A caminhada continua...

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O que é o Caminho?

O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. Clique aqui

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ONDE ESTÁ O REINO DE DEUS?




Quando eu reconheci a Jesus como meu Senhor, em 1973, logo percebi que havia uma obra de Deus a ser feita “em mim”. Isto porque o convívio com meu pai me evidenciou que não poderia haver qualquer coisa que fosse do agrado de Deus, se não viesse de dentro, do coração. Na mesma época fui apresentado ao Apóstolo dos Pés Sangrentos, o Sadú Sundar Sing, e me fascinei ante a possibilidade de viver uma vida espiritualmente profunda, e, como conseqüência disso, dediquei-me intensamente ao jejum por muitos anos. A leitura bíblica era como respirar, e a oração como viver... À noite, muitas vezes, acordava enquanto recitava Efésios, Colossenses, Filipenses, etc... de cor. Muitas vezes me apanhei... acordando... já no final da carta, e quem ouvia dizia que eu a havia recitado toda. Tamanha era minha imersão naquilo tudo, que, para mim, não era um conteúdo externo a mim, ou intelectual, mas algo intrínseco, mais profundo do que eu podia designar o que fosse profundo. No entanto, toda essa busca interior, por um paradigma que também me foi estabelecido na mesma época—e que era fruto do melhor dos tempos—, tinha um objetivo: pregar a Palavra com poder e unção, e levar muitos ao conhecimento de Deus. Ou seja: mesmo naquela devoção havia uma certa devoção também ao poder espiritual, por mais que Deus fosse amado. Era parte da demonstração de amor a Deus pregar para o maior número possível de seres humanos! Desse modo, a devoção, por mais pura que fosse, ainda tinha um objetivo missionário; o qual poderia ser aferido de modo externo. Na mesma época também apareceu a espiritualidade dos cristãos orientais, com forte ênfase na Vida Cristã Normal, ou na Autoridade Espiritual. Havia naquela visão uma busca intimista, porém, o aplicativo era profundamente comunitário, e tinha seus mecanismos de aferimento também do lado de fora. Depois veio a busca por uma Espiritualidade Integral, especialmente sob os auspícios do chamado “Pacto de Lausanne”. Naquela visão o lado de dentro já estava quase todo do lado de fora, e as grandes manifestações de espiritualidade se manifestavam mediante a capacidade de fundir muitas variáveis da missão num projeto único. Portanto, “holístico” e, também, “integral”. Devagar o lugar da devoção foi se movendo da dimensão mística, para a racional; da vivencia experiencial interior, para a missão com praxes socialmente perceptível; da paixão para a visão estratégica; do ser agido para o agir; do estar disponível para Deus, para a pretensão de ser sujeito operante da história a ser feita. Nesse ponto, de modo muito sutil, o reino de Deus já não está apenas dentro de nós, mas, sobretudo, é entendido como tendo que ser estabelecido fora de nós, e por nós. Quando se chega aqui, neste ponto, a obra interior de Deus cessa, e só pode ser retomada mediante o Caminho da Desconstrução... seja ela qual for... e nunca sem dor. Isto se Ele estiver interessado em disciplinar você em amor, e traze-lo para o reino que é! De fato, no fim de tudo, se você for bem-aventurado, você volta para antes do principio de tudo em você um dia. E, no meu caso, foi e está sendo um caminho de ser de Deus apenas por Deus; buscando a verdade de Deus não fora de mim, mas dentro de mim; discernindo a grande tarefa do Espírito como sendo apenas em mim; e não tendo nenhuma esperança em qualquer “reino de Deus” que não esteja, sobretudo, “em vós”. Ora, o reino em nós nos tira a obrigação de salvar o mundo, e nos dá a alegria de ver Deus salvar a nós mesmos. E isto significa que o trabalho de Deus é uma obra infinda de entalhamento de Seu Filho em nós; de tal modo, que tudo o que apareça “fora” seja apenas e tão somente o resultado dessa gestação do reino no coração. Obviamente que tal obra acaba por se evidenciar, assim como o fruto é a evidencia da vida da árvore. Nesse caminho, oração, meditação e contemplação, se fazem acompanhar de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. E também se fazem acompanhar de um arrependimento que é permanente mudança de mente, conforme a revelação do Espírito do Evangelho, em Jesus. Então, o reino deixa de ser uma tarefa humana, um conteúdo teológico, uma façanha de heróis da causa de Deus, e passa a ser apenas algo irresistível como o sal quando liberado, e tão irreprimível como a luz, e tão subversivo quanto o fermento que cresce implacável sem fazer nenhum barulho. É neste lugar-ser que quero ser-estar! Venha o Teu Reino. Seja Feita a Tua Vontade. Pois Teu Reino está em nós!


