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sábado, 29 de janeiro de 2011

VIVENDO NUMA TERRA SEM “QUASE” NENHUM AMOR





Hoje a noite, não me lembro a razão, Adriana estava falando sobre como seria horrível viver na Terra sem esses que Jesus disse que seriam uns “quase”, uns poucos, em cujos corações o amor não se esfriou e nem esfriará.


Ela saiu do quarto e continuei pensando, e, no processo, associei o que Jesus disse sobre o tema, e o que Paulo afirmou que seriam as características dos homens dos “últimos dias”.

Creio; e para mim é questão de fé e constatação, que a humanidade caminha para uma “quase” auto-extinção; a qual, só não acontecerá totalmente por uma invasão divina no processo histórico; intervenção essa que Jesus chamou de a Vinda do Filho do Homem.

Em meio a tantas coisas ditas por Jesus sobre o assunto, há uma que para mim se torna a mais evidente de todas. Sim, mais que guerras, revoluções, terremotos, calamidades, revolta da natureza; ou os sinais relativos à Israel como nação; — há um sinal supremo, e que é o mais imaterial de todos, porém, também, o mais sensível de todos; o qual, em minha opinião, marca esse “tempo do fim” até mais do que “o sinal da pregação” do evangelho do reino de Deus a todas as nações. Isto porque até esse “sinal da pregação” é totalmente impoderável, apesar da presunção estatística da “igreja” de se pensar como o uníco agente do reino de Deus no mundo; e, portanto, aquele que decide onde estão as geografias da perdição e da salvação no planeta.

Sim, o mais forte de todos os sinais, é forte o suficiente para se fazer sentir em toda a Terra, apesar de ser algo de natureza imaterial.

A Grande Bomba é a morte do amor!

É isto mesmo. Falo da morte do amor; pois Jesus disse que no tempo do fim o amor se esfriaria como conseqüência da proliferação do espírito de iniqüidade.

E Paulo parece estabelecer o sinal mais evidente desse tempo do fim quando também faz questão de dizer que não queria que fossemos ignorantes a respeito de como seriam os homens das últimas gerações. Então faz também descrições do que acontece quando o amor desvanece pela proliferação da maldade.

Desse modo, à semelhança de Jesus, Paulo fala de seres inafetivos, de falta de afeto dos pais pelos filhos e dos filhos pelos pais; afirma que o espírito de competição, inveja, ambição perversa, traição, libertinagem, fundamentalismo, facção, e, sobretudo, a construção de um “Deus” de conveniência — sinais de ausência de amor que estariam e estarão mais que presentes na Terra.

Além disso, Paulo também fala de crenças “religiosas-cristãs”, fundadas na ambição do poder e na manipulação da verdade do Evangelho; todas elas dedicadas à manipulação dos homens também. Desse modo, essa seria a marca suprema desse espírito da última hora: a morte quase total do amor!

Ora, já é isso que se vê em toda parte. Pais esquecem os filhos aos quais geraram e nada sentem. Filhos desconsideram seus pais e se mostram inafetivos. Casamentos se acabam com muita facilidade, pois, terminado o encanto químico, não existe amor para sustentar a vida conjugal. Isto para não se falar na total falta de amor, de entendimento feito do material do amor, e de compaixão, que são os únicos elementos capazes de vencer a perversa vocação da inteligência humana para realizar tudo o que consegue, tanto para o bem como para o mal.

Desse modo se pode dizer que o que vai “quase” acabar o mundo inteiro é a falta de amor; muito mais do que de água, comida e saúde.

“O amor se esfriará de ‘quase’ todos”, disse Jesus.

Ora, não fossem esses “quase”, esses dinossauros do amor, esses sobreviventes das bombas da maldade, e não haveria, já hoje, nada de amor na Terra.

Você já imaginou como será viver num mundo onde os humanos percam sua humanidade essencial, que é o dom da compaixão-justiça?

