A caminhada continua...

Em breve novo local e horario das reuniões, todos desde ja são bem vindos, aguardem...

O que é o Caminho?

O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. Clique aqui

sábado, 25 de dezembro de 2010

O DEUS QUE HABITA O MOMENTO




Se tivéssemos que admitir que o ser humano é originalmente capaz de entender a Verdade, teríamos que também admitir que ele, o homem, pensa que Deus existe na e em sua própria existência.


Mas quem pensa originalmente em sua própria existência como lugar da morada de Deus?

Ora, a existência humana é consciência de sua própria existência, e a consciência humana é a existência como garantia significadora da própria consciência.

Quem, portanto, diz, naturalmente, sem nenhuma indução, algo como “a verdade está em mim”?

Portanto, se tivéssemos que admitir que o ser humano é originalmente capaz de entender a Verdade, teríamos que também admitir que ele, o homem, pensa que Deus existe na e em sua própria existência.

Todavia, se o homem não está em equivoco ele tem que compreender a Verdade em seu próprio pensamento.

No entanto, o homem mais sábio da Grécia disse que ele era o mais sábio da cidade porque ele era o único que sabia que não sabia.

Se a Verdade está em mim, por que não posso me lembrar dela? Para então sabê-la sabendo.

Todavia, que memórias eu teria a fim de ajudar-me nessa tarefa de lembrar da Verdade aprendida no tempo anterior àquele no qual eu perdi minha total ignorância?

Onde e de quem eu as teria aprendido?

Aprendi ou elas já vieram em mim?

Nada na Terra poderá ajudar o homem além do pensamento de que é o momento que decide. Isto falando sem nada além de mim como homem e de você como homem. É um pensamento tipo Livro de Eclesiastes.

Existe algo no momento de todo ser humano e existe Momento. Se o dia é Hoje, Hoje é o Momento. É. Toda hora é, mas tem a Hora que É.

Honestamente.Quem pode assegurar alguma coisa para além desse ponto? Ninguém pode acrescentar um Momento ao curso de sua vida. O Momento carrega desígnio.

Para o discípulo, todavia, existe a promessa de que no Momento necessário o Espírito Santo falaria nele, e que por isto ele não deve temer a vida, visto que Deus o salvará em todo momento.

Jesus disse: Naquele momento não temais!

No entanto, para que o caminho seja assim, grande tem que ser a confiança e a entrega. Tão grande como uma semente de mostarda. Ah, e foi Ele quem me deu. Não tenho nem semente de mostarda em mim, quanto mais a Verdade.

É por isto que eu ando Nele, e o Sigo. Ele é a Verdade, e eu o conheço em mim.

Eu creio, por isto é que eu falo.

Caio

domingo, 12 de dezembro de 2010

PARA QUEM DESEJA VIVER NA GRAÇA




1. Fica decretado o fim de toda lei, pois recorrer à Lei é decair da Graça.



2. Fica decretado que a Parábola do Credor Incompassivo passa a ser a Lei da Graça para todos os que confessam a Graça de Deus sobre si mesmos, pois quem recebeu perdão infinito tem que oferecer perdões finitos.


3. Fica decretado o fim da inveja espiritual e material, pois tudo o que o outro tem e é lhe foi dado de modo soberano, livre e inexplicável pelo Deus de toda Graça. Assim, a Inveja é uma revolta contra a Graça divina.


4. Fica decretado o fim do medo e das inseguranças sobre o papel de cada um na vida, visto que cada um é e possui apenas os dons que recebeu de graça; e cabe a cada um não tornar vã a Graça de Deus em sua vida, jamais enterrando o talento recebido.


5. Fica decretado o fim de toda comparação e medição de ombros, caras, belezas, possibilidades e sortes, posto que cada um recebeu aquilo que ele próprio não criou para si mesmo como dom e talento.


6. Fica decretado o fim de toda raiva do sucesso do outro — se o sucesso é a bem-aventurança do ser —, visto que será raiva de uma Graça divina.


7. Fica decretado o fim de toda imitação, posto que toda imitação significa abrir mão da Graça de ser em busca de furtar aquilo que pela Graça o outro é. Isto é ingratidão.


8. Fica decretado o fim de toda vanglória, visto que na Graça toda glória humana é vã, pois a única coisa em que se gloriar é ter-se recebido aquilo que não se merecia.


9. Fica determinado que aquele que vive na Graça já não teme nem a morte e nem a vida, nem tampouco ser quem é, em Cristo. Pois o temor de ser seria equivalente a temer entregar-se a Deus.


10. Fica decretado de uma vez e para sempre que a única maneira de se entender e ver a plenitude da Graça em sua encarnação e explicação de si mesma está na vida, nas palavras, nos gestos e nas atitudes de Jesus de Nazaré — pois foi Nele e somente Nele que a Verdade e a Graça se beijaram como Glória Plena, e qualquer outra expressão de Graça que não carregue essa semelhança é uma falsificação do que Jesus estabeleceu como modo humano de ser na Graça de Deus.


Caio

CRENTES DO SUPEREGO E CRENTES DO EVANGELHO



CRENTES DO SUPEREGO E CRENTES DO EVANGELHO




 
Você pergunta: O que é o superego?


De acordo com a Psicanálise o Superego faz parte do aparelho psíquico, de que ainda fazem parte o ego (eu) e o id (impulso).

O Superego representa a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, da religião, pela produção do "eu ideal"; isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.

Ora, a maior parte dos crentes que vejo por aí, são discípulos do Superego. Daí precisarem tanto de pastores fortes e impositivos, de igrejas mandonas, de líderes férreos em suas decisões, e, sobretudo, daí também necessitarem de “grupo”, de “vigilância", de clareza nos deveres, e de um Deus Big Brother: com olhos vendo tudo... E mandando para o “Paredão”.

Por isto, longe da “igreja” ou dos “irmãos”, dizem “desviar-se” da fé; ou, ainda, dizem que “não seguram a onda sozinhos”, a menos que haja uma raiz de censura latejando em suas mentes, ainda que seja o latejamento da culpa como dever de comportamento conforme os padrões do grupo ao qual a pessoa pertença.

Você vê isto através de exemplos simples:

1. Pastores juntos e viajando... Ficam irreconhecíveis. Veja-se o que pagam no pay-per-view do hotel e se verá que o gasto é quase todo em filmes pornográficos, sem falar que soltam a franga muitas vezes, na prática;

2. Crentes que vão viver em outros países. Em geral, até que achem uma “igreja”...; uma “igreja” como fiscal da conduta...; muitos se entregam a tudo quanto antes diziam “não” em suas cidades ou países;

3. Os crentes que ficam zangados com a “igreja” ou com o “pastor”, na maioria das vezes se entregam a tudo quanto antes diziam ser ruim. E por que o fazem? A fim de se vingarem da “igreja” ou do “pastor” que lhe condicionaram “hipocritamente” o comportamento. Assim, incoerência de “pastor” praticada contra o crente do superego, em geral resulta em desvio da fé, posto que as pessoas não sejam crentes na consciência, por si mesmas, mas apenas em razão das vigilâncias do superego.

A carga moral e cultural que a “igreja” produz é, muitas vezes, confundida com CONSCIÊNCIA, embora nada tenha a ver com ela.

Os que sofrem em razão das transgressões cometidas contra o Superego, não têm ainda uma consciência, mas apenas um cabresto psicológico.

A CONSCIÊNCIA é tão diferente do superego quanto o espírito seja diferente e mais profundo do que o aparelho cerebral.

Um bom exemplo do que digo vem das figuras dos “filhos” nas parábolas de Jesus.

Sim! O Filho Mais Velho [na parábola do Pródigo] tinha superego, mas não consciência. O Pródigo, no início, rebelou-se contra o Superego e foi... Mas voltou com uma CONSCIÊNCIA!... O mesmo se pode dizer da parábola dos dois filhos, o filho “sim” e o filho “não”. O filho “sim”, que dizia “eu vou”, mas nunca ia, tinha apenas superego em crise de dever moral para com o Pai, mas não tinha consciência. Daí sempre dizer “sim” a fim de agradar as aparências do superego, mas nunca ser capaz de, pela consciência, se mover. Já o filho “não”, não respeitava o Superego, mas, ao fim, respeitava a própria CONSCIÊNCIA, por isto disse “não”, mas, depois, disse “sim” com os atos da vida. Veja no link: A PARÁBOLA DOS FILHOS “SIM” E “NÃO” (http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02110)

O superego funciona sob olhares e vigilâncias. Já a CONSCIÊNCIA não precisa de “testemunhas” para se conduzir como deve, posto que a ela, a consciência, baste para o individuo; o qual age não porque tema não agir, mas sim porque não tem como não agir ou deixar de agir em razão do que no coração seja certo ou errado.

O Sacerdote e o Levita da história do Bom Samaritano tinham apenas Superego; por isto passarem “de largo” ante ao caído. O Samaritano, no entanto, tinha consciência, não superego. Por isto, sem dar importância a quem poderia ter ajudado e não ajudou..., ou mesmo a qualquer outro tipo de consideração, apenas viu e fez o que podia.

Se você é do tipo que perderia a fé em Jesus se, por exemplo, seu pai, mãe, pastor, pessoa de referencia, ou, no caso de você que gosta de mim, se eu deixasse a fé dizendo que era tudo uma balela — tenho algo a dizer a você:

VOCÊ AINDA É DISCIPULO DO SUPEREGO!

Se o mundo inteiro descrer...; e se todos os meus amados deixarem a fé...; ou mesmo se eu descobri-se uma carta de meu pai dizendo que havia deixado de crer em tudo o que me ensinou, mas que não me teria dito apenas para não me escandalizar — creia: NADA MUDARIA NA MINHA FÉ; pois, faz décadas que meu pai deixou de ter qualquer coisa a ver com minha fé.

