A caminhada continua...

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O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. Clique aqui

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

POR QUE PREGAR O EVANGELHO?...




Leitura complementar:


A LIBERDADE DE DEUS (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=02105)

MAIS SOBRE A LIBERDADE DE DEUS... (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=03486)

PAULO E A LIBERDADE DE DEUS... (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=00184)




Pregar o Evangelho é meu privilégio, mas não é o encurralamento de Deus!

O mandamento para pregar ao mundo é parte da Graça divina de fazer dos homens Seus cooperadores no semear o bem na Terra, mas não é porque sem o homem e sua boa disposição Deus não tenha como se comunicar com quem Ele bem deseje.

Pregar não é um mandamento para anjos, mas para homens. No entanto, quando os homens não pregam, os anjos pregam.

Sim, se os homens não pregam o Evangelho, tudo o mais prega... A Natureza prega, os rios pregam, as árvores pregam, os jumentos pregam, as mulas pregam, as pedras pregam...

“Por toda a terra se faz ouvir a Sua voz”.

Sim, nesta manhã de 10 de maio de 2009 Deus está falando...

Está falando nas montanhas distantes do Tibet. Está falando nas ilhas perdidas do Pacifico. Está falando nas tribos silenciosas da África. Está falando com índios puros... Está falando com prostitutas que se deram como pão ao diabo a noite toda... Está falando até com crentes...

Sim, Ele fala por toda a terra...

Fala por sonhos, pela consciência, pela memória de um tempo bom, pela recordação de bons conselhos, pela cogitação do bem gerado pelo Espírito Santo, pela sabedoria silenciosa que Ele derrama sobre todos, pelo olhar simples de um filho, pela lágrima da mãe, pelo esforço amoroso de um pai, pela solidariedade de um samaritano anônimo, pela estrela que diz algo ao mago distante, pelo cicio suave que fala à viúva que ela não está só...; ou, como quase sempre, Ele fala no silencio, no intimo, como segredos de um Pai que a pessoa nem sabe que tem.

Ah, como são presunçosos e arrogantes os que pensam que se não forem Deus não terá como ir!...

Deus é! Deus está!...

Eu é que tenho o privilégio de me engajar na aventura de Deus de contar aos homens sobre o Seu amor!

Sim, pois, quando assim faço, o maior beneficiado sempre sou eu, antes mesmo de ser aquele que me dê ouvidos.

E mais:

Para mim pregar não é uma obrigação. Não! Jamais! Pregar é minha alegria, é minha impossibilidade, é minha paixão, é meu vício santificado, é minha vida, é meu sentido, é minha razão de ser.

Não pregar para mim seria como amar minha mulher sem fazer amor com ela; seria como crer que amo e nunca confessar; seria como ser apaixonado e me esconder do amor; seria como saber da vida e não contar nada a ninguém; seria como ver e a ninguém esclarecer sobre o caminho...

Há muitas motivações para pregar...

Muitos pregam para ficar famosos, para terem uma posição fácil, para arrecadarem sem esforço, para suscitarem inveja em outros, ou mesmo por mera disputa de poder e crescimento...

Outros pregam por se considerarem incompetentes para fazerem qualquer outra coisa... Então, por exclusão, sentem-se chamado pela incompetência para o “ministério da Palavra”.

Entretanto, quando alguém prega apenas por amor, esse logo notará que quanto mais pregue, mais a pregação forjará caráter nele mesmo. Ou seja: pregar com amor trás a Palavra para dentro da gente, na forma de caráter e de conteúdo natural do ser.

Portanto, pregue para o bem de todos, mas, sobretudo, para o seu próprio bem.

Entretanto, saiba:

Se você não for, as pedras rolarão..., e dirão a todos os que necessitem aquilo que os homens pedrados se negam a falar com amor.

Ó Espírito Santo! Derrama o amor de Deus sobre os homens no dia de Hoje!

Nele, que fala de Si mesmo a todos os homens,

Caio

O EVANGELHO: PALAVRA E ESPÍRITO!



Tenho dito repetidamente que os evangelhos são narrativas históricas das ações e acontecimentos relacionados a Jesus, bem como de Suas Palavras. O Evangelho, todavia, é um espírito. Os evangelhos são o corpo. O Evangelho é o espírito no corpo. Para muitos os evangelhos são apenas palavras. Para outros são narrativas. Para outros eles são palavras inspiradas. Para muito mais gente ainda eles são apenas palavras mágicas. Para a maioria, no entanto, eles são os quatro primeiros livros do Novo Testamento, sendo, portanto, parte da Bíblia Sagrada. O terno evangelho é também bastante usado para caracterizar a conversão; tipo: “Quando eu vim para o Evangelho”; significando: “Quando me converti e entrei pra a igreja”. O Evangelho, no entanto, é espírito e vida. Foi isso que Jesus disse. Deus é espírito, e, portanto, Suas palavras são espírito e vida. O Evangelho é espírito e é um espírito. É espírito porque carrega o poder da verdade absoluta e produz vida onde quer que chegue. E é um espírito porque não é letra. Ora, sempre se diz e se repete que a “letra mata, mas que o espírito vivifica”. Até os mais letristas, legalistas, e escribas de textos em cuneiforme repetem essa frase. Eles, no entanto, não pensam que até as palavras de Jesus podem se transformar apenas em letra morta. Sim, as palavras de Jesus, vistas apenas como algo fixo, e que não carrega um sentir de uma justiça aplicável em qualquer lugar ou tempo da existência humana e dos humanos—tornam-se em letra morta, e nada realizam de bom para o ser. Jesus ensinou que o Espírito Santo atualizaria a Palavra do Evangelho conforme o tempo, as circunstancias e a necessidade; especialmente na hora da opressão. Em alguns lugares, em narrativas dos evangelhos, isto que acabei de afirmar fica mais do que explicitado. Por exemplo, aquela seqüência de Lucas 9 é assustadora. Jesus parece não ter critérios. Pede o impensável. Diz a um filho enlutado que não há tempo para sepultar o próprio pai; garante a outra pessoa que não dá tempo nem mesmo de voltar em casa para se despedir; e a um outro diz que mesmo o casamento pode ser deixado para trás a fim de que se seguisse o Caminho. Ora, tais palavras feitas letra se tornam insuportáveis e desumanas, isso se aplicadas indiscriminadamente na vida, e para qualquer pessoa, ou em qualquer daquelas situações. O espírito que aquelas ocorrências carregam, este sim, é o espírito do Evangelho, posto que só pode ser discernido como espírito, e não como letra; pois, nesse caso, sendo letra e lei, seriam apenas palavras de morte e não de vida; porém, como espírito, as palavras se renovam; e se fazem entender como urgência, como a sobrevalorização do que é eterno em relação ao que é passageiro, e como afirmação do amor ao reino de Deus sobre qualquer outro grande amor. O Evangelho é espírito e vida; e é também vida no espírito, tanto com ‘e’ minúsculo, como também com ‘e’ maiúsculo. O que o torna letra é a tentativa de confiná-lo a um código de doutrinas ou de preceitos morais e dogmáticos. Nessa hora e nesse dia o Evangelho vira apenas o suporte técnico — via ‘os evangelhos’ — para ajudar no levantamento do edifício pedrado, da câmara mortuária, que é erigida para abrigar os Credos e as Dogmáticas: a versão cristã do Livro dos Mortos. Deus é espírito. A Palavra é espírito. O Espírito é como o vento. O vento é como o espírito. A iluminação é no espírito. O Novo Nascimento é no espírito. O nascido de novo é como o vento, como o espírito. O discernimento é espiritual, e a sua atualização é feita pelo Espírito. Por isso o Evangelho é mais que palavras, ensinos congelados, e narrativas transformadas e acontecimentos e calendários religiosos. Assim como Deus é, a Palavra é. E assim como é a Palavra, assim é o Evangelho; visto que nada há mais vivo e espiritual do que a Encarnação Daquele que é espírito; o que faz das narrativas dos evangelhos descrições de Deus entre os homens; e o que também faz de tais narrativas analogias espirituais que encontram sua propriedade e pertinência em qualquer tempo ou era da existência humana. É isto que quero dizer quando digo que o Evangelho é espírito; e também que há algo que deve ser definido como ‘espírito do Evangelho’; e que é o aplicativo do Evangelho ao tempo, conforme a atualização que o Espírito faz; e que é o olhar do Evangelho em cada geração; sendo, no entanto, o olhar do amor.