Sim, como será possível viver num mundo onde não houver mais “quase” nenhum amor, de nenhum tipo, de nenhuma natureza; mas apenas o poder avassalador da maldade e do reino da vontade, do egoísmo e da perversidade que gera perversão?

Simplesmente não é possível haver vida; mas, no máximo, guerra pela sobrevivência!

O mundo ainda sobrevive porque os “quase” ainda são muitos. Porém, em breve, os “quase” serão quase nada mesmo. E, então, nesse tempo, a Terra será o inferno.

Nele, que nos chama à chama do amor que não se apaga,

Caio

DEUS SÓ É BOM SE FOR FIXO!




Quando Jesus disse “Quem me vê a mim, vê o Pai”, acabou todo o trabalho de especulação acerca de Deus; e iniciou-se o caminho do conhecimento de Deus pela via da experiência pessoal do individuo com Jesus; como também se deflagrou, explicitamente, a jornada do conhecimento de Deus pela simples e humana manifestação de Jesus para com todos os tipos de seres humanos.


Olhando Jesus, vejo Deus se relacionando com os seres humanos num mundo não-ideal, ou, caído, como se costuma dizer. Assim, Jesus revela a relação de Deus com a vida conforme os olhos humanos a vêem. E propõe a relação do homem com Deus como amor a Deus que se manifesta de modo humano; amando a Deus no próximo.

Em Jesus, o amor a Deus, se torna algo simples como Ele disse que simples seria ver o Pai: simplesmente olhando para Ele: “Quem me vê a mim, vê o Pai”. Todavia, seguindo o mesmo sentido e qualidade relacional, Jesus disse que se Deus é visto no Filho do Homem, do mesmo modo Deus só é amado no homem.

Desse ponto em diante começa a vida com Deus que se faz marcar pelo “assim como...” Sim, “assim como vos amei, amai-vos uns aos outros”. Ou: “Assim como vos fiz (lavando-lhes os pés)... fazei uns aos outros”. Ou mesmo: “Assim não será entre vós...”, como quando falou que o padrão de liderança entre os discípulos não era pela via do controle, mas do serviço e da doação do ser ao próximo e sem juízo. Ou, então, para não sermos longos demais, como quando disse: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio”.

Desse modo, se substitui toda especulação pelo simples “assim como eu, assim seja com vocês, pois assim é conforme o Pai, o qual é visto em mim; pois eu e Ele somos Um”.

O interessante, entretanto, é que os humanos, que sempre criaram “imagens de escultura” para serem seus deuses, ou que, modernamente, cultuam, por exemplo, a igreja, a religião, gurus, etc..., como verdadeiros deuses —, ficam, entretanto, chocados, quando se diz que a “teologia” acabou, que a filosofia cristã especulativa e grega é uma estultícia, e que em Jesus está tudo...

Sim, Deus aberto, explicito, santamente arreganhado.

Diante disso, questão é: como se pode cultuar uma imagem fixa e criada pelo homem e, ainda assim, ficar escandalizado quando se diz, fundado no fato de que “quem vê o Filho, vê o Pai”, que quem vê Jesus, vê Deus?

A resposta é tão obvia quanto o pecado humano: “Deus de pedra a gente topa, mas vivo e humano-divino, andando e nos chamando a andar, a gente não quer”.

Sim, porque se prefere qualquer coisa fixa, seja um ídolo de barro, pau, pedra, ouro, gesso, bronze, etc; ou seja um “Deus” feito de pacotes de salvação; de unções especiais feitas por homens especiais; ou algo coberto pela aura de uma espiritualidade ativada pela via de um rito, de um culto, de uma oferta, ou de qualquer outra forma de controle e gestão do sagrado — do que simplesmente crer que quem vê Jesus, vê o Pai; e tem tudo.

E por quê será assim tão simples e complicado, tanto para “pagãos” quanto para “cristãos”?

