saberiam que a Lei morreu em Cristo; que a força do pecado é a Lei, mas que com sua morte, ela, a Lei, já não tem poder sobre nós. Ora, essa morte da Lei matou a força do pecado, pois onde não há Lei, também não há transgressão. Assim, o que Jesus Pagou por nós, está Pago para sempre. Mas quem crê?

Então você pergunta: Se é assim, como então nós ainda pecamos?

Ora, o pecado que eu peco é fruto de minha queda, mas já não carrega em si mesmo o poder de me matar, tanto quanto já não carrega mais o poder de me fazer “compulsivo”, pelo simples fato de que em minha consciência ele já não se faz acompanhar da condenação da morte.

É o medo da morte e a certeza da condenação o poder que gera toda compulsão!

O pecado faz mal ao meu ser, mas já não tem o poder de daná-lo, se se está confiante no poder e na consumação do que Jesus já fez por nós. Afinal, o pecado só existe em mim, mas já não existe como algo que pende como espada da morte sobre minha cabeça. Eu estou em Cristo!

Já não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus!

Agora eu ouço:

Filhinhos meus, não pequeis; se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai; Jesus Cristo, o Justo; Ele é a propiciação pelos nossos pecados; e não somente pelos nossos próprios, mas inda pelos do mundo inteiro!

O Deus que se fez carne também se fez pecado por nós!

E certamente Ele não fez isto para que continuasse tudo igual. Tem que haver um fato-fator-real que decorra dessa ação. O fato real é um só: o pecado existe na vida de cada um de nós, mas já não existe como condenação. O fato do pecado em mim é inegável. Todavia, é também inegável que ele já não tem poder sobre mim.

Como? Não tem poder? Como?

Ele existe como produção de minha carne (corpo-totalidade-do-ser), pois faz parte de minha constituição caída. Hoje ele pertence à dimensão de minha animalidade não elevada em consciência, pois ainda está presa à minha condição de “egoísta-essencial”. No entanto, o pecado virou gripe: amolece, mas já não me mata.

Então, eu constato o pecado em mim. Grito: “Desventurado sou!”. Mas meu grito já não ecoa para a eternidade, não ecoa nem mesmo no tempo, exceto em mim, que me entristeço comigo mesmo. Entretanto, ele já não passa daí. Pois a Lei do Espírito e da Vida em Cristo, me libertou da Lei do pecado e da morte!

Agora, se creio no que “está feito”, vivo pelo que Ele fez por mim, não em razão do que eu, mesmo crendo, ainda faço contra mim.

Aquele que não teve pecado Deus o fez pecado por nós, para que nós que pecamos já não sejamos pecado, mas sem pecado Nele, que nunca tendo pecado, foi feito pecado em meu lugar.

A lógica é uma só: quem nunca foi...foi feito...para que quem é...possa já não ser, mesmo que ainda seja...pois mesmo sendo, só o é para si mesmo...mas não mais para Aquele que por nós se fez aquilo que Ele mesmo não era...para que nós que somos...já não o sejamos como quem em sendo morre do é.

Quem eu sou já não me mata!

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!

Com efeito Deus condenou na carne o pecado!

Com efeito a condenação do pecado aconteceu na Cruz!

Com efeito, quem crê já está liberto; ainda que pratique a sua própria liberdade tomando consciência de que quem ele é, o é em Cristo; não em si-mesmo.

Com o pecado morto, e com a Lei sepultada, o que sai da morte e da sepultura não é mais o que me mata, mas o que me salva.

Cristo morreu pelas nossas transgressões e ressuscitou para a nossa justificação!

Eu sei, no entanto, que é muito difícil crer na pregação. Isaías ainda pergunta: Quem creu na pregação?
Ora, pouca gente crê!

Quem dera essas multidões que confessam a Jesus como Senhor soubessem e cressem também; e quem dera que sobretudo cressem no que “os penosos trabalhos de sua alma” realizaram por todos nós!