Caio

E SE O REINO CRESCER EM NÓS?




As esperanças de Isaías de que um dia todos os seres vivos se reconciliariam, de tal modo que presas e predadores pastariam juntos, dormiriam juntos e brincariam juntos; a tal ponto que um bebê humano meteria a mão no buraco da cascavel e não sofria nada nunca — nos remetem para aquilo que o “condicionamento sistemático escatológico” criou para quase todos nós como cenário.


Assim, de Isaías somos levados como que por encanto para o Apocalipse, e, de súbito, sem nenhuma confirmação de Jesus ou dos apóstolos, mas exclusivamente por mera criação sistêmica dos teo-escatologistas, “aprendemos” que a utopia de Isaías tem seu cumprimento no milênio do Apocalipse; milênio esse que é apenas descrito como domínio do Cordeiro por mil anos [sem que se saiba se esses mil anos são de fato mil anos ou apenas mais uma das simbolizações do livro]; ao fim do qual Satanás é “solto outra vez, e sai a seduzir as nações”, ajuntando-as para a guerra contra o Cordeiro e Seu povo.

Independentemente de uma coisa ser ou não a outra, o que quero dizer é que em Isaías esse tempo de reconciliação é divinamente humano e humanamente divino; ou seja: é aparentemente um reino da consciência e da sincronicidade realizada pelo amor a Deus e ao próximo.

De fato em Isaías nada é definitivo, mas apenas altamente qualitativo.

Pois...

Os homens vivem muito tempo [como a existência longeva de uma árvore forte], mas morrem; e se diz que morrer com cem anos é morrer ainda jovem.

Também se cria um cenário no qual os homens trabalham, mas não trabalham em vão; ou seja: eles constroem e habitam no que ergueram; eles plantam, e comem o que semearam; eles têm filhos de esperança e não os vêem crescer para a calamidade; e assim, tudo o mais, de tal forma que o suor existe, mas é grato; o trabalho acontece, mas como bem usufruível; a morte existe, mas não cansa e nem dói o esperá-la e nem o encontra-la.

Ou seja: Os homens estariam encarnando o espírito anunciado por Paulo: Tudo é vosso; seja a vida; seja a morte; as coisas do presente ou do porvir; tudo é vosso, e vós de Cristo; e Cristo de Deus.

Seria algo como a plenitude relativa do máximo da experiência humana num mundo caído, porém, abrandado pela emanação coletiva do amor.

Assim, seja como for que Isaías se torne realidade entre nós um dia, isto só acontecerá se houver uma súbita e dramática nova consciência entre os humanos, ainda aqui neste plano e dimensão de coisas; pois, o cenário é terrestre e relativo, mas a experiência carrega o sinal do amor e da saúde do reino de Deus entre nós.

Em minha opinião seja como for... — isto só será possível se o reino de Deus que está em nós, crescer tanto em cada um de nós, expandindo-se de modo endêmico; de tal modo que toda a nossa animalidade vampiresca dê lugar ao espírito de Jesus; e, assim, sejamos tomados de toda a plenitude de Deus; ponto no qual o ser confia e perde a ansiedade; e, assim, se reconcilia com ventos, ondas, com plantas, com a gravidade, com o átomo, com o quantum, com as células, com todas as formas de vida; falando línguas humanas, angelicais, animais e vegetais; de tal modo que a desgraça que Oséias diz que acontece quando os homens se desarmonizam entre si, criando um caos na ordem relacional das criaturas, fosse e seja invertido, gerando reconciliação e sincronia entre todas as coisas criadas.