É que essa hiper-simplificação que a encarnação faz de Deus — quem me vê a mim, vê o Pai — não é fixa, porém insuportavelmente livre. E ninguém, de fato, ou quase ninguém, gosta de liberdade; como também não quer ter que possuir uma consciência que tenha que ser exercida o tempo todo, seguindo a simplificação suprema de Deus na Encarnação; a qual é simples, mas é tão livre como o vento que sopra onde quer. E, portanto, demanda a coragem da folhas que apenas se deixam levar... E isto conforme o Evangelho, nas vísceras da existência; e sempre inapelavelmente em Deus e com Deus.

Ao final, em algum momento final de verdade absoluta, todos os humanos vão ter que admitir que amaram muito pouco a liberdade; e, por tal razão, tendo tido tudo para viver livres, sempre criaram álibis para colocarem-se sob novos jugos de escravidão; até mesmo aqueles falados elameadamente como “liberdade”. Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai”.

Mas o problema é que Ele não disse fiquem, mas sigam-me; não disse façamos aqui três tendas, mas afirmou que quem propôs tal coisa não sabia a loucura que pronunciava; não disse fujam do mundo, mas sim vivam nele livres do mal; não propôs nenhuma evasão da realidade, ao contrário, mandou discernir os tempos; não era previsível em nada, exceto em Seu amor e misericórdia; não se impressionava com gente, nem com lisonjas, nem com números, e nem com Seus próprios milagres, ou qualquer milagre, sempre afirmando que o grande milagre era amar apesar de tudo.

Assim, sempre escandalizou quem não deveria se escandalizar; e sempre escandalizou a todos aqueles que achavam que um homem como Ele não se ofereceria para ser amigo deles.

Por esta razão é melhor chamar pau e pedra, e doutrina e dogma, de “Meu Deus”; do que apenas ver o Pai em Jesus, e, sem especulação, ou teologizações, apenas “segui-Lo”.

Por isto, tal percepção é tão danosa aos fazedores de ídolos de latão ou de pacotão de barganhas cristãs com “Deus”, como também o é aos teólogos sofisticados, e, acima de tudo, à religião.

E por quê?

Ora, qual é a diferença entre um fazedor de ídolos de pedra e um fazedor de ídolos de idéias?

Outro dia um “alto clero” evangélico me disse que “a teologia é o estudo de Deus”. Que diferença há entre tal “curso sobre Deus” e um “treinamento” que um artífice de ídolos dá a um novo assistente de oficio? “Quem me vê a mim, vê o Pai” é uma revolução que quase ninguém quer; pois acaba com quase tudo o que foi instituído como divino e sagrado. E isto vai da Macumba à Igreja Evangélica.

Enquanto isto...

Os mercenários, os lobos, ou os doutores de Deus, tentam convencer o povo de que se não forem obedecidos, ou seguidos em suas sabedorias, no primeiro caso haverá maldição; e, no segundo caso, uma viagem sem volta para fora da “sã doutrina”; a qual, só é sã porque é a deles; e eles são os “sãos” que não precisam de médico. Por esta razão, Jesus continuará a ser a manifestação e encarnação do Pai para os cristãos, desde que sempre seja visto pelos olhos mal-intencionados de uns; ou apenas fanaticamente condicionados dos que confessam tudo isto, mas têm pavor que o povo acredite, e não precise mais de suas “sacerdotalidades” a fim de prosseguirem na jornada. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos!” —advertiu o velho apóstolo João!

Nele, que É Aquele que É,

Caio

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O ALTÍSSIMO DOMINA SOBRE O REINO DOS HOMENS





Há os que conhecem a “Doutrina da Soberania de Deus”; e há aqueles que conhecem o Deus Soberano. Quem conhece a Deus pela “doutrina” acaba não se abrindo para o conhecimento real do Deus Soberano. E por quê? É que toda doutrina estabelece um limite. E para Deus nada é limite; exceto Ele mesmo, em Seu caráter de amor e misericórdia. Mas não há nem “Moral”, nem “Ética”, nem “Humanismo”, nem “Razão”, nem “Ciência”, que sejam limite ao Deus Soberano, visto que somente Ele sabe o que é exercer bondade. Somente Ele vê o todo de tudo.