A promessa divina era que o Salvador veria os resultados dos “penosos trabalhos de sua alma e ficaria satisfeito; pois que como o Seu ‘conhecimento’ Ele justificaria a muitos”.

Há um conhecimento a ser apreendido!

Somos salvos pela fé. Mas há um “saber em fé” que é o “conhecimento” da justificação já realizada.

É esse “conhecimento em fé” é aquilo que nos mergulha no descanso que declara: “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados”.

Para mim já está pago!

Não aceito nem mesmo os débitos que minha carne me apresenta para que eu os pague. Olho, constato, e declaro: “Todo escrito de dívidas foi encravado na Cruz”.

Eu não creio em mim, mas Deus sabe que eu creio na pregação!

Nele, que Resolveu para sempre,

Caio

domingo, 6 de junho de 2010

A DIFÍCIL TAREFA DE RECOMEÇAR!



Como é difícil começar. A maioria das pessoas sofre de medo de iniciar e de pânico de reiniciar.

Iniciar depois que um dia se começou alguma coisa, porém, se caiu, é, todavia, bem mais difícil.

Sim! Porque no fazer “de-novo” depois da queda, tem-se que aprender a ciência do fazer sem a energia do começar, que, em geral, vem da ambição de provar o próprio valor, e, depois, prossegue pela simbiose entre sucesso e vaidade.

Aquele que um dia fez e caiu no que fazia, tem que se erguer de escombros de depressão, de tristeza e de realidade em estilhaços, e isso sem os ânimos do engano.

Eu sei o que estou falando. Já tive que me por de pé muitos e muitos dias apenas crendo que é em pé é que eu deveria estar. E dizia para mim mesmo: “Filho do Homem! Põe-te em pé e falarei contigo!”; ou ainda: “Que fazes aqui Elias?”; ou mesmo: “Das profundezas clamo a Ti Senhor!”

E para recomeçar?

Ah! Meu Deus!

Pesa mais recomeçar depois que já se teve muito ou quase tudo, do que quando nunca se fez ou teve nada. Sim! Pois se sabe que se foi por muitos labores que se chegou aonde se chegou [e de onde se caiu] — será por muitos e muitos mais trabalhos interiores e exteriores que se sairá de onde se caiu a fim de começar outra vez.

Na juventude se começa na ilusão e no sonho. Mas quando um dia a vida veio e se foi como trabalho e manifestação social da pessoa, e ela, todavia, tem que recomeçar, então, terá que fazê-lo sem as forças das esperanças não provadas pelo fogo da existência, e, assim, terá que realizar sem poder contar com o poderoso motor das ignorâncias filhas da ilusão.

Para recomeçar no sentido da vida só mesmo pela fé!

Talvez seja por essa razão que Abraão já não fosse jovem quando foi chamado; e já era um velho amortecido quando gerou seu filho Isaque. Talvez seja pela mesma razão que Moisés já fosse idoso ao ser chamado para conduzir o povo. Sim! Pois ambos já eram homens sem ilusões, e, por isto, eram homens apenas da fé, e não do entusiasmo dos tolos e ambiciosos, por mais puros que fossem em seu entusiasmo iludido.

Abraão e Moisés não voltaram para suas casas empolgados e dizendo: “Oba! Surgiu-me uma grande oportunidade de mudar o mundo!”

Não! Foram decisões difíceis e graves. Implicavam em abandonar todos os passados. Determinava uma decisão de rompimento com todas as coisas. Era como nascer de novo já velho, e sem as ignorâncias que animam a existência juvenil.

Enquanto a gente começa apenas na empolgação, a gente fica sem saber o significado de andar apesar de tudo, e de esperar contra a esperança.

Entretanto, seja qual for o começo ou o recomeço — ambos e ou todos eles só começam ou recomeçam com um passo simples.