Nele,

Caio

sábado, 21 de agosto de 2010

GRAÇA SEM TETO





Estou muito feliz com a resposta que meus últimos textos têm provocado em milhares de pessoas.


Todos eles são textos muito simples e tratam acerca da extensão da Graça em nós: para dentro e para fora do ser — no íntimo, como vida no “secreto”; e publicamente como expressão da existência em missão no mundo.

De fato não digo nada novo.

Todos os meus 120 livros anteriores tratam das mesmas coisas; sempre ampliando o conceito de Graça, conforme o exemplo do livro “Uma Graça Que Poucos Desejam” (sobre dinheiro e contribuição – 1986); ou ainda de acordo com a série “Divã de Deus”- I-II-III; ou conforme toda a série de livros extraídos das minhas palestras nos Congressos da Vinde, durante mais de 20 anos.

Entretanto, depois de toda a catástrofe acontecida entre os evangélicos nos últimos 12 anos, com a prevalência da Teologia da Prosperidade contra e sobre o Evangelho de Jesus, a simples idéia de Graça, de favor imerecido, foi banida pelo paganismo dos sacrifícios feitos à base de muita Barganha com Deus (conforme meu livro “Sem Barganha com Deus” denuncia).

Ora, tal realidade histórica gerou um espírito-comum-pervertido pelo anti-evangelho da Teologia da Prosperidade; o qual também corroeu toda noção de Graça, a qual foi exilada do entendimento da maioria.

Assim, ao re-começar toda a jornada, decidi começar do começo, como se eu mesmo estivesse pregando no tempo da Reforma Protestante.

Agora, todavia, com tantos já entendo e crendo, chegou a hora de avançar na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos convocou Pedro.

O que é fundamental é saber que a Graça é melhor que a vida exatamente porque ela é maior que a vida.

Ou seja: o que se tem na Graça de Deus é toda suficiência para todas as dimensões da existência.

A Graça começa como verdade de Deus para nós, mas seu caminho é levar-nos a tratar da verdade-nossa-em-Deus.

Assim, a verdade de Deus é a declaração de Seu amor para conosco em Cristo — está tudo feito e consumado. Entretanto, a nossa verdade para Deus é feita da decisão que se toma de deixar que a Graça nos trate em verdade em todas as áreas de nosso ser.

Durante anos tenho dito em alguns de meus livros (e mesmo aqui no site em alguns textos) que a Graça não apenas tira o homem do inferno, mas que seu objetivo é tirar o inferno do homem.

Desse modo, não existe Graça sem crescimento; pois a Graça só sobrevive como bem de Deus em nós se não pararmos seu processo em nossos corações jamais.

Celebrar a Graça que inclui e que perdoa tem que nos remeter diretamente a vida grata que obedece por amor e com muita alegria.

Somente um coração grato pela Graça recebida é que se põe voluntariamente no caminho da entrega sem medo.

Se for Graça o que se recebeu e se recebe de Deus, então, para o discípulo, tudo mais é gratidão ativa e criativa na vida.

Quem provou a Graça como amor de Deus, esse já não teme; antes disso, alegra-se na aventura do crescer.

“Graça parada” é como vida morta. Simplesmente não existe tal coisa.

“Graça passiva” é como vida vegetativa. Simplesmente não realiza nada em ninguém.

“Graça barata” é contradição de termos; pois, se é Graça não tem preço a ser oferecido como resposta.

“Graça atributo divino” é loucura; pois, Deus é amor — portanto, Deus é Graça; e tudo o mais que de Deus se possa falar ou discernir acontece como Graça — justiça, verdade, juízo, perdão, santificação e qualquer outro atributo de Deus, nada mais são do que Graça; assim como também tudo de bom que se pode provar como fruto do Espírito decorre exclusivamente do amor.

A Encarnação de Jesus é o Beijo da Graça e da Verdade entre os homens, no meio da história de nossas percepções.

Ora, estou escrevendo estas coisas apenas porque minha ênfase nos próximos tempos será no caminhar na direção dessas aventuras na Graça, as quais nos colocam no chão criativo e solidário do amor de Deus entre os homens.

Você vem?

Nele, em Quem a vida não tem teto, como teto não tem a Nova Jerusalém,

Caio

MEIOS DE GRAÇA PARA TODOS!




As principais fontes de vida e inspiração para mim, fora as surpresas da vida, do amor, da dor, da alegria e dos acidentes que se tornam felicidade, todas me vêm dos seguintes meios de Graça:


1.   A leitura da Palavra: lendo-a para mim mesmo, e não para pregar a ninguém.

2.   A Oração como pensamento que viaja em Deus, como oração mesmo, e como canção de esperança sempre, especialmente quando fica escuro.