A CONSCIÊNCIA começa quando todos se vão..., mas o discípulo fica; e fica dizendo: “Para quem irei eu, visto que agora eu mesmo conheço as palavras da vida eterna?”

É fácil saber se você é discípulo da CONSCIÊNCIA ou apenas discípulo do SUPEREGO:

a) Veja se você pensa em desanimar na fé apenas porque gente que você gostava decepcionou você; b) veja se você, apesar de tudo e qualquer um, prossegue sempre, sabendo em Quem tem crido.

Se você é b..., então, Graças a Deus o caminho do discipulado está em você. Mas se você é ainda um ser no a..., então saiba: você é ainda um ente religioso e moral, sem raiz em você mesmo, e que pode deixar tudo tão logo os ventos soprem diferente...

Pense nisto e decida quem você quer ser!

Nele, que nos chama a andar pela consciência em fé,

Caio

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O ECLESIASTES E OS CICLOS DA EXISTÊNCIA




O livro do Eclesiastes (3:1-8) nos diz que sob o sol há tempo para todas as estações da existência; e nele, no texto, não aparece nenhum espaço para um “homem de exceção” em relação ao que a sabedoria diz que a todos acontece.


Sim! Nem mesmo Jesus viveu a existência de outra forma.

Ele nasceu. Ele morreu. E, além disso, cada processo desta vida teve chão na experiência de Jesus.

Para Ele houve tempo de nascer e tempo de morrer; houve tempo de plantar, de semear, de pregar e de investir; assim como houve tempo de arrancar o que se havia plantado, abrindo espaço para as plantas que desejam produzir.

Para Ele houve tempo de matar, de dizer: “Nunca mais nasça fruto de ti” —; assim como também houve tempo de curar; e como curou!

Houve tempo de derrubar, de dizer: “Aqui não ficará pedra sobre pedra” — como também houve tempo de edificar, e de dizer o que Ele estava erguendo venceria até as portas do inferno.

Ah! Houve tempo de chorar, de lamentar a morte de gente boa de Deus e de soluçar dizendo a Jerusalém: “Quantas vezes quis eu reunir-te, mas vós não quisestes!”.

Houve tempo de rir com gente simples e com pecadores pouco graves — assim como houve tempo de prantear em solidão pela impossibilidade de encontrar um único companheiro no dia da Tentação.

Houve tempo de fazer vinho, beber e dançar com os que celebravam em Caná da Galiléia — à semelhança do tempo de imaginar o regresso de um filho amado, e como um pai grato se portaria ante a volta de quem já se tinha como morto e perdido; e, para Jesus, tal evento da Graça se celebraria com música e danças.

Houve tempo de espalhar pedras, que eram apenas pedras de tropeços para outros; assim como para Ele houve tempo de ajuntar pedras, as pedras que Ele usaria para construir sua catedral de amor, feita de pedros e outros seixos do rio da vida como ela é.

Sim! Houve tempo de abraçar crianças, velhos, amigos e até aqueles que eram os inimigos; embora tenha chegado também a hora na qual Ele afastou todos os abraços da falsidade.

Houve tempo de buscar o que se havia perdido; ou de encontrar aquele que, em sendo achado, seria uma grande surpresa para os que já davam o perdido como inachável.

Mas para Ele também houve tempo de perder e de lamentar que quem ouvira, não crera; quem tivera a chance, não a aproveitara; e quem recebera a benção, a rejeitara.

Embora para Ele também tenha havido o tempo de guardar, de esconder, de ocultar, de tirar da vista, de dizer que pérolas não se lançam aos porcos, e que certas coisas quando não acolhidas voluntariamente, passam a ficar ocultas para aqueles que as rejeitaram.

Por isso, Ele também teve o tempo de lançar fora, de dizer que o que antes tivera algum valor agora para nada mais servia do que para ser lançado fora e pisado pelos homens.

E mais:

Para Ele houve tempo de rasgar velhos panos da religião de Israel e de dizer que o pano com o qual eles se cobriam religiosamente não servia como vestes para o reino, nem mesmo como remendo.

Entretanto, houve também para Ele o tempo de coser; mas de coser apenas as relações que se refazem pela Graça do perdão.

Houve tempo de estar calado, de nada dizer, e de descer ao matadouro como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores. Mas houve tempo de falar, e de falar tanto que Sua palavra se tornou insuportável para uns, enquanto outros, em perplexidade, diziam: “Ninguém jamais falou como este homem!”.

Porém, para Ele, houve somente tempo de amar, e nunca houve tempo de odiar; embora Ele tenha vivido o tempo todo em guerra, e, mesmo assim, jamais tenha deixado de levar em Si mesmo a Era da Paz.

A religião, todavia, em especial em suas corrupções ocidentais, busca e oferece uma existência sem alternâncias. Sim! Querem uma alternativa às alternâncias da existência.

Enganam o povo falando de uma existência na qual só se tem riso, só se abraça, só se ganha, só se dança, só se ajunta, só se constrói, só se nasce, só se encontra, só se agrega, só se celebra, só se fala, só se tem sucesso!

Então, vem a vida...

Chega o tempo de chorar, de lamentar, de prantear, de perder, de morrer, de sepultar, de arrancar, de espalhar, de lutar, de enfrentar, de calar, de silenciar, de emudecer, de rasgar, de jogar fora, de derrubar, e de desconstruir com as próprias mãos.

Então, o ser sem “Eclesiastes” na alma, sem a sabedoria da vida como ela é, se escandaliza, e se enfraquece, e se diz traído por Deus e perseguido por uma conspiração da existência...

Eu já comi muito doce nesta vida. Agora, com um diagnóstico de “diabetis” que me foi dado semana passada, chegou o tempo de não comer mais doce, até quando Deus quiser.

As estações mudam...

Papai de súbito teve que colocar uma sonda para poder urinar. “Paizinho! Paizinho!” — disse-lhe eu ao ouvir o que lhe está acontecendo desde o meio da semana que passou. “Não! Faz parte, meu filho!”

As estações mudam!

“Recebemos do Senhor as bênçãos, por que não receberíamos os males?” — indagou Jó a sua esposa, para quem a vida não podia ter todos os seus pólos e estações, do contrário, imaginava ela: “Onde está Deus?”.

Ora, o ciclo das estações do Eclesiastes não acontece sob as forças da chance, do acaso, do azar e ou da sorte. Não! Por trás delas há amor, há oportunidade, há sabedorias, há graça de Deus.

Alguém pergunta: “Como?”.

É que num mundo caído a gente só tem chance de encontrar a sabedoria para ser e viver se a encontrarmos entre os pólos da existência; pois, se existe o nascer e o morrer, com ambos há todas as demais coisas que à vida e à morte se associam na existência.

Em Cristo, no entanto, o que se aprende acerca de tal “processo inevitável” — é que pela sua própria inevitabilidade ele carrega a semente da Graça inevitável; pois, se em cada estação a pessoa que a viver amar a Deus, em todas elas tal pessoa descobrirá que todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem de todos os que, em qualquer fase da vida, amam a Deus de todo o coração.

Sim! Faz parte! E apenas agrega valor à melhor parte, aquela que de nós jamais será tirada!

Nele, que é toda a nossa vida, em todas as estações e em todas as circunstancias,

Caio

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A IGREJA QUEBRA GALHO DA VIDEIRA




Jesus disse que Ele está para nós assim como a Videira está para os ramos.


Sem videira todo ramo é pedaço de pau e somente isto.

Sim! É madeira morta, boa para ser queimada.

Os cristãos, no entanto, foram enganados e deixaram-se enganar, pois, desde que se determinou que "fora da igreja não há salvação", que a Videira passou a ser a "igreja", e, também, desde então, o Agricultor, que, segundo Jesus é o Pai, entre os cristãos é o Pastor, ou, em alguns grupos, o Corpo de Doutrina pelo qual se faz a "poda" de membros.

Assim, para o crente, "permanecer em Jesus", [João 15], é permanecer firme na "igreja", freqüentando, participando e se submetendo a tudo.

Do mesmo modo, "dar fruto", segundo os crentes e suas emoções condicionadas por anos de engano religioso, é evangelismo como programa, é acampamento como devoção, é célula de crescimento, é cantar no grupo de louvor, é ir à reunião de oração, e, sobretudo, é dar o dízimo em dia.

E o mandamento de amar uns aos outros é algo que os crentes entendem como amar os que são iguais a eles enquanto os tais não ficarem diferentes. Nesse dia eles viram desviados.

Ainda no mesmo andar de engano, os crentes pensam que "ser lançado fora" da Videira é ser disciplinado pelo Agricultor Pastoral ou pelo Conselho de Agricultura que aplica o Corpo de Doutrinas disciplinadoras e excludentes, aos quais supostamente não se equivocam ao separar o joio do trigo no campo do mundo-igreja.

Ser “amigo de Jesus” [João 15], para os crentes é estar em dia com a doutrina, o dizimo e a freqüência.

Assim, para a maioria dos crentes, emocionalmente, é assim que João 15 é sentido e praticado.

Ora, o resultado é o desastre cristão desses quase dois mil anos!

De fato, a religião cristã é um estelionato espiritual, pois, chama para si, como se fora Deus, aquilo que é de Deus e somente passível de realização Nele.

O que Jesus dizia era tão simples.