Tudo é Nele, é Dele, por meio Dele, e para Ele! Isto diz tudo!

Do ponto de vista das imagens bíblicas, poucas ilustram tão bem o significado dessa Saberania, quanto o capítulo 4 de Daniel.

A primeira mensagem que preguei depois que voltei a pregar após o Dilúvio de 98, foi naquele texto. Em Daniel trata-se de uma mensagem do Rei de Babilônia, Nabucodonozor, a todos os povos sob seu governo.

Isto porque sete anos antes ele tivera um sonho. No sonho lhe era mostrado de modo simbólico o que lhe aconteceria. Ele era como uma Arvore Abundante. Mas como se ensoberbecera, Deus o cortaria, e o tiraria do convívio humano por sete anos, pois, muitas eram as suas arrogâncias. A cepa da Arvore, todavia, seria preservada; e, após sete anos, voltaria a dar seu fruto.

Daniel, o profeta, interpretou o sonho; e desejou ao rei que aquilo caísse sobre seus inimigos, e não sobre ele. E disse que se Nabucodonozor se arrependesse, e fosse misericordioso com os pobres e oprimidos, talvez aquele mal fosse contido sobre a sua existência.

Nabucodonozor, todavia, esqueceu-se de tudo, e, um ano depois, falava narcizisticamente de si para si mesmo, dizendo: “Vê! Tu és Magnífico!” Então, um anjo do Senhor tocou nele, e, imediatamente o rei surtou, perdendo a sanidade; e, andando como um bicho, comia grama como os animais que pastam.

Um toque invisível, e o homem mais poderoso da terra fica pastando como um animal. Um toque!

O rei ficou irreconhecível. E dele todos se afastaram. Sua aparência se assemelhava à de uma besta da terra. Até que passaram sete anos, e Nabucodonozor acordou de seu sono. E disse: “O Altíssimo domina sobre o reino dos homens!”

Olhar para o Brasil e para o Planeta Terra, hoje, é ver que o Altíssimo reina sobre o reino dos homens.

Quem poderia imaginar que os senhores da ética e da ação persecutória mais altiva, iriam estar na situação constrangedora na qual se colocaram? E quem diria que os Estados Unidos, que invadem o mundo, não conseguiriam lidar com um vento e uma onda que passaram sobre o sul de sua terra? Quem pensou que veria New Orleans se parecer com Ruanda? E quem poderia prever que as “borboletas do Iraque” haveriam de trazer calamidade sobre o chão do Invasor?

Ah! Eu vi uma mãe iraquiana olhar para o alto e clamar aos céus por justiça! Vi e tremi. Senti que sua oração fora ouvida!

Um vento, uma onda, e uma catástrofe. Um sonho, um pesadelo, um surto, um descontrole...; e um tirano se torna Zé Babão.

E há quem precise ler livros para discernir algo sobre a “Soberania de Deus”. O Deus Soberano age entre nós. Abra os olhos, e veja. E ame a Soberania de Deus.

Conforme ouvi estrondar dias atrás dentro de mim: “Eu sou Mistério! Agrada-te de Mim!”

Nele,

Caio

O ÓDIO E O PECADO DE SER




Odiar é muito difícil.


Pessoalmente, acho que é infinitamente mais fácil cometer uma violência, sair no tapa em razão de um destempero, ir à guerra e matar, do que odiar.

A violência é uma loucura. O ódio é puro estado de loucura! Odiar demanda uma determinada “instalação” na alma que só pode acontecer como semente do mal. O ódio como estado do ser significa que o potencial do amor foi transmudado em seu oposto: o antagonismo total da possibilidade da Graça.

Onde há ódio não há Graça e onde há Graça não há ódio!

Até o ofensor que peca contra o irmão setenta vezes sete é um filho pródigo da Graça, pois, para que alguém se arrependa tantas vezes e peça perdão, tem que pelo menos ter acessos súbitos de percepção do outro ofendido — o que só é possível como Graça! Aquele que tem o dom desse perdão tão freqüente e que perdoa apesar de ser alvejado tão aleatoriamente, é, sem dúvida, filho da mais profunda Graça!