3.   A Pregação, que, antes de abençoar a outros, viaja por mim, e me faz seu primeiro beneficiário.

4.   Cânticos de louvor, os quais, não apenas na congregação, mas, sobretudo, em meu silencio, me enchem a alma.

5.   Observar o crescimento de meus netos, por cuja observação vejo anjos.

6.   Acompanhar o crescimento das plantas no jardim e cuidar dos animais, por cujo trabalho, me remunero com a sabedoria das coisas pequenas.

7.   Encontrar alguns amigos de muitos anos, de cuja intimidade retiro minhas lembranças e raízes de ser, em coerência histórica.

8.   Estar com minha mãe, irmãs, sobrinhos, e primos, por cujo convívio sempre sou lembrado do caminho reto de meus antepassados.

9.   Minha mulher e meus filhos, com os quais aprendo e celebro as coisas que são, e que não precisam de discussão.

10.  Relaxar de tudo, o que, em geral, me traz explosões de insights que me assombram pela Graça que carregam.

Se for útil a você, pare e busque receber Graça por tais meios.

Mas saiba: tem que ser algo que vire olhar em tudo, senão nada surgirá!

Receba meu amor!

Nele, que é minha vida,

Caio

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PERDÃO PARA HOJE…




Você quer perdoar?


Então decida.


Perdão é uma decisão.


Você quer perdoar?...


Então, ao decidir, decida também matar os temas como ilustração para sempre...


Se você diz que perdoou apenas porque aceitou o culpado, mas lembra a ele de seu erro sempre que ele erre, então, você não o perdoou, apenas o seqüestrou a você.


O perdão não tira a nossa memória dos fatos, mas tira a emoção deles, e, além disso, mata o fato/passado como argumento para a vida contra a pessoa.


Ninguém é obrigado a ficar com ninguém mesmo depois de perdoar o ofensor...


Aliás, até para que duas pessoas se separem é essencial que se perdoem...


No entanto, se decidem continuar perdoadamente juntos, então, que o tema da ofensa não volte nunca mais...


Cada ofensa é uma ofensa... Quem perdoa lida com cada uma, não com o montante das ofensas, pois, se a cada nova ofensa tudo voltar..., é porque perdão nunca houve.


Jesus mandou perdoar até 70X7 o mesmo individuo em um só dia... Mas a cada perdão não se deve trazer a multidão dos outros para o encontro com a verdade... Ou, então, melhor é não dizer que se perdoou...


O grande desafio do perdão é desistir da ofensa do outro como direito nosso contra ele!


Quem perdoa não perde a memória, mas desiste do direito de acusar ou de reter a memória como raiva ou crédito...


Por isto o perdão é um ato de fé e não de emoção...


Pela emoção ninguém perdoa ninguém...


Somente pela fé que antes olha para o próprio perdão que se recebe de Deus todos os dias..., é que alguém pode praticar o perdão como decisão de graça e como privilégio...


Se perdoar não se tornar um privilégio..., creia: ninguém perdoa.


Somente quem diz de verdade “é meu privilégio perdoar”... é que de fato perdoa de modo perdoado mesmo...


Mas enquanto perdoar é um fardo e uma obrigação, todo perdão será apenas sacrifício...

Perdão é vida quando se torna privilégio em fé!

Pense nisso!


Nele, que me perdoa,


Caio

COMPREENDENDO A PRÓPRIA INCOMPREENSÃO!




“Pois não compreendo meu próprio modo de agir” — disse Paulo, enquanto também anunciava que se apanhava vendo que “o querer o bem estava nele, não, porém, o realizá-lo”.


Ora, no passado de Paulo houve coisas grotescas, pois, ele mesmo nos diz que fez o trabalho do DOPS de Jerusalém, na ditadura do Sinedrio, levando discípulos de Jesus não apenas presos, mas, conforme o próprio Paulo nos diz, “obrigando-os a blasfemarem” o bom Nome que invocavam.

Entretanto, agora, anos depois, e após andar com Jesus e nas sendas do Evangelho havia tanto tempo, soa-nos estranho que Paulo diga que não compreendia seu próprio modo de agir e que o desejo do bem estava nele, mas não o poder de realizar todo o bem que divisava.

A que Paulo se referia?...

Andava ele “em pecado”?...

Consentia ele com caprichos?...

Entregava-se ele às mesquinharias do desejo?

Na realidade Paulo era ética e moralmente irrepreensível...

No entanto, não era disso que ele falava...

Do que falaria então?...

Penso que ele se referia a um mundo de subjetividades que o incomodavam todos os dias...

Como o quê?...

Ora, coisas como os sentimentos estranhos que vinham sobre ele...; coisas como irritação, ira, zanga, mal-humor, cansaço na hora errada, impaciência, e esse tipo de lutas..., as quais, nada são para fora... [pois, pode-se aprender a disfarçar tais coisas], especialmente quando a pessoa não deixa o sol se pôr sobre sua ira, zanga, chateação, mal-humor, etc... — mas que, apesar disso, provam para a pessoa sincera o quão longe do ideal de Jesus ela está ainda...

Quanto mais se anda com Deus mais se vê que se anda quase nada segundo Deus!

Assim, Paulo não era um homem da moral, mas do espírito e do sentido intimo das coisas, o que o levava a ver o quão Saulo ele ainda era em muitas coisas, embora tudo estivesse sob controle...

Já disse antes que não sei qual era o espinho na carne de Paulo, mas sei que um homem que havia sido Saulo não necessitava de outro espinho além de si mesmo...

Desse modo, agora falando de mim, o meu maior espinho na carne sou eu mesmo, e não algo que eu faça...

Como também já tenho dito e repetido, para cada virtude divina que vejo brotar em mim, percebo o seu correspondente negativo também presente em mim...

Minha tarefa, no entanto, assim como a de Paulo, é compreender meu modo de agir, a fim de que na busca de virtudes eu não alimente minhas desvirtudes...

O coração é enganoso...

O meu é mais do que o seu...; pois, entre os pecadores eu sou o principal...

Todavia, é por ser o principal dos pecadores que creio que posso ser superabundante em tudo o que concerne ao Evangelho e à vida segundo Deus...

“Onde abundou o pecado [ou a sua consciência], aí superabundou a Graça!”

Assim, digo:

“Graças a Deus pelo dom inefável”...

Afinal, em mim não habita bem algum..., embora, agora, não por mim, mas em razão do amor de Deus, o saber isso não me empurre para baixo, mas para cima...

Sim, é desse modo, pois, Nele, eu já sou perfeito para poder me aperfeiçoar na vida.

Leia os links que seguem abaixo e você me entenderá melhor...