O que Ele dizia é apenas isto:

Absorvam a minha Palavra; o meu ensino; e o pratiquem com amor por mim e por todo ser humano. Se vocês sempre crerem que a Vida de vocês está em mim e vem da obediência ao mandamento do amor, então, vocês serão meus amigos; e, assim, toda a verdade de minha Palavra será fato e bem na vida de vocês. Mas, sem mim, sem vida em meu amor, sem absorção do Evangelho no coração, por mais que vocês tentem viver e buscar o bem, de fato vocês serão apenas como galhos soltos, secos e mortos; existindo sob o engano de que existe vida em vocês, quando, de fato, pela própria presunção de vocês, estarão mortos sem o saberem.

O resto a História do Cristianismo nos conta!

Caio

sábado, 13 de novembro de 2010

PAULO E A PSICOLOGIA DA BONDADE



II Coríntios 8 e 9—por favor leia os dois capítulos.


Em 1986 escrevi um livro chamado Uma Graça Que Poucos Desejam e que se baseia nos dois capítulos de II Coríntios acima mencionados.

A razão de eu ter escolhido aquele título foi em razão de que a mensagem daqueles dois capítulos não é apenas sobre dinheiro e nem tão somente acerca de como se proceder condignamente com os recursos do povo de Deus.

A mensagem que Paulo faz viajar pela circunstancialidade do levantamento de ofertas para que se ajudasse aos irmãos mais necessitados...carrega um cântico de amor e provocação ao ser.

O dinheiro era o tema, o procedimento em relação ao dinheiro era o elemento ético. A psicologia comunitária era explicita: gente que se ajuda, se irmana. A graça de Deus concedida gratuitamente a todos era o vínculo que os irmanava...

Mas a mais sutil de todas as mensagens, era outra...

Deus disse a Abraão: Sê tu uma benção!

Trata-se de uma ordem para ser alguém por meio de quem muitos—todas as famílias da terra—dão graças a Deus.

Graças a Deus por Abraão!—digo eu sem pudor tantas vezes quantas sejam necessárias. Ele foi benção e é benção para todos os povos da terra.

Como seria o mundo sem Abraão?

Tenham certeza...seria outro mundo!

Do hebreu vieram as coisas excelentes...

Ele creu em Deus e sua fé lhe foi atribuída como sua maior e única justiça aos olhos de Deus.

Nele eu sou abençoado...sou sua descendência na fé...sei que pertenço às muitas famílias que se beneficiaram da fé e da existência em fé daquele caminhante...

Bem, você pergunta:

Mas e II Coríntios 8 e 9?

Onde foram parar...nessa conversa?

O desafio de Paulo aos irmãos de Corinto era para que eles se tornassem seres cujas existências fizessem muitas pessoas poderem dizer “Graça a Deus por essa pessoas existir!”

Há um ciclo sendo apresentado por Paulo no espírito dos dois capítulos.

Ele via naquela circunstancia prática uma chance de falar do dom inefável em Cristo, da superabundante graça de Deus, da provisão gratuita de Deus, para que os que de graça receberam de graça possam de graça também dar. E anuncia que agir assim é a essência da fé...Portanto, aquele gesto de ofertar em dinheiro para o sustento de irmãos necessitados, geraria alegria em quem dava—pois em tendo para dar, agradecia a Deus por ter de graça recebido—,e, além disso, aquele gesto suscitava gratidão nos que recebiam, pois, levantavam as mãos aos céus e davam graças a Deus por Suas mãos agora carregarem as impressões digitais de Seus filhos e filhas.

Assim, o convite de Paulo é para o exercício da bondade.

Bondade é a qualidade do bem que se manifesta como gratidão por se poder ser e ter, pois, sabe que é por ter sido feito assim; e tem..., por lhe ter sido dado antes por Deus.

Desse modo, a bondade é...é...é...é...é...é!

A bondade não se enxerga.

Ela enxerga.

Por isto ela é para tudo aquilo que seus olhos vêem, aquilo que ela mesma é: bondade!

Paulo almejava que a consciência cristã crescesse para esse nível de compreensão.

A “oferta” era o pretexto objetivo que ilustrava a revelação da mecânica psicológica da bondade em fé. E de como gestos de graça operam sempre para elevar o nível da consciência humana, e remetem o indivíduo para aquele patamar de fé em Cristo, onde o que importa não é nada além de poder ainda aqui na terra se tornar um Ser Graças a Deus!

Ao invés das pessoas dizerem “graças a Deus” quando você vai...elas dizerem “graça a Deus” sempre que você aparece.

Nesse caso, você passa a ser a resposta à oração, a mão da misericórdia, o ouvido que ouve os silenciosamente envergonhados de dizerem quem são...e sua vida suscita gratidão a Deus em toda parte.

Seja você e seja eu—sejamos todos nós!

Seja um Ser Graças a Deus!

Graças a Deus, ele chegou...

Chegou o que é bom...

Graças a Deus por Jesus...o dom Inefável!

Caio

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A IMORTALIDADE VERSUS A VIDA ETERNA






O ódio cria monstros poderosos. Bestas nascem dele e de seus filhos emocionais e espirituais. Por isto, parece aos homens que o ódio seja o maior poder no mundo e na Terra.


Sim! O ódio é poderoso. Pelo ódio casas ficam mal assombradas e fantasmas vagam assombrando os filhos do medo no mundo!

Ele, o ódio, é o Príncipe deste mundo de mentiras e de competição mortal!

Deus, porém, é Amor!

Ora, a nós o amor parece ser tão frágil, tão quieto, tão manso, tão paciente, tão benigno, tão longo em seus prazos sem fim, tão justo, tão inocente, tão esperançoso, tão capaz de suportar tudo, tão maior que o tempo, a distancia, a mágoa, o ressentimento e o poder do ódio, que, por tal razão, somente os fracos amam.

Paradoxo humano não explicado pelos homens que odeiam enquanto dizem amar o amor!

O amor, porém, não assombra, não cria fantasmas, não oprime, não obriga, não manipula; não se defende com as armas do ódio, não resiste ao perverso com perversidade, não se vinga, não aguarda uma boa hora para chutar o cão; não sente nenhum prazer na desgraça de ninguém e não tem inimigos; não persegue ninguém, não existe para acusar, não calunia, não infelicita com sua chegada.

O ódio é imortal, mas o amor é eterno!

O que você quer?

A imortalidade do ódio, que tem o poder de tornar você uma assombração em vida e um fantasma na morte, assombrando o mundo mesmo após sua partida? —; ou desejaria você abrir mão da imortalidade do ódio e de seus poderes mal assombrados, tornando-se apenas um ente do amor que permanece não porque assombre, mas porque provoque reverencia e crie uma aura de glória mesmo após a sua partida para a Casa Eterna?

Quem ama tem Deus e conhece a Deus; e esse tem a vida eterna!

Quem odeia jamais conheceu a Deus, e permanece na morte, por isso é um imortal da morte.

Inferno é imortalidade!

Céu é vida eterna!

O que você quer?

Nele, que é amor,

Caio

EVIDÊNCIAS DE VÍCIO MENTAL




Uma das marcas de saúde mental de uma pessoa é a sua capacidade de variedade de temas, interesses, assuntos e uma abertura total para tudo que seja humano e vida. Portanto, a maior marca de saúde mental é a alegria de ser, amar, conhecer, e participar da vida, fazendo isso com amor e bom senso; e sem medo da dor, especialmente da dor do amor.


Uma pessoa fixada num tema só, por mais que chame aquilo de “meu amor e minha paixão” ou, em certos casos, de “minha vocação”, ou de “minha obrigação”, se, todavia, se fixa naquilo como coisa única, e por tal fixação torna-se juiz de quem não tem o mesmo interesse ou não o tem na mesma intensidade ou, ainda, que manifeste outros interesses e prioridades, demonstra, por tal atitude de juízo fundado em sua própria fixação, que se fez vítima de um vício mental dos mais perigosos e também, por certo, dos mais capazes de reduzir a mente e a existência de uma pessoa a uma espécie de tara temático-existencial.

Quando uma pessoa se fixa num único tema na vida —seja pela via de um trauma, seja pela força de desejos reprimidos e transformados em “causa de vida”—, por tal fixação, evidencia o fato de que sua mente está viciada.

A questão é que vícios mentais não são apenas coisas que permanecem na psique da pessoa. De fato, quando não se trata de um problema congênito ou hereditário na área mental, em geral o que acontece é que quando a alma se entrega um certo modo de sentir — seja em brigas domésticas, seja uma relação viciada na tragédia e no desamor, seja um poderoso condicionamento de natureza sexual, seja a fuga de intimidade, seja o ódio, seja a amargura, etc —, o que acontece é que a presença contínua desse “sentir”, demanda do cérebro certas liberações químicas que façam “compensação” frente ao stress ou frente à hiperexcitação ou às oscilações ou a qualquer coisa que caracterize um modo de sentir intenso. E tais “descargas” químicas de compensação acabam por se tornarem programas cerebrais que passam a operar por conta própria; e, agora, invertendo a ordem, ou seja: já não necessariamente sendo a psique exigindo participação do cérebro, mas o contrário: o cérebro, agindo de modo condicionado, descarrega o que antes era um “socorro” para uma situação vivida como experiência emocional, a qual, agora, passa a ser demandada pelo cérebro, o qual exige aquele comportamento compatível com a liberação química em curso.

Vícios mentais, portanto, são como uma cobra que se alimenta do próprio rabo!

O problema é: onde está a mente sadia?

Para mim Jesus é o exemplo da mente mais sadia possível, e, portanto, aberta a tudo e todos; exatamente como Deus, que manifesta Seus interesses e variedades temáticas na multiformidade da criação.

Jesus mostra interesse pela variedade da vida assim como Seu Pai foi variado e extravagante em tudo o que criou. Sim, porque até as maiores sutilezas da criação estão carregadas de extravagância divina.