Ora, não importando como [se é o Cordeiro vindo ou se é o reino do Cordeiro crescendo em nós] acontecerá; eu, todavia, creio que pode acontecer e que acontecerá.

Quem crê na Ressurreição e no Pentecoste não pode não crer no que Isaías profetizou; e isso sem se preocupar em solucionar a questão para Deus.

Entretanto, nós estamos neste mundo para treinar essa possibilidade todos os dias. No entanto, quanto mais existimos... como espécie na história, mais cegos e burros ficamos; e, assim, vamos cavando o abismo que nos separa uns dos outros, que nos separa de nós mesmos e de toda a criação. Daí o estarmos destruindo a terra.

É o esburacamento do coração humano a geografia existencial de catástrofe de onde procedem todas as devastações humanas; assim como as naturais de extensão planetária.

O poder para viver a profecia de Isaías habita a todo aquele que crê. Mas ele tem que se desenvolver, evoluir e crescer em nós. Do contrário é como a existência de uma caverna cheia de tesouros, mas ninguém com coragem para trazê-los à luz.

Pense nisso!

Caio

sábado, 25 de setembro de 2010

SALVOS DA FALSA ESPERANÇA



A situação já não é nada. É pura perda de tempo. Não há por que lutar. Não há por que aguardar o melhor de onde só procede o que é pior.


O bom combate já não há para quem luta as causas dos homens que só pensam em si e no poder que possam guardar em suas próprias mãos. Quem os seguir seguirá o nada, e quem lhes der ouvidos sentirá saudades da sabedoria até de um macaco.

Acabou!

O que dizer se a Boa Nova se tornou em ameaça? Que fazer se o amor virou apenas um leviano “eu te amo em nome de Jesus”? Que fazer se a libertação foi mudada em escravidão? Que fazer se o Espírito da Unidade e da Diversidade é agora invocado como espírito de Babel e de confusão?

Que fazer se até uma Arca da Aliança Artificial hoje passeia em corredores de gente aflita, conduzida por 318 homens que não cuidam de mais nada do que no fabrico de novos ídolos?

Que fazer se o Bom Nome que sobre nós foi invocado é o “nome” que hoje é apenas usado para autenticar feitiçarias e bruxarias?

Que fazer se o Evangelho da Vida virou apenas uma narrativa de doces e sedutoras historinhas de amor, enquanto o que prevaleceu foi a Lei das Tábuas de Pedra?

Que fazer quando “os do evangelho” são apenas uns fariseus sem sensibilidade? Sim, que fazer quando o Evangelho já não é o modo de ser no Caminho, posto que o Evangelho foi preso dentro de quatro livros mágicos?

Que fazer quando o nome Jesus se tornou algo como o nome de qualquer outro fundador de religião?

Que fazer quando a “serpente erguida no deserto” para a salvação de todo aquele que cresse se tornou em ídolo e superstição?

Que fazer quando o sal virou monturo, e a luz de dentro foi trocada por refletores que só iluminam palcos?

Que fazer quando o amor solidário deu lugar aos programas sociais que disfarçam apenas programas de poder político?

Sim, que fazer quando o que seria e é vida para o mundo se torna apenas em doença e arrogância?

“Que pensais? Que foi a mim que me ofereceste culto no deserto durante quarenta anos? Não! Não foi a mim, mas sim aos demônios” — diz o Senhor.

Se alguém tiver dúvidas, então, fique e veja. Quem já creu, então, ache seu lugar de refúgio.

Ai daqueles que dizem ao mundo que Jesus se parece com o diabo!

Ai daqueles que chamam de “Deus” o demônio da prosperidade e dizem “Jesus” enquanto descrevem o diabo!