Nele, em Quem Paulo gemia as dores da mutação contínua,

Caio.

ESPINHO NA CARNE E CARNE NO ESPINHO (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=00175)

O HOMEM CAMINHOFÓBICO (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=03548)

O SURTO DE SIGNIFICADO DE PAULO (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=03629)

SANTIFICAÇÃO: CONSTANTE QUEBRA DE PARADIGMAS! (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=04172)

NAVALHAS DA GLÓRIA (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=04543)

PAULO: PERFEITAMENTE IMPERFEITO, IMPERFEITAMENTE PERFEITO (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=00165)

PAULO E O PARADOXO (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=00177)

VOCÊ LUTA CONTRA AS TENTAÇÕES?




Tentação!


Quem não as tem?

Quem nunca as teve?

Quem jamais as terá?

Sim, de todos os tipos e de todas as formas. Indo de realidades subjetivas às mais grotescas vontades de realizações objetivas e concretas.

O Evangelho praticamente inicia com o tema da tentação!

Por isto não é de admirar que Jesus tenha nos mandado vigiar e orar para não se “cair em tentação”. E com este “cair em...”, Ele revela que a tentação tem suas estações; ou seja: seasons. Ora, esta “estação das tentações” têm a ver com as dinâmicas psiquicas de nosso ser, conforme também aconteceu com Jesus.

Na fome, na necessidade de afirmação e no desejo de cumprir Sua missão, a tentação veio como indução para transformar pedras em pães (fome), como impulso para resolver quem Ele era aos olhos de todos de uma vez (Pináculo) e como um “bypass” no tempo, queimando etapas, sobretudo a etapa da Cruz (o Monte Alto).

Portanto, quando Ele mandou orar para evitar a tentação, com isto não ensinava nem a devoção neurótica (orar contra a tentação), nem a atitude paranóica (poderei ser atingido pela tentação a qualquer momento). Sim, porque o que Ele ordena é que se encha a mente de oração, de um falar constante com Deus, e que nada mais é senão um falar consigo mesmo em Deus; de tal modo que o pensar não é de si para si, mas acontece em Deus, vivendo assim em permanente estado de conferência com Ele; em tudo. Além disso, no Pai Nosso, Ele vincula o “não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mau” — ao contexto antecedente, que fala de estar cheio e tomado pelo Pai, pelo desejo de que Seu nome seja em nós santificado, que sei reino cresça em nós (venha!), que a vontade Dele tenha seu lugar e chão em nós; além de nos remetar para a busca do que é do céu aqui na Terra.

Assim, uma das maiores prevenções contra a tentação tem a ver com uma devoção profunda e não neurótica; posto que se propõe a buscar o que é maior e mais elevado, ao invés de se deixar tomar pelo que aqui da Terra. Botar as coisas da Terra sobre aquilo que é eterno, é o que abre o espaço existencial maior para a tentação.

Portanto, “orai...”, diz Ele, para que não se caia em tentação!

É esse orar aquilo que mais e melhor previne a estação das tentações. Todavia, se alguém decide orar contra ou por causa da tentação, mais tentado ainda ficará; posto que a tentação, pela via da oração e por ela própria, se torna algo “fixo como pensamento”, e que apenas cresce mais e mais em nós.

Este tema da tentação é interminável, como infindáveis são as pulsões de tentação humana. Entretanto, sendo simples e prático, eu digo que o que de melhor se pode fazer por si mesmo na hora da tentação, não é pensar que podemos vencê-la, mas sim que não temos o poder, em nossa carne, para combatê-la...

E, assim, sabendo disso, virmos a descansarmos em relação à tentação, pois ela se alimenta de nossa luta contra ela.

Afinal, o que não pode ser vencido pelas nossas próprias forças, havendo confiança na Graça, já deveria estar vencido como ansiedade em nós; pois, se não posso, por que se afligir com tal impossibilidade? Assim, é esse cinismo santo para com o poder da tentação, e que resulta de nossa confiança na Graça de Deus, aquilo que deve tirar o poder da ansiedade e do medo pelo qual a tentação cria metástases em nossa mente, em todo o nosso processo de pensar. Quanto mais se enfrenta a tentação como tal, mais ela cresce em nós; e se orarmos contra ou em razão dela, mais ela se "fixa" em nós; tornando-se uma devoção diabólica; fazendo-nos “orar” contra aquilo que só se torna o que tememos quando é tratado como tal.

A única maneira de enfrentá-la é deixando-a rouca... falando sozinha... sem resposta nossa... enquanto nos desobrigamos de conversar com ela... ou de respondê-la... ou de mostrar para Deus e para nós mesmo que temos "o poder do livramento"... e que por isto a venceremos. Isto porque o “poder do livramento” do qual nos fala Paulo, escrevendo aos Coríntios, só se efetiva na vida daquele que descansa no livramento que já é; e que não apenas será se o tornarmos real por nossas próprias forças!

Quando se confia na Graça e no amor de Deus por nós, toda tentação perde seu poder; e se descansarmos na certeza de que Jesus já foi também tentado por nós, conhecendo cada uma de nossas fraquezas ou tendências, mais vicária e transferível, pela fé, será a vitória de Jesus em nosso favor.

Se houver confiança e descanso, é claro!

Desse modo, descansando é que se vence a tentação, confiando na fidelidade e na imutabilidade do amor de Deus. Pois só assim recebemos o poder de resistir, ou de suportar a tentação; posto que desse ponto em diante as tentações deixam de ser “sobre-humanas”, e se tornam apenas humanas; e, portanto, reduzidas ao nosso próprio nível, deixando de ser um poder irresistível. Paulo e Hebreus ensinam que as tentações não suportam o nosso silêncio confiante na Graça; assim como não suportam nosso descanso na Cruz de Cristo. Afinal, o “Está Consumado” vale também para as tentações.

As tentações crescem na medida em que nossas pulsões psicológicas, provocadas pelas nossas próprias cobiças (insegurança essencial) — e que são os agentes progenitores do que chamamos tentação —, se aninham e se fixam em nós como medo de Deus e de Sua punição.

Sim, por essa via elas apenas aumentam, visto que tal realidade existencial e psicológica aceita a provocação do "medo de estar sendo tentado"...

Do mesmo modo elas crescem em razão de nosso de-bate com elas.

Tentação come medo; e se alimenta do seguinte cardápio: oração amedrontada, de-bate psicológico, discussão com ela, medo de Deus; e também de seu oposto, que é a arrogância que julga que por força própria se pode vencê-la.

Quem já não tem justiça própria, não tem mais assunto com nenhuma tentação!