Jesus foi um carpinteiro por profissão, e nunca chegou a ficar nem de longe velho, tendo morrido jovem. Entretanto, já menino, no templo, chocava os mestres com suas questões e interesses acerca de coisas elevadas, porém, no lugar certo e com as pessoas certas. Nunca estudou, mas lia. Nunca plantou, mas observava o trabalho do agricultor. Nunca escreveu, mas sabia qual era a presunção de um copista do sagrado. Nunca namorou, mas sabia como ser carinhoso com as mulheres. Nunca teve ovelhas, mas sabia, pela observação, como um verdadeiro pastor se portava. Nunca foi casado, mas sabia como uma dona de casa ficava feliz quando achava algo precioso que se havia perdido. Nunca foi pai, nunca foi pródigo, nunca foi um irmão ciumento, mas sabia como todos os três personagens se sentiam em cada situação. Nunca foi desonesto, mas sabia como um administrador infiel se sentia quando apanhado em flagrante. E, assim, Ele demonstra também como um pai de família deve se comportar se um ladrão se aproximar. Sabe que a pobreza é crônica na terra; conhece o modo como os políticos dominam sobre os povos; sabe o que sente uma mulher dando à luz um filho. E não evita a emoção do choro, da dor, da tristeza, da alegria, do suor de sangue, do vinho melhor, do medo da cruz, e da oração para ter força para não morrer fora dela; e vive cada coisa, cada dia, não se deixando escravizar por nenhum tipo de aflição ou preocupação.

Sim, Jesus tinha a mente mais despreocupada do mundo, ao mesmo tempo em que era a mais responsável da Terra.

Sobretudo, além de ser pela variedade de Seus interesses, indo de crianças a velhinhas, vê-se Sua saúde mental na Sua total vitória sobre a ansiedade. Ele faz gestão leve até da hora da morte. “Não é a hora”, diz Ele. Até o dia em que Ele diz: “Chegou a Hora”. E Sua despedida de Seus amigos e discípulos não poderia ter sido mais própria, mais grave e, ao mesmo tempo, mais esperançosa; mais verdadeira e também protetora das limitações de percepção deles.

Assim, aprendendo com Jesus, busque interessar sua mente por tudo, sempre apenas retendo o que é bom. E se você perceber que se irrita com qualquer coisa que não seja o seu “tema”, preste atenção, pois já é forte sinal de que a sua mente e cérebro estão viciados ou se viciando. E isso não é brincadeira. É pior do que qualquer outro vício.

Pense nisso!

Caio

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ELE ESTÁ AÍ, COM VOCÊ!




Na noite em que foi traído, Jesus disse aos Seus discípulos: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vos outros”, referindo-se ao Espírito Santo, ao Espírito de Cristo, que neles Ele faria habitar. “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, garantiu-nos o Jesus ressuscitado dentre os mortos. “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu aí estou no meio deles”, afirmou Jesus para todo e qualquer tempo da vida. Assim, os discípulos de Jesus sabem que Jesus está com eles. Por isto, não temem. Por esta mesma razão eles são gente do caminho, lugar onde encontrar dois ou três que sintam e façam “sinfonia” em Seu Nome, pode acontecer em qualquer esquina. Quando os discípulos esquecerem as “igrejas” e passarem a só considerar o que tem a ver com Jesus, então, o mundo sentirá o impacto de nossas presenças em todos os lugares da terra. Abandonado o compromisso com a religião, e abraçado com paixão o discipulado de Jesus no Espírito, então, o sal salga a terra, o fermento leveda a massa, e a pequena semente se faz desabrochar na grande árvore que serve de pouso para aves de muitos tipos diferentes.. Onde quer que você encontre sintonia com dois ou três no Nome que é sobre todo nome, então, sinta-se na Igreja, e experimente cada encontro como alegria de síntese fraterna da presença de Jesus entre os irmãos. E há poder nessa “sinfonia”! O que aqui digo, soa como tolice e obviedade, mas no dia em que milhões de consciências começarem a viver assim, o planeta vai sentir o significado da presença do povo de Deus na Terra. Neste dia haverá igreja em toda Terra; pois, nessa leveza, o Evangelho do reino será pregado em todas as nações sem juntas de missões, e sem missões nas juntas.

Nele,

Caio

domingo, 17 de outubro de 2010

O QUE FICOU ESTABELECIDO NA CRUZ





Artigo 1º - Fica decretado para a consciência de todo homem que a Cruz de Cristo é a Realidade Primeira de todas as coisas, visto que antes de haver Luz, houve Cruz.


Artigo 2º - Fica estabelecido que toda a criação teve sua origem no Sangue, pois que o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação de todos os mundos.

Artigo 3º - Fica para sempre declarado que a Luz só pôde ser criada porque a Cruz fez separação entre a Luz e as Trevas, sendo que ambas existem por decreto da Palavra de Deus, e somente se explicam no Eterno Sacrifício de Cristo antes de todas as criações.

Parágrafo Único: Em Jesus Cristo o Verbo se Encarnou, e a Cruz histórica é a Encarnação do Sacrifício Eterno realizado antes de todas as coisas e por todas as coisas.

Artigo 4º - Por decreto irrevogável está para sempre estabelecido que todo joelho se dobre e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a Glória de Deus, o Pai.

Artigo 5º - Fica decretado que o Mistério dos Mistérios é a Cruz de Cristo, e que dela são beneficiárias todas as criaturas, especialmente os seres humanos que Hoje assim já crerem.

Artigo 6º - Pela Vitória do Sangue de Jesus ficou estabelecido o Fim do Mundo e o Início de Todas as Coisas. Por isso, a eternidade já reina nos corações dos que crêem. Os inimigos dessa Vitória já foram despojados de seus poderes, estando apenas se servindo da ignorância dos que ainda não creram.

Parágrafo da Vitória: O Diabo e seus anjos foram despojados de seus poderes na Cruz de Jesus, tendo agora apenas o poder que a maldade humana lhes fornece como alimento. Mas o tempo está próximo.

Artigo 7º - Fica decretado que todo aquele que crer em Jesus terá acesso à Árvore da Vida e à exclusividade de uma Comunhão com o Pai que apenas a cada indivíduo concerne em Deus.

Parágrafo Diferencial: Todo aquele que crê anda com a marca do Cordeiro na fronte e é identificado pelos poderes invisíveis, mesmo estando calado.

Artigo 8º - Pela sabedoria eterna de Deus se fez decreto a seguinte certeza: Jesus é a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.

Artigo 9º - Por decreto do amor de Deus e de Sua fidelidade está estabelecido que ninguém que creia em Jesus será lançado fora da Redenção, e também que nada separará tal pessoa do amor de Deus para sempre. Nem o abismo!

Parágrafo da Vida: Quem crê está para sempre perdoado e pode andar tranqüilo em qualquer lugar, especialmente nos ambientes de seu próprio coração.

Artigo 10 - Fica de uma vez e para sempre estabelecido que aos homens é dado o direito de existir, porém toda existência só se transformará em Vida mediante a consciência do amor, pois Deus é amor.

Parágrafo Eterno: Ele é o Primogênito de toda criação, e por meio dele todas as coisas foram criadas; dele são todas as coisas, portanto, para Ele um dia todas as coisas retornarão. Na Cruz Ele reconciliou consigo mesmo todas as coisas, e todo aquele que crê tem que ter esse entendimento, para que viva bem, ame o próximo e não destrua a Terra.

Caio

domingo, 10 de outubro de 2010

SABE, PORÉM, ISTO...





SABE, porém, isto:



Nos últimos dias haverá tempos difíceis!


Os homens se tornarão cada vez mais amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos e profanos.


O mundo será assim, mas os que dizem professar o nome do Senhor assim serão também. De modo que não haverá diferença.


Sim, pois eles se tornarão sem afeto natural, e, por isso, serão irreconciliáveis, caluniadores, descontrolados, cruéis, sem amor para com o que é bom.

Por tal razão também se tornarão traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos prazeres imediatos do que amigos de Deus!


Desse modo seguirão — tendo aparência e maneirismos de piedade, mas negando a eficácia dela em suas vidas.


Desses, afasta-te logo! Não vá com eles. Não os imites. Não tenhas inveja deles. Jamais creias que eles ficarão sem o juízo da verdade, pois eles o conhecerão mais cedo ou mais tarde.


Tão certo quanto vive o Senhor, assim o será!


Ora, entre esses há o que se introduzem nas casas com a finalidade de seduzirem mulheres levianas e insensatas, as quais andam cativas de seus próprios sonhos, e, assim, terminam por ficarem carregadas dos pecados de suas próprias carências.


Por isso, tais mulheres são levadas pelo impulso das várias concupiscências, e, assim, aprendem sempre, mas nunca podem chegar ao conhecimento da verdade, posto que a indiferença para com a verdade que se sabe torna insensível o coração.


O que ilustra essa situação muito bem foi o que aconteceu a Janes e Jambres, os quais resistiram a Moisés no deserto.


Ora, do mesmo modo estes pregadores de si mesmos e de suas próprias cobiças também resistem à verdade do Evangelho.


Tu, porém, fica sabendo isto:


Por esta razão é que são homens corruptos de entendimento, reprováveis e reprovados quanto à fé.


Não irão, porém, avante! Porque a todos será manifesto o desvario e o surto deles, como também aconteceu com os opositores de Moisés.


Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência.


Perseguições e aflições tais quais me aconteceram, tu conheces bem; e viste como me portei.

Já sofri muito pelo Evangelho. Hoje também muito sofro. E sei que ainda muito sofrerei. Mas o SENHOR de todas me livrou e me livrará!

Afinal, é assim mesmo, pois todos quantos queiram viver misericordiosamente em Cristo Jesus enfrentarão perseguições — explicitas e implícitas; objetivas e subjetivas; abertas ou veladas; hostis ou hipócritas.