O ódio, todavia, não conhece nem o perdão nem o arrependimento — mesmo que seja como surto. Saul, o perseguidor de Davi, tinha surtos de culpa, não de arrependimento. O publicano que subia ao templo diariamente para pedir perdão a Deus pelos seus pecados, tinha, no mínimo, surtos de autoconsciência, algo longe de ser almejado como estado para o ser — mas que mesmo assim ainda coloca o publicano num estado muito superior de alma em relação a Saul. O publicano tinha surtos de arrependimento. Saul apenas tinha surtos de culpa, e sentia raiva de se sentir culpado, daí odiar cada vez mais intensamente. Afinal, Davi se tornava o culpado de Saul sentir-se culpado de odiá-lo.

Odiar é difícil porque o ódio precisa se instalar como uma espécie de Direito Adquirido contra o ser do outro. E a experiência desse estado implica em algo muito mais profundo do que cometer um pecado. Implica no verdadeiro estado de pecado.

Só o ódio instala o estado de pecado no ser, assim como é no crescimento do amor que a Graça se enraíza como estado cada vez mais profundo do ser. Daí o apóstolo João dizer que aquele que odeia não conhecer a Deus e jamais tê-Lo visto, pois Deus é amor.

Aquele que odeia nunca conheceu o amor. A ira é um acesso. O prolongamento de seu estado dá lugar ao Diabo na medida em que afasta o ser de sua única proteção: o amor. Sem amor todos os flancos estão abertos para o que é mal. Mas com ódio, o mal já tomou posição soberana na alma.

Odiar é difícil também porque torna aquele que se faz capaz desse estado o ser mais cativo de todos. Ninguém é livre para odiar. Quem odeia se torna escravo do ódio. Ora, o ódio tiraniza o ser contra si mesmo, em razão de que o entrega à sua obsessão destrutiva pelo próximo.

Odiar é difícil sobretudo porque aquele que odeia des-existe. Desiste de ser e existe para o não ser, pois existe para não viver, visto que sem amor sobra-nos apenas des-existência. Ora, nesse estado há apenas a morte como cenário para a vida. E a morte nunca embelezou a vida e nem fez ninguém viver, e jamais o fará.

Aquele que odeia a seu irmão traz em si a semente maldita. Assim como aquele que ama a seu irmão carrega no ser a divina semente.

Eu creio no poder devastador do ódio. Há quem o busque e o pratique como Direito Ad-querido. Mas também sei que sua experiência instala o “software” do inferno no “HD” do ser como aplicativo primordial. A máquina psíquica passa a não “rodar” sem esse tal programa. Roda até congelar a existência na des-existência.

Então vem a morte, não daquele a quem se pretende fazer o mal, mas daquele que o intenta. A prolongada intenção de fazer o mal pelo mal pode criar o pior de todos os estados na alma: o da soberania do ódio!

Devo, entretanto, dizer que odiar é difícil apenas para aquele que vê o ódio como o pecado contra o ser. Quem se ama não consegue odiar, assim como também não consegue não amar de alguma forma o seu irmão — mesmo que seja como expressão da misericórdia que chega como um relâmpago iluminando a noite da vingança.

O amor é o único Dogma Existencial estabelecido por Jesus. Daí, na mesma medida, o ódio ser a maior blasfêmia.

O amor cobre multidão de pecados. O ódio tenta esconder-se des-cobrindo pecados existentes e até fabricados contra o próximo. Por isso aquele que ama vive com uma esperança redentora e aquele que odeia existe movido pelas pulsões da destruição.

O ódio paralisa tudo: interrompe orações e nega a Deus, pois Deus é amor. E quem pode viver sem amor? Só conheci até hoje "existências" nesse estado, mas nunca vi vida em tais existências.

Odiar é difícil porque remete a vida para a morte. E quem consegue viver se já está morto?

Perdão aos que pensam diferente, mas para mim simplesmente não dá.

Nele,

Caio