"Vamo-nos daqui... Aí vem o principe deste mundo, e ele nada tem em mim..." — disse Jesus.

O principe deste mundo se alimenta do que “ele tem em nós”!

Assim, como há muita cobiça e outras loucuras em todos nós...! o melhor a fazer é confiar Naquele em quem o tal “principe” nunca teve NADA: Jesus.

Parece coisa boba, mas não é!

Quem desejar, pratique; e verá como as tentações não suportam a confiança e o descando na Graça; e isso em silêncio que nem ora contra... mas apenas ora em gratidão! O grande problema é aprender isto como confiança, e não como “teoria”.

E mais: aprender a ser grato e natural com Deus mesmo em tais horas críticas.

Quando a gente aprende isto, ela, a tentação, ao chegar... começa a perder o poder; posto que se alimenta de nossas importâncias; e sobretudo de nossa justiça-própria, de nossa necessidade de dar explicações a nós mesmos e aos céus; e, sobretudo, do medo de estar sendo tentado!

Nele,

Caio

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PROVÉRBIOS DO EVANGELHO!




Neste texto quando eu aludir a Consciente, referir-me-ei ao homem sensato; e quando falar do Tolo..., estarei falando do Insensato ou do Simples em sua ingenuidade patológica ou deliberada em razão de processos de auto-engano.




1. O Consciente ouve toda verdadeira repreensão com temor grato, mas o Tolo sente-se ofendido por cada verdade que poderia ajudá-lo.

2. O Consciente sente todas as dores deste mundo e com elas lava-se em doçuras, mas o Tolo extrai da dor apenas a amargura.

3. O Consciente foge de toda luta que não seja pela vida, mas o Tolo faz de toda discordância uma questão de salvação do mundo.

4. O Consciente sente para si e medita com paciência cada coisa, mas o Tolo levanta-se e age conforme o primeiro impulso.

5. O Consciente ama a todos, mas o Tolo fica amigo de qualquer um que o trate bem naquela hora.

6. O Consciente sabe que amizade é um trabalho de tecimento e tecelagem, mas o Tolo acha que uma boa bebedeira faz amigos.

7. O Consciente vive e deixa viver, embora não negocie seus princípios jamais; mas o Tolo sente a obrigação de se impor sobre todos os diferentes.

8. O Consciente faz o bem e se esquece, mas o Tolo o conta como currículo.

9. O Consciente vive muito e fala pouco acerca de tudo o que já viu, mas para o Tolo toda primeira descoberta o torna o senhor de todos os saberes.

10. O Consciente ama a todos, até aqueles de quem não goste; mas o Tolo ama apenas os que lhe agradam com consentimentos, e desgosta-se de todos os que não sejam como ele.

11. O Consciente vê em cada outro humano um altar, mas o Tolo somente vê altares em lugares onde tijolos e pedras tenham sido erguidos.

12. O Consciente sente a espera da Volta do Filho do homem todos os dias, mas o Tolo crê que poderá prever alguma coisa.

13. O Consciente vê o mal e dele foge; mas o Tolo acha que é domador de demônios.

14. O Consciente sabe que a cada semente corresponde seu próprio fruto, mas o Tolo crê que pode semear uma natureza e colher outra.

15. O Consciente leva em consideração cada acusação que recebe e nelas medita, pois crê que delas possa tirar algum proveito, ainda que em silêncio; mas o Tolo perde a chance de se enxergar até nos exageros dos que o acusem.

16. O Consciente sabe que sua melhor certeza ainda é parcial, mas o Tolo julga ter atingido o discernimento pleno.

17. O Consciente pode esperar o tempo certo, mas o Tolo nunca perde uma oportunidade de ventar os seus impulsos e precipitações.

18. O Consciente sabe que somente o trabalho contínuo e perseverante estabelece a credibilidade, mas o Tolo quer se tornar sábio e respeitado da noite para o dia.

19. O Consciente é tentado e não se julga forte para dialogar com a tentação, mas o Tolo a leva para casa e lhe serve chá, julgando que poderá educá-la.

20. O Consciente sabe que seu pior diabo é a sua cobiça, mas o Tolo atribui ao Diabo externo todas as culpas.

21. O Consciente pode morrer sozinho, mas se saberá acompanhado e dignificado pela presença de anjos, mas o Tolo quer ter um cerimonial até para morrer.

22. O Consciente se satisfaz com a serenidade de seu ser, mas o Tolo somente é feliz se não houver nele nenhuma serenidade.

23. O Consciente não se obriga pelos caprichos de nenhuma maioria, mas o Tolo somente anda conforme os ditames majoritários.

24. O Consciente mede e discerne o peso de sua importância na vida, mas sabe que ela sempre será relativa; porém o Tolo julga que sem ele tudo o que foi feito não permanecerá.

25. O Consciente confia no vento e no seu poder incontrolável de espalhar sementes, mas o Tolo acha que se ele não industrializar o plantio..., sua existência não será produtiva.

26. O Consciente vive pela fé; o Tolo, porém, vive do que ele ache que possa controlar ou manipular.

27. O Consciente nunca não vai com a cara de alguém apenas por não ir, mas o Tolo desgosta de tudo e todos que lhe pareçam concorrência.

28. O Consciente sabe que deve amar a todos, embora tenha o privilégio de gostar de muitos; mas para o Tolo amor só se deve ter por quem se gosta pela concordância.

29. O Consciente sabe que toda vingança aumenta o mal muitas vezes mais, e, por isto, nunca recorre a ela; mas o Tolo prefere acabar o mundo a não vazar seu ódio como vingança.

30. O Consciente somente gosta de ganhar em parceria, mas o Tolo quer sempre ganhar sozinho.

31. O Consciente vive para fazer fácil a vida, mas o Tolo ama as complexidades.

32. O caminho do Consciente fica dia a dia mais simples, mas o caminho do Tolo vai se tornando um labirinto.

33. O Consciente cresce em todas as tribulações, mas o Tolo lamuria e cresce em desconfiança em cada uma delas.

34. O Consciente transforma traumas em lições, mas o Tolo os alimenta como álibis.

35. O Consciente não despreza nada e a tudo pondera, mas o Tolo elege as suas fontes.

36. O Consciente não vê em ninguém um competidor, mas apenas mais um auxilio; o Tolo, porém, vê em cada outro dom uma ameaça à sua vida e pregresso.

37. O Consciente foge da justiça dos homens, e busca conciliação pacifica; mas o Tolo ama os tribunais.

38. O Consciente aposta no trabalho, mas o Tolo aposta no jogo.

39. A Conquista do Consciente permanece, posto que seja de natureza espiritual, e, portanto, não passageira; mas o ganho miraculoso do Tolo desvanece-se antes do proveito.