Tudo no mundo que jaz no maligno é contra Cristo. Portanto, não fiques perplexo, pois tua vida na Graça de Jesus é uma provocação a homens e a principados e potestades.

Sabe, porém, isto:


Os homens perversos, dissimulados e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados — embora sempre creiam que estejam levando vantagem até contra o diabo.


Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.


Ou será que não podes ver o Evangelho em mim?

O que hoje sabes já o tens aprendido desde a tua meninice. Afinal, conheces a Bíblia e suas escrituras inspiradas, as quais podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.


Também disto nunca te esqueças:


Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para exortar, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.


Com a permissão de Paulo.

Caio

VOCÊ TEM MEDO DE ORAR E NÃO SER ATENDIDO?...





Jesus disse que deseja que a nossa alegria, a alegria dos discípulos do Evangelho, dos seguidores da Palavra da Vida, seja alegria completa; não em parte, mas plena; assim como plena, diz Ele, deve ser a nossa vida; visto que Ele, de Si mesmo, dizia a nós: “Sem mim nada podeis fazer” — deixando-nos desse modo claro que a certeza de que nossa alegria só pode vir de nossa relação de implante Nele.


No lugar no qual Ele disse que deseja que nossa alegria seja completa [João 17], Sua referencia a completude de nossa alegria se vincula à nossa confiança em Deus, pela qual temos com Ele a intimidade de pedir em oração, sobretudo se a disposição do coração é permanecer na Sua Palavra; assim como um ramo sadio e frutuoso de uma videira só continua sadio e frutuoso se permanecer ligado ao tronco da videira.

A oração [...] pode ser nossa grande fonte de alegria!

Todavia, não existe nenhum poder na oração em-si...

Oração não é mandinga e nem macumba...

Digo: oração a Jesus [...] não o é!...

Sim, pois oração a Jesus, mesmo que use o nome de Jesus, só é oração em Jesus e para Jesus... — se for em conformação à Palavra de Jesus, ao Evangelho; posto que orações feitas a Jesus, em nome de Jesus, mas fora do espírito do Evangelho, fora do ensino de Jesus, longe do mandamento do amor e do perdão, afastadas do sentido do que Jesus chama vida e valor diante de Deus, não são orações a Deus, mas àquele que ama o ódio, o capricho, a magia, a manipulação, o culto à própria vontade, à necessidade psicológica carrega de morte e perversão, a mentira, a vingança e a hipocrisia..., que é o diabo.

Jesus, no entanto, mandou que orássemos mais do que nos mandou fazer qualquer outra coisa!...

Além disso, Ele disse que a oração que acontece em paz e submissão à vontade de Deus e segundo o espírito do Evangelho, sempre será ouvida; e sempre trará até nós a certeza e a demonstração de nossa amizade com Deus pela obediência em fé ao Evangelho; posto que os verdadeiros amigos de Deus, os que pedem e recebem, são amigos de Deus apenas porque demonstram seu amor e fé pela permanência no mandamento do amor, que é o sentido do Evangelho.

Desse modo Jesus ensina que a oração é o fator mais simples e prático de experiência de alegria espiritual, quando se ora com amor e submissão, quando se pede com confiança, quando se intercede com amizade e ardente amor fraterno, quando mesmo desejando algo, e pedindo algo com clareza especifica, ainda assim não se faz a esperança escrava do desejo pessoal, pois apesar de se pedir, pede-se Àquele que sabe o que nos será melhor...; coisa que o mais esclarecido de nós está longe de saber.

Você tem medo de orar?...

Pergunto por que a maioria dos crentes que eu conheço só ora em vigília ou reunião de oração, pois, na solitude [...] não crêem que serão ouvidos; posto que fiam-se no “ajuntamento dos que oram” como se fosse um poder-em-si... — e isto porque não têm amizade com Deus, posto que pessoalmente saibam que não mantêm nenhuma amizade com Jesus pela obediência ao Evangelho e ao mandamento do amor, do perdão e da misericórdia.

Sim, não crêem em sua amizade com Deus, e, por isto, não oram; posto que temam não receber; visto que somente pensem em resposta às suas orações como atendimento aos seus caprichos, os quais, são egoísmos oferecidos como petição ao Pai.

Daí temerem orar sozinhos...

Daí precisarem da oração grupal como elemento de força aos seus pedidos pessoais...

Pense nisso!

Nele,

Caio

terça-feira, 5 de outubro de 2010

REGENERAÇÃO



Regeneração não é doutrina, mas sim milagre.


Regeneração é ver que os pedaços arrancados de nós mesmos pelas doenças do pecado e pelos traumas da existência, crescem outra vez, são refeitos, gerando integridade no ser.

Regeneração é como fazer membros amputados florescerem para a normalidade do que é para o bem.

Regeneração é a transformação da mente, fruto de re-conexões que o Espírito Santo opera em nós; e é assim porque antes nós não falávamos com nós mesmos, nem nos ouvíamos, nem nos enxergávamos a nós mesmos.

Regeneração é a ressurreição do entendimento, é implantação do arrependimento como insistência na direção da transformação, é o abrir da semente da vida em nós.

Regeneração é a eternidade engravidando o espírito e fazendo-o dar fruto no tempo.

Regeneração é como a viagem das árvores de minha terra: um caminho da vida na direção da luz.

Caio

sábado, 2 de outubro de 2010

O NINHO DO MEU SER




O Salmo 84 nos descreve o espírito com o qual os verdadeiros peregrinos de Israel se preparavam para a visita anual ao Templo em Jerusalém. No entanto, o que nos acomete quando lemos o salmo nada tem a ver com o espírito religioso, mas devocional e existencial.


Os “tabernáculos” só são “amáveis” porque são do Senhor!

A seqüência da descrição caminha com a mesma carga afetiva: “a minha alma suspira e desfalece...o meu coração e a minha carne exultam..” O aconchego desse lugar-não-lugarizado tem na visita ao Templo sua simbolização, mas não se confina a ele!

O conforto que o salmo menciona no encontro com Deus é o de um ninho. Os “altares” devem ser lugar de pouso, de descanso e de paz!

A inveja santa do cidadão daqueles dias se dirigia aos levitas. “Bem-aventurados os que habitam em tua casa: louvam-te perpetuamente”. Hoje não existem mais levitas! Todos nós fomos feitos uma nação de sacerdotes!

O lugar da adoração perdeu sua ênfase geográfica e ganhou sentido existencial! O Templo sou eu, o lugar do culto é meu ser e a liturgia é a vida vivida em Cristo!

O salmista sabe que para alcançar o lugar-ninho tem-se que passar pelo “vale árido”. Por isso a força do ser tem que estar em Deus.

Se o significado da viagem for o Senhor, mesmo no vale árido faz-se dele “um manancial e de bênçãos o cobre a primeira chuva”.

Subitamente o cântico solitário admite outras presenças na jornada. O desejo de Deus é meu, mas muitos sentem a mesma coisa.

A irmandade do Caminho é feita de pessoas que se encontram porque reconhecem que amam o mesmo Deus e estão fazendo a mesma jornada. “Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus...” O alento dessa caminhada é a Graça!

O peregrino sabe que quem escuta as suas oração é o Deus do ambíguo Jacó! Portanto, a presença de Deus é ninho somente quando se sabe que Nele se pode descansar na Graça!

A conclusão do salmo é absolutamente existencial. Nele vale somente o que tem significado. Até mesmo o tempo encontra sua mais absoluta relativização antes mesmo do nascimento dos gênios modernos da Física Quântica. O que importa é o que vale! O que vale, é o que importa! Por isso o salmista diz: “Um dia nos teus átrios vale mais que mil”.

A conclusão é simples: o salmista faz escolhas baseadas em significados e em valores que existem em sua consciência. Sua obediência a Deus vem de seu amor por Deus. Daí ele concluir dizendo: “prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”.

A alma que conhece a Deus perde o jeito de ser em qualquer situação que não seja na presença de Deus. As tendas da perversidade, por mais luxuosas que sejam, não oferecem um ninho para o ser.

Quem conhece a Deus como encontro de amor sente-se totalmente afetado por Sua Graça. E isto faz com que andar com Deus seja alegria, e as dificuldades da jornada sejam superadas. Os vales áridos são atravessados. Cavam-se poços e guarda-se a chuva.

Um irmão dá força ao outro. E cada um aparece diante de Deus.

Caminhar assim é ninho, mesmo antes que a gente chegue lá!

Caio Fábio

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ONDE ESTÁ O REINO DE DEUS?