Os tronos erguidos pelos impostores de “Deus” será destruído, e grande será a ruína; pois o Senhor Deus é fogo e espada, e Seu zelo é pelo Seu nome; e Ele próprio cuidará de Sua Palavra, para que não seja frustrada pela ganância dos homens.

Há um dilúvio de Deus a ser derramado. Ele mesmo chama os seus para a Arca de Sua Graça. Sim, Ele está falando, e se revela em sonho, em visão e em fortes dores no peito de milhões; e felizes serão os que lhe ouvirem a Voz.

Todos os que são de Jesus ficarão profundamente perturbados, e, assim, ninguém haverá que lhes controle o zelo da Graça que os salvou e salva todas as manhãs.

Levantem-se todos os nauseados e digam: “Fomos salvos no Rio da Vida; afastem de nós as torrentes do vômito!”

Há quem diga: “Estamos morrendo neste deserto!” A esses Deus diz: “Não é neste deserto que morrereis de sede, pois, eu mesmo, com meu braço, abrirei fontes de vida, as quais começarão a rebentar em todos os lugares áridos. Nesse dia sabereis distinguir as fontes da vida dos poços das águas artificiais”.

Quem crer verá! Mas até aquele que não crê já começa a tremer!

Caio

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SALVA O NOME “JESUS” EM NOME DE JESUS, Ó DEUS!




Senhor Deus de todos os homens e de todas as coisas existentes, ouve o clamor das almas de todas as Tuas criaturas, e o gemido de todos os seres que sentem, embora não tenham consciência.


Vê a situação de Tua criação, e salva-a por Tua Bondade.

Tu, que és a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem, salva aqueles que chamam o Teu nome, embora estejam endurecidos pela religião das Tábuas de Pedra.

Tu, que Ti revelas a quem não conhece o Teu nome, salva aqueles que perecem com o Teu nome nos lábios enquanto seus coração vagueiam longe da experiência do Teu conhecimento.

Tu, que amas o mundo, derrama Teu amor sobre esses que odeiam o mundo enquanto se tornam os maiores representantes do pior do espírito do mundo.

Tu, que endureces a quem queres e usas de misericórdia para com quem desejas, tem misericórdia de nossa dureza de coração, e salva aqueles que perecem enquanto pensam estar salvando o mundo.

Tu que és amor, revela Teu amor àqueles que andam pastoreados pelo medo e pelo terror, e que têm pavor de “Ti”, apenas porque ainda não sabem quem és. Derrama Teu Espírito “até sobre os Teus servos e sobre as Tuas servas”, conforme profetizou Joel, pois, somos os mais duros de coração entre os homens, visto que à semelhança do Israel das Escrituras, sempre somos os últimos a discernirmos o sopro de Teu amor.

Levanta homens e mulheres destemidos, e cheios da consciência do Evangelho. Usa-os com sabedoria e poder, e permite que aqueles que se declaram Teu povo, embora ainda não Ti conheçam, possam ver como é o caminho de um ser humano em Tua Presença, pois que vejam isto na existência de cada um desses que andarem conforme o espírito do Evangelho.

Suscita a Tua vontade no coração de todo aquele que anseia pela Tua Palavra. Abre o entendimento de todos aqueles que perecem nas teias das doutrinas e das religiões cristãs, e, assim, purifica o nome “Jesus” em nossos lábios.

Perdoa-nos por falsificarmos Jesus para os homens.

Perdoa-nos por ficarmos calados enquanto Teu nome é blasfemado em “Teu nome”.

Dá-me viver ainda na Terra para ver essa Tua Bondade.

Em Nome de Jesus,

Caio

JESUS SEMPRE ESTEVE EM CASA




Quando leio os evangelhos sempre vejo Jesus em casa. Sim, em casa em todo lugar. Sem que Nele sejam percebidos constrangimentos, tentativas de diplomacia, incitamento de camaradagem barata, necessidade de explicar-se, busca de conciliação, sorrisos fingidos, declarações sobrando, interesse de agradar, ou fartas declarações verbais de amor. Nada disso aparece em Suas ações e atitudes. Entretanto, Ele sempre está em casa.