40. O Consciente ama a simplicidade dos simples e a calma dos idosos, mas o Tolo apenas dá atenção ao que lhe possa auferir ganhos de alguma forma no instante.

41. O Consciente ama o mandamento da Vida, mas o Tolo acha tudo uma obrigação.

42. O Consciente busca renovar-se todos os dias, mas o Tolo busca adaptar-se todos os dias.

43. O Consciente crescerá em consciência...

44. O Tolo viciar-se-á em seus modos, e neles morrerá...; a menos que se converta à verdade que liberta a mente para aprender a sabedoria.

Nele, Jesus, de Quem aprendi que todas as coisas acima são Provérbios da Vida no Evangelho, deixo estes pequenos provérbios a fim de ajudar a simplificar o seu entendimento quanto ao fato de que a vida é conforme a semente,

Caio

AUTO-ENGANO: o pior inimigo de todas as curas relacionais...




Quando a alma está em fuga da verdade, os primeiros sintomas são de negação, depois de transferência para outros, e, depois, de ódio por alguém que se pareça com o objeto de nossa negação; e, em havendo persistência, a pessoa se inimizará em relação a todo aquele que tente lhe abrir os olhos...



Existem fugas da verdade em relação a nós mesmos; ou em relação a quem amemos e não estejamos querendo enxergar em seus defeitos ou doenças de alma e caráter; ou em relação a quem quer que gostemos e que tenhamos idolatrado...


O pior auto-engano é aquele que se instala em nós como negação do que esteja acontecendo com a gente...


O segundo pior é aquele que nos faz negar que algo ruim esteja sendo feito e praticado por quem quer que amemos...


O terceiro pior auto-engano é aquele que nos faz transferir para outrem aquilo que deveríamos tratar com o implicado; mas que nós negamos para nós mesmos que seja aquilo mesmo que esteja acontecendo..., apenas porque tememos que a verdade desconstrua a pessoa ante os nossos olhos...


O quarto pior auto-engano é quando alguém que julguemos que nos deve algo, e que nos ama o suficiente para não nos deixar no engano, e nos diga o que é..., o que de fato está acontecendo...; ou seja: como são as coisas... Então, tal pessoa torna-se objeto de nossa antipatia; ou, então, dizemos que a pessoa não gosta da outra, simplesmente por que diz o que se não quer ouvir e ver...


O fato é que o auto-enganado que se veja como lúcido e verdadeiro, é a pior pessoa para sair do auto-engano uma vez que tenha cedido a ele...


Sim, pois tais pessoas fazem malabarismos mentais e históricos para fazer de conta que o mal vem de fora, vem de outro; ou está na cabeça dos que dizem..., mas que pelo auto-enganado não são ouvidos...


Eu só conheço um modo de acabar com o auto-engano: reunir os implicados; tratar nos olhos; ver quem diz a verdade; observar quem sustenta os fatos...


Entretanto, quem está no auto-engano não quer “acareações” na verdade...


Nem tampouco aquele que engana alguém que se auto-engana pelo amor e pela afeição..., não se dispõe a tirar nada a limpo na cara e direto...


Não! Tal pessoa opta pelas relações públicas individuais; um a um; tentando sempre dissimular; e nunca enfrentando os fatos; posto que saiba que não teria como sustentar sua dissimulação diante de quem já percebeu e viu...


Quando vejo gente dizendo coisa de gente em família, mas ninguém querendo enfrentar os fatos, para mim que fui criado com tudo sendo tratado na cara, não há como não pensar que um grande sistema de deliberado ou cultural auto-engano esteja em curso...


O pior é que deixar assim é a receita para as separações, para as suspeições; e, sobretudo, para a prevalência da mentira; sim, daquele que não quer trazer tudo ante aqueles que dizem: Não é assim...


Ora, alguém que ame quem engane ou dissimule, e que por isto se auto-engane a fim de não tratar do assunto com quem assim procede, não apenas se fará muito mal, mas fará mal a todo aquele que apenas almeje o bem na verdade; e, sobretudo, fará mal ao próprio individuo, o que engana e dissimula, pois, sem confrontação nunca há cura.


Ao contrário, o que dissimula e seduz vai aumentando seu compromisso com a sedução como arte de enganar...


Ora, tal coisa destrói o caráter...


Em Jesus a recomendação é simples e universal:


1. Se teu irmão pecar contra você, vá ter com ele; se ele ouvir você, você ganhou o seu irmão;


2. Se, porém, ele não der ouvidos, leve mais um ou dois..., gente de confiança...; e chame o irmão à verdade; se ele ouvir você, você ganhou o seu irmão;


3. Se, porém, ele não ouvir..., leve o caso a um grupo maior, ao qual ambos pertençam, seja a família, a empresa, negócio ou a Igreja; se ele ouvir você, você ganhou o seu irmão;


4. Se, porém, ele não ouvir, considere-o como alguém que está em fuga da verdade; que decidiu fazer de seu erro a sua ideologia.


Nesse caso, é deixar...

Deus cuidará dele...


O que não pode acontecer é que não haja mudanças em relação a ele. Sim, a pessoa tem que saber que não terá o patrocínio de ninguém para que viva no engano que deseja fazer passar por fato e razão...


Até hoje somente conheci uma pessoa que não lutou contra a verdade depois que conheceu Jesus. Sim, fosse em relação ao filho mais amado, ao neto mais amado, ao amigo mais amado, e, sobretudo, com relação a ele mesmo: o meu pai...


Todos os demais, mesmo os mais amantes da verdade, são seletivos até onde vão com as implicações da verdade...


Pena! Sim, pois quem ama o suficiente para dizer que não gosta do que alguém faça contra o fluxo da verdade, da vida e do bem comum, esse ama muito mais do que aquele que esconde e que faz de conta que tudo está bem...


Se o que digo servir para alguém, que se faça bom proveito!


Com amor Nele,


Caio

domingo, 8 de agosto de 2010

A ETERNA CRUZ DE SEMPRE!



A Cruz da História é somente a da Crucificação.



A Cruz é o que vem antes de tudo, inclusive da Crucificação.


O Cordeiro de Deus foi imolado antes da criação de qualquer criação.


Por essa mesma razão Aquele que tem o poder de “abrir o Livro e lhe desatar os selos” é o Leão de Judá, a Raiz de Davi, mas quando essas faces são procuradas por João — que antes chorava muito em desesperança (Ap 5:4-5) —, quem ele vê é um Cordeiro “como havia sido morto”.