Quando eu reconheci a Jesus como meu Senhor, em 1973, logo percebi que havia uma obra de Deus a ser feita “em mim”. Isto porque o convívio com meu pai me evidenciou que não poderia haver qualquer coisa que fosse do agrado de Deus, se não viesse de dentro, do coração. Na mesma época fui apresentado ao Apóstolo dos Pés Sangrentos, o Sadú Sundar Sing, e me fascinei ante a possibilidade de viver uma vida espiritualmente profunda, e, como conseqüência disso, dediquei-me intensamente ao jejum por muitos anos. A leitura bíblica era como respirar, e a oração como viver... À noite, muitas vezes, acordava enquanto recitava Efésios, Colossenses, Filipenses, etc... de cor. Muitas vezes me apanhei... acordando... já no final da carta, e quem ouvia dizia que eu a havia recitado toda. Tamanha era minha imersão naquilo tudo, que, para mim, não era um conteúdo externo a mim, ou intelectual, mas algo intrínseco, mais profundo do que eu podia designar o que fosse profundo. No entanto, toda essa busca interior, por um paradigma que também me foi estabelecido na mesma época—e que era fruto do melhor dos tempos—, tinha um objetivo: pregar a Palavra com poder e unção, e levar muitos ao conhecimento de Deus. Ou seja: mesmo naquela devoção havia uma certa devoção também ao poder espiritual, por mais que Deus fosse amado. Era parte da demonstração de amor a Deus pregar para o maior número possível de seres humanos! Desse modo, a devoção, por mais pura que fosse, ainda tinha um objetivo missionário; o qual poderia ser aferido de modo externo. Na mesma época também apareceu a espiritualidade dos cristãos orientais, com forte ênfase na Vida Cristã Normal, ou na Autoridade Espiritual. Havia naquela visão uma busca intimista, porém, o aplicativo era profundamente comunitário, e tinha seus mecanismos de aferimento também do lado de fora. Depois veio a busca por uma Espiritualidade Integral, especialmente sob os auspícios do chamado “Pacto de Lausanne”. Naquela visão o lado de dentro já estava quase todo do lado de fora, e as grandes manifestações de espiritualidade se manifestavam mediante a capacidade de fundir muitas variáveis da missão num projeto único. Portanto, “holístico” e, também, “integral”. Devagar o lugar da devoção foi se movendo da dimensão mística, para a racional; da vivencia experiencial interior, para a missão com praxes socialmente perceptível; da paixão para a visão estratégica; do ser agido para o agir; do estar disponível para Deus, para a pretensão de ser sujeito operante da história a ser feita. Nesse ponto, de modo muito sutil, o reino de Deus já não está apenas dentro de nós, mas, sobretudo, é entendido como tendo que ser estabelecido fora de nós, e por nós. Quando se chega aqui, neste ponto, a obra interior de Deus cessa, e só pode ser retomada mediante o Caminho da Desconstrução... seja ela qual for... e nunca sem dor. Isto se Ele estiver interessado em disciplinar você em amor, e traze-lo para o reino que é! De fato, no fim de tudo, se você for bem-aventurado, você volta para antes do principio de tudo em você um dia. E, no meu caso, foi e está sendo um caminho de ser de Deus apenas por Deus; buscando a verdade de Deus não fora de mim, mas dentro de mim; discernindo a grande tarefa do Espírito como sendo apenas em mim; e não tendo nenhuma esperança em qualquer “reino de Deus” que não esteja, sobretudo, “em vós”. Ora, o reino em nós nos tira a obrigação de salvar o mundo, e nos dá a alegria de ver Deus salvar a nós mesmos. E isto significa que o trabalho de Deus é uma obra infinda de entalhamento de Seu Filho em nós; de tal modo, que tudo o que apareça “fora” seja apenas e tão somente o resultado dessa gestação do reino no coração. Obviamente que tal obra acaba por se evidenciar, assim como o fruto é a evidencia da vida da árvore. Nesse caminho, oração, meditação e contemplação, se fazem acompanhar de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. E também se fazem acompanhar de um arrependimento que é permanente mudança de mente, conforme a revelação do Espírito do Evangelho, em Jesus. Então, o reino deixa de ser uma tarefa humana, um conteúdo teológico, uma façanha de heróis da causa de Deus, e passa a ser apenas algo irresistível como o sal quando liberado, e tão irreprimível como a luz, e tão subversivo quanto o fermento que cresce implacável sem fazer nenhum barulho. É neste lugar-ser que quero ser-estar! Venha o Teu Reino. Seja Feita a Tua Vontade. Pois Teu Reino está em nós!


Caio

E SE O REINO CRESCER EM NÓS?




As esperanças de Isaías de que um dia todos os seres vivos se reconciliariam, de tal modo que presas e predadores pastariam juntos, dormiriam juntos e brincariam juntos; a tal ponto que um bebê humano meteria a mão no buraco da cascavel e não sofria nada nunca — nos remetem para aquilo que o “condicionamento sistemático escatológico” criou para quase todos nós como cenário.


Assim, de Isaías somos levados como que por encanto para o Apocalipse, e, de súbito, sem nenhuma confirmação de Jesus ou dos apóstolos, mas exclusivamente por mera criação sistêmica dos teo-escatologistas, “aprendemos” que a utopia de Isaías tem seu cumprimento no milênio do Apocalipse; milênio esse que é apenas descrito como domínio do Cordeiro por mil anos [sem que se saiba se esses mil anos são de fato mil anos ou apenas mais uma das simbolizações do livro]; ao fim do qual Satanás é “solto outra vez, e sai a seduzir as nações”, ajuntando-as para a guerra contra o Cordeiro e Seu povo.

Independentemente de uma coisa ser ou não a outra, o que quero dizer é que em Isaías esse tempo de reconciliação é divinamente humano e humanamente divino; ou seja: é aparentemente um reino da consciência e da sincronicidade realizada pelo amor a Deus e ao próximo.

De fato em Isaías nada é definitivo, mas apenas altamente qualitativo.

Pois...

Os homens vivem muito tempo [como a existência longeva de uma árvore forte], mas morrem; e se diz que morrer com cem anos é morrer ainda jovem.

Também se cria um cenário no qual os homens trabalham, mas não trabalham em vão; ou seja: eles constroem e habitam no que ergueram; eles plantam, e comem o que semearam; eles têm filhos de esperança e não os vêem crescer para a calamidade; e assim, tudo o mais, de tal forma que o suor existe, mas é grato; o trabalho acontece, mas como bem usufruível; a morte existe, mas não cansa e nem dói o esperá-la e nem o encontra-la.

Ou seja: Os homens estariam encarnando o espírito anunciado por Paulo: Tudo é vosso; seja a vida; seja a morte; as coisas do presente ou do porvir; tudo é vosso, e vós de Cristo; e Cristo de Deus.

Seria algo como a plenitude relativa do máximo da experiência humana num mundo caído, porém, abrandado pela emanação coletiva do amor.

Assim, seja como for que Isaías se torne realidade entre nós um dia, isto só acontecerá se houver uma súbita e dramática nova consciência entre os humanos, ainda aqui neste plano e dimensão de coisas; pois, o cenário é terrestre e relativo, mas a experiência carrega o sinal do amor e da saúde do reino de Deus entre nós.

Em minha opinião seja como for... — isto só será possível se o reino de Deus que está em nós, crescer tanto em cada um de nós, expandindo-se de modo endêmico; de tal modo que toda a nossa animalidade vampiresca dê lugar ao espírito de Jesus; e, assim, sejamos tomados de toda a plenitude de Deus; ponto no qual o ser confia e perde a ansiedade; e, assim, se reconcilia com ventos, ondas, com plantas, com a gravidade, com o átomo, com o quantum, com as células, com todas as formas de vida; falando línguas humanas, angelicais, animais e vegetais; de tal modo que a desgraça que Oséias diz que acontece quando os homens se desarmonizam entre si, criando um caos na ordem relacional das criaturas, fosse e seja invertido, gerando reconciliação e sincronia entre todas as coisas criadas.

Ora, não importando como [se é o Cordeiro vindo ou se é o reino do Cordeiro crescendo em nós] acontecerá; eu, todavia, creio que pode acontecer e que acontecerá.

Quem crê na Ressurreição e no Pentecoste não pode não crer no que Isaías profetizou; e isso sem se preocupar em solucionar a questão para Deus.

Entretanto, nós estamos neste mundo para treinar essa possibilidade todos os dias. No entanto, quanto mais existimos... como espécie na história, mais cegos e burros ficamos; e, assim, vamos cavando o abismo que nos separa uns dos outros, que nos separa de nós mesmos e de toda a criação. Daí o estarmos destruindo a terra.

É o esburacamento do coração humano a geografia existencial de catástrofe de onde procedem todas as devastações humanas; assim como as naturais de extensão planetária.

O poder para viver a profecia de Isaías habita a todo aquele que crê. Mas ele tem que se desenvolver, evoluir e crescer em nós. Do contrário é como a existência de uma caverna cheia de tesouros, mas ninguém com coragem para trazê-los à luz.

Pense nisso!

Caio

sábado, 25 de setembro de 2010

SALVOS DA FALSA ESPERANÇA



A situação já não é nada. É pura perda de tempo. Não há por que lutar. Não há por que aguardar o melhor de onde só procede o que é pior.


O bom combate já não há para quem luta as causas dos homens que só pensam em si e no poder que possam guardar em suas próprias mãos. Quem os seguir seguirá o nada, e quem lhes der ouvidos sentirá saudades da sabedoria até de um macaco.

Acabou!

O que dizer se a Boa Nova se tornou em ameaça? Que fazer se o amor virou apenas um leviano “eu te amo em nome de Jesus”? Que fazer se a libertação foi mudada em escravidão? Que fazer se o Espírito da Unidade e da Diversidade é agora invocado como espírito de Babel e de confusão?

Que fazer se até uma Arca da Aliança Artificial hoje passeia em corredores de gente aflita, conduzida por 318 homens que não cuidam de mais nada do que no fabrico de novos ídolos?

Que fazer se o Bom Nome que sobre nós foi invocado é o “nome” que hoje é apenas usado para autenticar feitiçarias e bruxarias?

Que fazer se o Evangelho da Vida virou apenas uma narrativa de doces e sedutoras historinhas de amor, enquanto o que prevaleceu foi a Lei das Tábuas de Pedra?

Que fazer quando “os do evangelho” são apenas uns fariseus sem sensibilidade? Sim, que fazer quando o Evangelho já não é o modo de ser no Caminho, posto que o Evangelho foi preso dentro de quatro livros mágicos?

Que fazer quando o nome Jesus se tornou algo como o nome de qualquer outro fundador de religião?

Que fazer quando a “serpente erguida no deserto” para a salvação de todo aquele que cresse se tornou em ídolo e superstição?