Ele está em casa na casa dos inimigos. Está em casa na casa dos que o observavam apenas. Está em casa na casa de Lázaro, Marta e Maria. Está em casa na Casa de Caifás, no Palácio de Herodes ou na Fortaleza Antônia com Pilatos.

Em cada lugar Ele é apenas Quem é. E diz somente o que tem de ser dito. E, podendo fazer, Ele não fala, faz. E faz como Quem está em casa, até na casa dos outros, onde poderá haver invasões de gente não convidada, como uma mulher aos prantos e que Lhe beijava os pés, ou ainda como um destelhamento não consentido com a seguida invasão do especo pelo teto, de onde foi baixado por amigos um paralítico para o meio do salão.

Ele fala quando quer. Pode fazer silencio sem nenhuma necessidade de não deixar a conversa criar barriga. Pode responder com uma pergunta. Pode ser que responda com uma parábola. Pode ser que apenas estenda a mão e cure, ou ponha no colo, ou diga: Eu irei contigo.

Leva sustos ante um Centurião e uma mulher siro-fenícia, mas nunca se surpreende com os que dizem que são e sabem.

Ele reina entre as hienas e passeia entre lobos e leões como que entre gatinhos. E usa serpentes como minhocas para adubar a terra dos corações.

Ele chora sobre Jerusalém e ante a Tumba de Lázaro. E não se diz que Ele chore em nenhum outro momento, embora não Lhe tenham faltados momentos de evocação do choro.

Jesus tem emoções, mas não é emocionado e nem emocionável. Sua emoção decorre do encontro com a verdade e com Seu próprio eterno-momento humano de ser. Mas não é um estado que o controla. Ele nunca esteve susceptível a nada. Ninguém jamais pôde Dele dizer: “Hoje não toque neste assunto com Ele, pois Ele não está bem”.

Seu olhar dizia sempre tudo. Quando alguém olhava para Ele era olhar para o fundo de si próprio, e, então, ou amá-Lo para sempre ou Dele fugir apavorado ante a auto-revelação.

Ele é a Verdade. Sua vida era a Verdade. Tudo Nele era Verdade. Por isso Ele estava sempre em casa. A Verdade é a única casa que se pode ter neste mundo de engano.

Ora, quem busca andar como Ele andou também se sentirá em casa em todos os lugares. Os donos das casas é que deixam de se sentirem em casa quando a Verdade chega.

Quanto mais se ande na Verdade, mais a casa é em nós mesmos, em qualquer lugar. Pois assim mostrou Jesus, a Verdade.

Nele,

Caio

domingo, 5 de setembro de 2010

AMOR DE TEMPO IMPOSSÍVEL



Perdão por eu ter sido tão diverso em minha alma que nunca consegui amar em paz e ter paz para amar!

Perdão por ter chegado quando não podia e ter saído quando não queria.

Se eu quisesse, eu não podia. Mas se eu pudesse, eu não queria.

Certas coisas apenas são. Aprendi que o que é é!

Perdão por ter tido que aprender!

Aprendi que eu era mais perdido que eu podia imaginar e também aprendi que poderia ser mais achado que jamais antes eu pudera conceber.

O amor foi minha destruição e minha salvação. E a certeza de que ele existe é sempre um dos meus mais fortes alentos para viver neste mundo onde quase nada do que de fato é é visto como sendo, pois, aqui, só vale o que parece ser.

Mas o amor é!

Perdão, meu Criador, pela arrogância de ter pensado que eu poderia Te ajudar, quando eu sou aquele que mais precisa de ajuda entre teus filhos.

Obrigado pela lição de saber hoje que apenas tenho o privilégio de, em Ti, ser eu mesmo.

E isto é tudo, e, em Ti, tudo é.

Sempre amarei o Nome!

Abellardo Ramez II

(Extraído do livro Nephilim, de Caio Fábio)

sábado, 4 de setembro de 2010

PAULO E A LIBERDADE DE DEUS...



Meus irmãos, eu, Paulo, declaro que no que diz respeito aos meus compatriotas, os judeus, que o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus em favor deles é para sua salvação.