Nós cristãos pensamos que nossa salvação veio do sofrimento de Jesus por nós!


Sofrimento não salva, apenas amargura e mata!


Nossa salvação não vem da Crucificação, mas da Cruz!


A Crucificação é um cenário!


A Cruz é o sacrifício eterno que teve na Crucificação apenas o seu cenário histórico!


Quando Paulo diz que só se gloriava na Cruz, ele não nos aponta um espetáculo histórico, o qual ele nunca nem perdeu tempo em “descrever” como evento martirizante e agonizante.


Para ele a Cruz era “o mistério outrora oculto e agora revelado” — com todas as implicações da Graça em nosso favor.


A Crucificação estava exposta às interpretação dos sentidos humanos: “Este era verdadeiramente Filho de Deus” — confessava o centurião, perplexo com o modo como Jesus morrera. Também reagia assustado diante do fato que a terra tremia enquanto a escuridade envolvia subitamente a tarde daquele dia.


A Cruz, todavia, é infinitamente maior que a Crucificação. O Sangue que purifica de todo pecado não um líquido; é uma oferta de amor perdoador que existiu como tal ainda antes que qualquer forma de sangue tivesse sido criada.


A Cruz é uma eterna decisão de Deus com Deus. O Sangue Eterno é a Decisão da Graça!


Na história, o sangue foi derramado para manifestar aquilo que em Deus já estava feito!


Jesus Consumou o que Nele já estava Consumado desde a eternidade!


Na Páscoa, portanto, celebra-se o cordeiro simbólico que aparece desde o Gênesis. Ganha rito instituído no Êxodo, é praticado durante séculos e tem sua Realização Histórica na Crucificação. A Cruz, no entanto, é o Fator Criador por trás de toda criação: o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do mundo!


Nessa consciência o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.


Por isso é que eu posso caminhar sem medo.


Não procurarei aquilo que faz sofrer e que é pecado. Mas também não vivo mais as fobias e neuroses do pecado.


É a certeza da Graça eterna aquilo que nos dá paz para viver na terra. Sem o êxodo da Crucificação apenas como cenário para a Cruz como bem eterno que garante paz com Deus e vida na terra, ninguém tem paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.


A Crucificação é o Cenário exterior!


A Cruz tem que ser a Realidade interior!


A Crucificação revela a maldade humana!


A Cruz revela a salvação de Deus!

Quem crê é Justificado e tem paz com Deus. Além disso, já passou da morte para a vida!


Caio

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AOS QUE QUEREM ENSINAR A PALAVRA…



De quem é a responsabilidade pelo erro coletivo entre os que confessam o Nome?...



É claro que o povo é responsável também, mas, na Bíblia, a maior responsabilidade é de quem não é povo, como o rei, o sacerdote ou o falso profeta...


Na Bíblia os verdadeiros profetas não poupam o povo, mas o tratam como um menino tolo e enganável...


Oséias diz que assim como é o povo é o profeta, e assim como é o profeta é o povo...

No entanto, é o profeta que diz: “Eu tenho a Palavra do Senhor!...” — o povo apenas diz: “Conta-nos então...”; e, frequentemente, ouve sem saber discernir a mão direita da esquerda...


Por isto o povo sofre... Sim, em razão de seus profetas vendidos, sacerdotes gordos de conforto e reis corruptos e luxurientos...


Nos evangelhos vemos o amor e a compaixão de Jesus pela gente do povo, chamando-os de ovelhas sem pastor...

Assim Ele diz que quem sabia pouco e errou conforme o que sabia, esse levará “poucos açoites”, mas o que sabia muito e não curou os seus próprios caminhos, antes deliberadamente continuou em seu erro, esse levará “muitos açoites”...


As piores advertências do Novo Testamento são feitas a quem diz que sabe..., a quem diz que vê..., a quem diz que conhece e propõe que outros façam conforme ele diz saber...


As únicas vezes que Paulo menciona nomes negativamente nas suas cartas, todas elas têm a ver com aqueles que diziam que sabiam, mas ensinavam o erro...

O mesmo se pode dizer de Pedro. Suas duas cartas lidam com os que diziam que sabiam e ensinavam errado...

Judas, o irmão do Senhor, também dedica a sua cartinha aos que diziam que sabiam e ensinavam, e, por isto, corrompiam o povo pelo engano de seus ensinamentos...

As duas últimas cartas de João se referem também aos que impediam o povo de ter acesso ao que era bom e verdadeiro...

Por último, à exceção da Carta à Igreja em Filadélfia, todas as cartas às Igrejas do Apocalipse, são textos de advertência ao “anjo”, ao mensageiro; e, além dele, aos que no grupo diziam que sabiam, e, portanto, ensinavam errado e corrompiam...


Tiago diz:


“Não nos esqueçamos irmãos que aqueles que dizem que são mestres, esses receberem muito maior juízo!”


O que pode qualificar então alguém para anunciar o que sabe?


Primeiro: saiba apenas o que está revelado... Todos os problemas acima mencionados com Paulo, Pedro, Judas, Tiago, João e outros, sempre se vincularam ao que os “mestres traziam como novidades”...


Segundo: ensine somente aquilo que você sabe que Jesus ensinou e que os apóstolos ensinaram; portanto, não invente...

Terceiro: veja quais são as implicações de suas opiniões em relação ao que já esteja revelado... Não tenha opinião que se choque com a revelação, nem ao menos de resvalo...


Quarto: creia que você se torna responsável pela mentira, pelo engano, pelo distorcimento, pela perda de rumo que seu ensino sugerir...


Quinto: saiba que sua falta de fé não deve ser sua mensagem, pois, por ela você será cobrado...


Sexto: por mais cheio de conhecimento que você seja..., ainda assim não pregue se você apenas souber sem fé... Não anuncie nada sem fé... Nem mesmo um grande conhecimento!...

Sétimo: saiba que aquele que ensina fabrica idéias e pensamentos... Portanto, veja o que você semeia na mente das pessoas... No fim você será cobrado por todas as sementes hibridas que plantou ou por todas as sementes que você anunciou como sendo de uma qualidade... , quando, de fato, eram de outra...


Leva tempo até que a Palavra seja decantada em nós...

Por isto se diz que o “neófito”, ou “recém”, o “novinho”, “o jovem imaturo”, ou o “homem empolgado”..., não devem sair pregando; antes, precisam dar tempo ao tempo, e ver que qualidade de fruto será produzido em sua própria existência...


E mais:

Se em sua casa, com os seus, você não frutifica o Evangelho, por que haveria você se pregar a outros... se você não faz o Evangelho mostrado em silencio pela sua própria vida?...