Que fazer quando o sal virou monturo, e a luz de dentro foi trocada por refletores que só iluminam palcos?

Que fazer quando o amor solidário deu lugar aos programas sociais que disfarçam apenas programas de poder político?

Sim, que fazer quando o que seria e é vida para o mundo se torna apenas em doença e arrogância?

“Que pensais? Que foi a mim que me ofereceste culto no deserto durante quarenta anos? Não! Não foi a mim, mas sim aos demônios” — diz o Senhor.

Se alguém tiver dúvidas, então, fique e veja. Quem já creu, então, ache seu lugar de refúgio.

Ai daqueles que dizem ao mundo que Jesus se parece com o diabo!

Ai daqueles que chamam de “Deus” o demônio da prosperidade e dizem “Jesus” enquanto descrevem o diabo!

Os tronos erguidos pelos impostores de “Deus” será destruído, e grande será a ruína; pois o Senhor Deus é fogo e espada, e Seu zelo é pelo Seu nome; e Ele próprio cuidará de Sua Palavra, para que não seja frustrada pela ganância dos homens.

Há um dilúvio de Deus a ser derramado. Ele mesmo chama os seus para a Arca de Sua Graça. Sim, Ele está falando, e se revela em sonho, em visão e em fortes dores no peito de milhões; e felizes serão os que lhe ouvirem a Voz.

Todos os que são de Jesus ficarão profundamente perturbados, e, assim, ninguém haverá que lhes controle o zelo da Graça que os salvou e salva todas as manhãs.

Levantem-se todos os nauseados e digam: “Fomos salvos no Rio da Vida; afastem de nós as torrentes do vômito!”

Há quem diga: “Estamos morrendo neste deserto!” A esses Deus diz: “Não é neste deserto que morrereis de sede, pois, eu mesmo, com meu braço, abrirei fontes de vida, as quais começarão a rebentar em todos os lugares áridos. Nesse dia sabereis distinguir as fontes da vida dos poços das águas artificiais”.

Quem crer verá! Mas até aquele que não crê já começa a tremer!

Caio

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SALVA O NOME “JESUS” EM NOME DE JESUS, Ó DEUS!




Senhor Deus de todos os homens e de todas as coisas existentes, ouve o clamor das almas de todas as Tuas criaturas, e o gemido de todos os seres que sentem, embora não tenham consciência.


Vê a situação de Tua criação, e salva-a por Tua Bondade.

Tu, que és a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem, salva aqueles que chamam o Teu nome, embora estejam endurecidos pela religião das Tábuas de Pedra.

Tu, que Ti revelas a quem não conhece o Teu nome, salva aqueles que perecem com o Teu nome nos lábios enquanto seus coração vagueiam longe da experiência do Teu conhecimento.

Tu, que amas o mundo, derrama Teu amor sobre esses que odeiam o mundo enquanto se tornam os maiores representantes do pior do espírito do mundo.

Tu, que endureces a quem queres e usas de misericórdia para com quem desejas, tem misericórdia de nossa dureza de coração, e salva aqueles que perecem enquanto pensam estar salvando o mundo.

Tu que és amor, revela Teu amor àqueles que andam pastoreados pelo medo e pelo terror, e que têm pavor de “Ti”, apenas porque ainda não sabem quem és. Derrama Teu Espírito “até sobre os Teus servos e sobre as Tuas servas”, conforme profetizou Joel, pois, somos os mais duros de coração entre os homens, visto que à semelhança do Israel das Escrituras, sempre somos os últimos a discernirmos o sopro de Teu amor.

Levanta homens e mulheres destemidos, e cheios da consciência do Evangelho. Usa-os com sabedoria e poder, e permite que aqueles que se declaram Teu povo, embora ainda não Ti conheçam, possam ver como é o caminho de um ser humano em Tua Presença, pois que vejam isto na existência de cada um desses que andarem conforme o espírito do Evangelho.

Suscita a Tua vontade no coração de todo aquele que anseia pela Tua Palavra. Abre o entendimento de todos aqueles que perecem nas teias das doutrinas e das religiões cristãs, e, assim, purifica o nome “Jesus” em nossos lábios.

Perdoa-nos por falsificarmos Jesus para os homens.

Perdoa-nos por ficarmos calados enquanto Teu nome é blasfemado em “Teu nome”.

Dá-me viver ainda na Terra para ver essa Tua Bondade.

Em Nome de Jesus,

Caio

JESUS SEMPRE ESTEVE EM CASA




Quando leio os evangelhos sempre vejo Jesus em casa. Sim, em casa em todo lugar. Sem que Nele sejam percebidos constrangimentos, tentativas de diplomacia, incitamento de camaradagem barata, necessidade de explicar-se, busca de conciliação, sorrisos fingidos, declarações sobrando, interesse de agradar, ou fartas declarações verbais de amor. Nada disso aparece em Suas ações e atitudes. Entretanto, Ele sempre está em casa.


Ele está em casa na casa dos inimigos. Está em casa na casa dos que o observavam apenas. Está em casa na casa de Lázaro, Marta e Maria. Está em casa na Casa de Caifás, no Palácio de Herodes ou na Fortaleza Antônia com Pilatos.

Em cada lugar Ele é apenas Quem é. E diz somente o que tem de ser dito. E, podendo fazer, Ele não fala, faz. E faz como Quem está em casa, até na casa dos outros, onde poderá haver invasões de gente não convidada, como uma mulher aos prantos e que Lhe beijava os pés, ou ainda como um destelhamento não consentido com a seguida invasão do especo pelo teto, de onde foi baixado por amigos um paralítico para o meio do salão.

Ele fala quando quer. Pode fazer silencio sem nenhuma necessidade de não deixar a conversa criar barriga. Pode responder com uma pergunta. Pode ser que responda com uma parábola. Pode ser que apenas estenda a mão e cure, ou ponha no colo, ou diga: Eu irei contigo.

Leva sustos ante um Centurião e uma mulher siro-fenícia, mas nunca se surpreende com os que dizem que são e sabem.

Ele reina entre as hienas e passeia entre lobos e leões como que entre gatinhos. E usa serpentes como minhocas para adubar a terra dos corações.

Ele chora sobre Jerusalém e ante a Tumba de Lázaro. E não se diz que Ele chore em nenhum outro momento, embora não Lhe tenham faltados momentos de evocação do choro.

Jesus tem emoções, mas não é emocionado e nem emocionável. Sua emoção decorre do encontro com a verdade e com Seu próprio eterno-momento humano de ser. Mas não é um estado que o controla. Ele nunca esteve susceptível a nada. Ninguém jamais pôde Dele dizer: “Hoje não toque neste assunto com Ele, pois Ele não está bem”.

Seu olhar dizia sempre tudo. Quando alguém olhava para Ele era olhar para o fundo de si próprio, e, então, ou amá-Lo para sempre ou Dele fugir apavorado ante a auto-revelação.

Ele é a Verdade. Sua vida era a Verdade. Tudo Nele era Verdade. Por isso Ele estava sempre em casa. A Verdade é a única casa que se pode ter neste mundo de engano.

Ora, quem busca andar como Ele andou também se sentirá em casa em todos os lugares. Os donos das casas é que deixam de se sentirem em casa quando a Verdade chega.

Quanto mais se ande na Verdade, mais a casa é em nós mesmos, em qualquer lugar. Pois assim mostrou Jesus, a Verdade.

Nele,

Caio

domingo, 5 de setembro de 2010

AMOR DE TEMPO IMPOSSÍVEL



Perdão por eu ter sido tão diverso em minha alma que nunca consegui amar em paz e ter paz para amar!

Perdão por ter chegado quando não podia e ter saído quando não queria.

Se eu quisesse, eu não podia. Mas se eu pudesse, eu não queria.

Certas coisas apenas são. Aprendi que o que é é!

Perdão por ter tido que aprender!

Aprendi que eu era mais perdido que eu podia imaginar e também aprendi que poderia ser mais achado que jamais antes eu pudera conceber.

O amor foi minha destruição e minha salvação. E a certeza de que ele existe é sempre um dos meus mais fortes alentos para viver neste mundo onde quase nada do que de fato é é visto como sendo, pois, aqui, só vale o que parece ser.

Mas o amor é!

Perdão, meu Criador, pela arrogância de ter pensado que eu poderia Te ajudar, quando eu sou aquele que mais precisa de ajuda entre teus filhos.

Obrigado pela lição de saber hoje que apenas tenho o privilégio de, em Ti, ser eu mesmo.

E isto é tudo, e, em Ti, tudo é.

Sempre amarei o Nome!

Abellardo Ramez II

(Extraído do livro Nephilim, de Caio Fábio)

sábado, 4 de setembro de 2010

PAULO E A LIBERDADE DE DEUS...



Meus irmãos, eu, Paulo, declaro que no que diz respeito aos meus compatriotas, os judeus, que o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus em favor deles é para sua salvação.


Porque eu mesmo tenho que dar o testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém sem nenhum entendimento.

Ora, isto se tornou assim por uma simples razão, a saber: eles, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua justiça própria, não se sujeitaram à justiça de Deus: Cristo!

Portanto, enquanto não tomarem essa decisão em fé—digo: de desistirem de ter justiça própria—, não compreenderão que o fim da lei é Cristo, para a justifica de todo aquele que crê.

Ora, é a Lei que anula apropria Lei como caminho de salvação!

Isto porque Moisés escreveu que o homem que pratica a justiça que vem da Lei viverá por ela. Nesse caso, a salvação se daria pela posibilidade de alguém conseguir obedecer toda a Lei, a subjetiva e a objetiva. Até onde me aconsta esse homem ainda não existiu.