Na juventude o salto é como o de uma lebre ao alcance de uma cenoura de chance na vida. Mas quando um dia se afundou no pântano das cenouras, o que de lá emerge é um mutante radical, pois, sai um jabuti, com casco pesado, com carapaça densa, com pele encascada; e lento; muito lento; muito no esforço... Mas sai!...

No entanto, quando tal pessoa-jabuti decide erguer-se, por mais difícil que seja, o faz movido por amor à vida, e não mais em razão das ilusões da vida.

Entretanto, terá que levantar-se muitos e muitos dias apenas em nome da fé e de seu amor pela vida, pois, muitas vezes, só terá esses elementos a pavimentar seu chão.

Houve um tempo em que eu ficava triste porque tinha que dormir. Hoje eu folgo a possibilidade de descansar. Entretanto, cada ação minha é muito mais apenas e tão somente o fruto de minha essência em fé e amor a Deus e à vida, pois, os motivadores da juventude todos eles se acabaram.

Hoje eu sei que a glória da segunda casa é maior do que a da primeira, pois, a primeira casa é feita pelas mãos movidas pela glória, enquanto as mãos que erguem a segunda casa são apenas movidas pelo amor simples.

Assim, quando faço muitas coisas apenas por consciência e não por empolgação, muitas vezes o faço entre suspiros pesados de cansaço, mas com grande alegria de verdade no coração, pois, a segunda casa não é gloriosa como a primeira, mas é simples, sincera e sem entusiasmos infantis.

Até Noé, depois do Dilúvio, antes de recomeçar, plantou uma vinha, pois, depois do Dilúvio a alma quer um descanso de alegria leve. Mas a vinha não lhe fez bem. Excedeu-se. E teve que viver com as conseqüências.

Depois do dilúvio eu fiquei parado entre plantar uma vinha e continuar direto da arca para a construção de algo que fosse a continuidade da vida.

Fiquei quieto!...

Decidi plantar um trigal, não um vinhedo. E levantei todas as manhãs e fui dormir quando o dia amanhecia, crendo que aquele que vai andando e chorando enquanto semeia, voltará com jubilo trazendo os seus feixes.

E é assim que levanto todas as manhãs. É assim que me levantarei todas as manhãs, se Ele assim me ajudar. Pois, quero andar sereno enquanto planto; certo de que se chora no caminho, mas, muito mais certo ainda de que os feixes de vida já estão prontos para que eu os leve em meus ombros como carga de alegria da vida.

Nele,

Caio

PARA QUEM GOSTA DO QUE É SIMPLES!



Não se preocupe com Deus. Ele cuida de Si mesmo. Ele se defende. Ele é maior de idade.



Não se angustie por Deus. Ele não se transtorna e nem se abala.


Não defenda Deus. Se Ele não defender a Si mesmo, por que haverá você de fazê-lo? Você tem melhores argumentos?

Não se aflija em fazer Deus compreensível. Isto não é possível. Ele revela a Si mesmo ou nada é discernido.

Fale de Deus como Ele fala de Si mesmo.


Fale de Jesus como Jesus falou de Si mesmo.


Fale do Evangelho como ele fala em si mesmo.


Nunca discurse Deus. É obra de artífice de ídolos de linguagem.

Nunca filosofe Deus. É a louca-loucura dos sábios, que é a maior insensatez para Deus.


Nunca doutrine sobre Deus. É melhor oferecer bula de remédio a um doente analfabeto.


Confie sempre na verdade. Ela é invencível.


Confie sempre no amor. Ele é de Deus; pois Deus é amor.


Confie sempre que a paz é a melhor arma e a melhor defesa.


Creia simples e tudo será maravilhoso.

Creia complexo e você jamais terá alegria.


Creia, apenas creia, e tudo passará a ser possível.


Mas, sobretudo, seja sincero com Deus e com você mesmo, pois, sem isso, nada acima é verdade.


Nele,

Caio