A seara é grande e os trabalhadores são poucos... Mas Jesus não mandou treinar e nem recrutar...


Não! Ele disse que se deveria pedir ao Senhor da seara para que Ele mesmo mandasse trabalhadores para a Sua seara!


Assim, melhor do que uma multidão de pastores que não sabem discernir entre a mãe direita e a esquerda... — é se ter apenas uns poucos pastores maduros, mas que façam tudo com amor e certeza em fé.


Não se apresse em levantar-se para pregar!...


Deixe que a Palavra levante você!

Quanto ao mais, apenas compartilhe o que seja o amor de Deus em você, mas não se apresse em ensinar...


Pense nisso!...


Nele,


Caio

domingo, 1 de agosto de 2010

QUEM ENTRARÁ NO REINO DE DEUS?




Há um tempo atrás a pergunta seria um pouco diferente, seria "quem irá para o céu?". Seria essa a pergunta que se faria antes de conhecer o dito Evangelho de Cristo. E então, as respostas seriam as mais loucas possíveis. Seriam do tipo, "não entrarão os que fumam, bebem, praticam o ato sexual antes do casamento, aqueles que convivem e se relacionam com os do 'mundo', ou seja, aqueles que não são do grupo religioso dito 'cristão-evangélico'; aqueles que gostam de baladas, que ouvem músicas seculares, que usam roupas com significados 'satânicos', que colocam luzinhas em casa no dia do dito 'natal-pagão'; aqueles que se curvam diante do barro esculpido; aqueles que dizem palavras torpes, e por 'torpes' se entenda 'palavrões'; aqueles que não se separam para Deus, e por 'separar' se entenda viver à parte daquilo que é naturalmente humano, sejam as relações ou qualquer outra coisa, enfim, a auto-exclusão da vida comum, cotidiana onde os esconderijos particulares de cada dito 'santo' (separado) são os templos, os afazeres religiosos, as reuniões de orações às margens da existência, os encontros entre os que se converteram ao 'Cristo-Cristão'; aqueles que não se encheram de tarefas-religiosas negando viver como um "santo".

Pode ainda se levantar vários relatos daqueles que não entrariam no céu.

Mas agora, conhecendo a graça, já não se diz tais coisas. É fácil ouvir alguém que crê na graça e dizer, "todos esses entrarão, porque 'Está Consumado'". Todos mesmo: os que bebem, fumam, transam fora ou dentro do casamento, vão ou não à igreja, são ou não crentes, convivem ou não com descrentes, ouvem ou não músicas seculares... E por aí vai a nova quantificação celestial dos que entrarão no céu.

Então, por graça, o céu aceita aqueles que não aceitava antes. E por graça, agora, aquele que antes não bebia, bebe; o que antes não fumava, fuma; o que antes não transava, transa; o que antes ía aos cultos religiosos, não vai mais; os que não comemoravam o natal, chegam em casa carregados; os que não diziam "palavrões", agora não param de dizê-los... Isso porque 'tudo é graça', todos entrarão... Todos entrarão no céu!

E o que se tem, me perdoem os que se dizem 'da graça", é a mesma mente pagã-religiosa de antes. A questão ainda é "quem entrará no céu?", fazendo agora uma nova categoria dos "salvos".

Eu, particularmente, não creio que alguém negará Cristo vendo-o face-a-face; e vendo-o se ajoelha (porque todos se ajoelharão) e diz "não, não quero o Teu Reino". Mesmo depois de todos ter confessado que Cristo é o Senhor, talvez, sem dizer nada. Não creio em tal coisa. Mas isso não significa esse "Universalismo" bobo e esvaziado de significado para o Evangelho. Creio que todos se ajoelharão e confessarão com o coração que Cristo é o Senhor, podendo haver sim aquele que diga "não".

Porém tudo isso, ainda está longe do que quero dizer aqui. Muito longe mesmo.

Aqueles que abriram as portas do céu para entrarem mais pessoas do que antes, ainda não entenderam nada. Se antes eram "aqueles" e agora são "aqueles + estes", ainda está tudo muito longe, ainda é tudo muito vazio.

O Reino não está longe, porém, ninguém o trouxe para si mesmo. O Reino é que se tornou carne e habitou entre nós. Assim, para o Reino não interessa quem entrará no céu, mas interessa quem encarna aquilo que é de "lá" para a vida "aqui". Assim, portanto buscai o que é do Alto onde a vida de vocês agora está escondida em Cristo, com Deus.

Assim também, aquilo que estava antes "escondido" se revelou, e aquilo que no alto estava desceu em forma de homem, "e vimos a sua glória, como do Filho Unigênito do Pai".

O Reino não é para aqueles que vivem olhando para o alto, mas daqueles que do Alto recebem a graça de olhar para a vida com misericórdia, e praticá-la.

O Reino não pergunta "quem entrará no céu?", mas diz "se tu me amas apascenta as minhas ovelhas"; No Reino não interessa o "quem é o meu próximo?", importa que eu seja o próximo de alguém;

No Reino não se brinda a "bebida" nem a "comida", pois, o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas se brinda o encontro daqueles que se ajuntam para compartilharem a Boa Nova da Reconciliação; O Reino não é daqueles que se jactam dos seus elevados pensamentos, é daqueles que tem o coração como o de uma criança;

No Reino não há disputas espirituais e nem cargos divinos dados aos homens, há apenas o maior dos dons, o amor, sem o qual nada vale; O Reino não é um lugar, mas se faz em qualquer lugar onde estejam dois ou três, ou um, na graça de saber-se Deus em Paz com o mundo;

O Reino não se esconde em templos, mas se faz da vida o Templo e das pessoas o Santo Lugar.

Portanto, não há do que se preocupar à respeito de uma consciência agora "aberta" à entrada dos, antes, "marginalizados", no céu. Isso pouco importa para quem de fato creu no "Está Consumado" e que viu sem ver O Reino caminhar pela terra e acolher, perdoar, se entregar...

Sendo assim: homem, seja amante-amigo de sua mulher; mulher seja amante-amiga de seu homem.

Homens e mulheres, sejam amigos de seus amigos e de seus inimigos.

Amem-se uns aos outros com o mesmo Amor que vocês foram amados pelo Pai que estava em Cristo, e Cristo Nele.

O Reino é agora, é Hoje, e é segundo o Amor do Pai.

Assim, quem sendo amado pelo Pai, também O Ama, pratica as boas obras as quais foram preparadas desde antes da fundação do mundo para que fossem praticadas; Esses fazem da vida uma morada eterna 
escrito por carlos wesley http://o-evangelho.blogspot.com/