Porque eu mesmo tenho que dar o testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém sem nenhum entendimento.

Ora, isto se tornou assim por uma simples razão, a saber: eles, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua justiça própria, não se sujeitaram à justiça de Deus: Cristo!

Portanto, enquanto não tomarem essa decisão em fé—digo: de desistirem de ter justiça própria—, não compreenderão que o fim da lei é Cristo, para a justifica de todo aquele que crê.

Ora, é a Lei que anula apropria Lei como caminho de salvação!

Isto porque Moisés escreveu que o homem que pratica a justiça que vem da Lei viverá por ela. Nesse caso, a salvação se daria pela posibilidade de alguém conseguir obedecer toda a Lei, a subjetiva e a objetiva. Até onde me aconsta esse homem ainda não existiu.

Mas é o próprio Moisés, em uma outra passagem, quem afirma que a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, como para trazer do alto a Cristo, e fazê-lo Encarnar-se entre nós); ou ainda: Quem descerá ao abismo? (isto é, para fazer subir a Cristo dentre os mortos, dando alguma contribuição para a ressurreição).

De fato, a pergunta então é: que diz então?

Ora, diz-se o seguinte:

A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.

Não há álibis e nem desculpa.

A Palavra está mais próxima do que nunca. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

E quando é assim, a própria Escritura confirma, quando diz: Ninguém que nele crê será confundido.

Aqui acaba-se também toda arrogância espiritual. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor é de todos, e rico para com todos os que o invocam.

E isto é assim porque a Palavra de Deus assim testifica: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? e como pregarão, se não forem enviados?

Assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!

Ora, será que agora Deus ficou na mão do homem e de sua disposição de levar a Boa Nova aos homens?

Não! afinal, nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois, Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem?

Assim a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. Mas Deus não está preso nem mesmo dentro da Escritura. Ele é livre para para falar de Si mesmo. Ele fala coerentemente com aquilo que Ele revelou de Si mesmo, conforme a Escritura, porém, Ele permite interpretar a Si mesmo para quem quer que seja.

Mas eu pergunto: Porventura, tendo ficado limitado pelos humores dos que deveriam pregar a Boa Nova e não a pregam como tal, significa dizer que Deus ficou sem testemunho?

Não ouviram?

Não lhes chegou aos ouvidos do coração a palavra do testemunho?

Sim, por certo que Ele não ficou sem testemunho!

Porque está escrito:

Por toda a terra se fez ouvir a Voz dele, e as Suas palavras até os confins do mundo.

Assim, o próprio salmo 19 testifica que nos silêncios das noites e sob o testemunho de céus estrelado, Deus fala com os homens em todos os lugares.

Deus fala mesmo quando os homens não abrem a boca ou não estão ouvindo com os ouvidos sensoriais alguma voz.

Mas pergunto ainda: Porventura Israel não o soube disso?

É claro que soube.

Isto porque primeiro vem Moisés e diz:

Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é povo, com um povo insensato vos provocarei à ira.

E Isaías ousou dizer, concluindo acerca de Israel, que "o povo de Deus" soube que Deus era livre, mas que tentou a “proteger” a revelação; e não entendeu até o dia de hoje que Deus também dizia:

Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não perguntavam.

Quanto a Israel, porém, diz:

Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.

Infelizmente é assim:

Os que detém a revelação ficam donos de Letras, mas nunca herdam a verdadeira vida acerca do que já está escrito.

Desse modo, conclui-se que Pregar a Boa Nova é um privilégio. Ma o grande jubilo é associarmos a nossa voz a toda a Criação. Desse modo, a Palavra de Deus não está “togada”, e sua informação não está disponível como "direito legal".

Nesse caso, em anunciando-se as Boas Novas, participa-se apenas da Total Liberdade de Deus de se revelar a quem quer, e como Aquele que simplesmente fala, e trás pra si mesmo os filhos que vivem em “terras distantes” da geografia da religião.

Caio, em livre parceria com o irmão Paulo