Mas é o próprio Moisés, em uma outra passagem, quem afirma que a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, como para trazer do alto a Cristo, e fazê-lo Encarnar-se entre nós); ou ainda: Quem descerá ao abismo? (isto é, para fazer subir a Cristo dentre os mortos, dando alguma contribuição para a ressurreição).

De fato, a pergunta então é: que diz então?

Ora, diz-se o seguinte:

A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.

Não há álibis e nem desculpa.

A Palavra está mais próxima do que nunca. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

E quando é assim, a própria Escritura confirma, quando diz: Ninguém que nele crê será confundido.

Aqui acaba-se também toda arrogância espiritual. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor é de todos, e rico para com todos os que o invocam.

E isto é assim porque a Palavra de Deus assim testifica: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? e como pregarão, se não forem enviados?

Assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!

Ora, será que agora Deus ficou na mão do homem e de sua disposição de levar a Boa Nova aos homens?

Não! afinal, nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois, Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem?

Assim a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. Mas Deus não está preso nem mesmo dentro da Escritura. Ele é livre para para falar de Si mesmo. Ele fala coerentemente com aquilo que Ele revelou de Si mesmo, conforme a Escritura, porém, Ele permite interpretar a Si mesmo para quem quer que seja.

Mas eu pergunto: Porventura, tendo ficado limitado pelos humores dos que deveriam pregar a Boa Nova e não a pregam como tal, significa dizer que Deus ficou sem testemunho?

Não ouviram?

Não lhes chegou aos ouvidos do coração a palavra do testemunho?

Sim, por certo que Ele não ficou sem testemunho!

Porque está escrito:

Por toda a terra se fez ouvir a Voz dele, e as Suas palavras até os confins do mundo.

Assim, o próprio salmo 19 testifica que nos silêncios das noites e sob o testemunho de céus estrelado, Deus fala com os homens em todos os lugares.

Deus fala mesmo quando os homens não abrem a boca ou não estão ouvindo com os ouvidos sensoriais alguma voz.

Mas pergunto ainda: Porventura Israel não o soube disso?

É claro que soube.

Isto porque primeiro vem Moisés e diz:

Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é povo, com um povo insensato vos provocarei à ira.

E Isaías ousou dizer, concluindo acerca de Israel, que "o povo de Deus" soube que Deus era livre, mas que tentou a “proteger” a revelação; e não entendeu até o dia de hoje que Deus também dizia:

Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não perguntavam.

Quanto a Israel, porém, diz:

Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.

Infelizmente é assim:

Os que detém a revelação ficam donos de Letras, mas nunca herdam a verdadeira vida acerca do que já está escrito.

Desse modo, conclui-se que Pregar a Boa Nova é um privilégio. Ma o grande jubilo é associarmos a nossa voz a toda a Criação. Desse modo, a Palavra de Deus não está “togada”, e sua informação não está disponível como "direito legal".

Nesse caso, em anunciando-se as Boas Novas, participa-se apenas da Total Liberdade de Deus de se revelar a quem quer, e como Aquele que simplesmente fala, e trás pra si mesmo os filhos que vivem em “terras distantes” da geografia da religião.

Caio, em livre parceria com o irmão Paulo

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

POR QUE PREGAR O EVANGELHO?...




Leitura complementar:


A LIBERDADE DE DEUS (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=02105)

MAIS SOBRE A LIBERDADE DE DEUS... (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=03486)

PAULO E A LIBERDADE DE DEUS... (http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=00184)




Pregar o Evangelho é meu privilégio, mas não é o encurralamento de Deus!

O mandamento para pregar ao mundo é parte da Graça divina de fazer dos homens Seus cooperadores no semear o bem na Terra, mas não é porque sem o homem e sua boa disposição Deus não tenha como se comunicar com quem Ele bem deseje.

Pregar não é um mandamento para anjos, mas para homens. No entanto, quando os homens não pregam, os anjos pregam.

Sim, se os homens não pregam o Evangelho, tudo o mais prega... A Natureza prega, os rios pregam, as árvores pregam, os jumentos pregam, as mulas pregam, as pedras pregam...

“Por toda a terra se faz ouvir a Sua voz”.

Sim, nesta manhã de 10 de maio de 2009 Deus está falando...

Está falando nas montanhas distantes do Tibet. Está falando nas ilhas perdidas do Pacifico. Está falando nas tribos silenciosas da África. Está falando com índios puros... Está falando com prostitutas que se deram como pão ao diabo a noite toda... Está falando até com crentes...

Sim, Ele fala por toda a terra...

Fala por sonhos, pela consciência, pela memória de um tempo bom, pela recordação de bons conselhos, pela cogitação do bem gerado pelo Espírito Santo, pela sabedoria silenciosa que Ele derrama sobre todos, pelo olhar simples de um filho, pela lágrima da mãe, pelo esforço amoroso de um pai, pela solidariedade de um samaritano anônimo, pela estrela que diz algo ao mago distante, pelo cicio suave que fala à viúva que ela não está só...; ou, como quase sempre, Ele fala no silencio, no intimo, como segredos de um Pai que a pessoa nem sabe que tem.

Ah, como são presunçosos e arrogantes os que pensam que se não forem Deus não terá como ir!...

Deus é! Deus está!...

Eu é que tenho o privilégio de me engajar na aventura de Deus de contar aos homens sobre o Seu amor!

Sim, pois, quando assim faço, o maior beneficiado sempre sou eu, antes mesmo de ser aquele que me dê ouvidos.

E mais:

Para mim pregar não é uma obrigação. Não! Jamais! Pregar é minha alegria, é minha impossibilidade, é minha paixão, é meu vício santificado, é minha vida, é meu sentido, é minha razão de ser.

Não pregar para mim seria como amar minha mulher sem fazer amor com ela; seria como crer que amo e nunca confessar; seria como ser apaixonado e me esconder do amor; seria como saber da vida e não contar nada a ninguém; seria como ver e a ninguém esclarecer sobre o caminho...

Há muitas motivações para pregar...

Muitos pregam para ficar famosos, para terem uma posição fácil, para arrecadarem sem esforço, para suscitarem inveja em outros, ou mesmo por mera disputa de poder e crescimento...

Outros pregam por se considerarem incompetentes para fazerem qualquer outra coisa... Então, por exclusão, sentem-se chamado pela incompetência para o “ministério da Palavra”.

Entretanto, quando alguém prega apenas por amor, esse logo notará que quanto mais pregue, mais a pregação forjará caráter nele mesmo. Ou seja: pregar com amor trás a Palavra para dentro da gente, na forma de caráter e de conteúdo natural do ser.

Portanto, pregue para o bem de todos, mas, sobretudo, para o seu próprio bem.

Entretanto, saiba:

Se você não for, as pedras rolarão..., e dirão a todos os que necessitem aquilo que os homens pedrados se negam a falar com amor.

Ó Espírito Santo! Derrama o amor de Deus sobre os homens no dia de Hoje!

Nele, que fala de Si mesmo a todos os homens,

Caio

O EVANGELHO: PALAVRA E ESPÍRITO!



Tenho dito repetidamente que os evangelhos são narrativas históricas das ações e acontecimentos relacionados a Jesus, bem como de Suas Palavras. O Evangelho, todavia, é um espírito. Os evangelhos são o corpo. O Evangelho é o espírito no corpo. Para muitos os evangelhos são apenas palavras. Para outros são narrativas. Para outros eles são palavras inspiradas. Para muito mais gente ainda eles são apenas palavras mágicas. Para a maioria, no entanto, eles são os quatro primeiros livros do Novo Testamento, sendo, portanto, parte da Bíblia Sagrada. O terno evangelho é também bastante usado para caracterizar a conversão; tipo: “Quando eu vim para o Evangelho”; significando: “Quando me converti e entrei pra a igreja”. O Evangelho, no entanto, é espírito e vida. Foi isso que Jesus disse. Deus é espírito, e, portanto, Suas palavras são espírito e vida. O Evangelho é espírito e é um espírito. É espírito porque carrega o poder da verdade absoluta e produz vida onde quer que chegue. E é um espírito porque não é letra. Ora, sempre se diz e se repete que a “letra mata, mas que o espírito vivifica”. Até os mais letristas, legalistas, e escribas de textos em cuneiforme repetem essa frase. Eles, no entanto, não pensam que até as palavras de Jesus podem se transformar apenas em letra morta. Sim, as palavras de Jesus, vistas apenas como algo fixo, e que não carrega um sentir de uma justiça aplicável em qualquer lugar ou tempo da existência humana e dos humanos—tornam-se em letra morta, e nada realizam de bom para o ser. Jesus ensinou que o Espírito Santo atualizaria a Palavra do Evangelho conforme o tempo, as circunstancias e a necessidade; especialmente na hora da opressão. Em alguns lugares, em narrativas dos evangelhos, isto que acabei de afirmar fica mais do que explicitado. Por exemplo, aquela seqüência de Lucas 9 é assustadora. Jesus parece não ter critérios. Pede o impensável. Diz a um filho enlutado que não há tempo para sepultar o próprio pai; garante a outra pessoa que não dá tempo nem mesmo de voltar em casa para se despedir; e a um outro diz que mesmo o casamento pode ser deixado para trás a fim de que se seguisse o Caminho. Ora, tais palavras feitas letra se tornam insuportáveis e desumanas, isso se aplicadas indiscriminadamente na vida, e para qualquer pessoa, ou em qualquer daquelas situações. O espírito que aquelas ocorrências carregam, este sim, é o espírito do Evangelho, posto que só pode ser discernido como espírito, e não como letra; pois, nesse caso, sendo letra e lei, seriam apenas palavras de morte e não de vida; porém, como espírito, as palavras se renovam; e se fazem entender como urgência, como a sobrevalorização do que é eterno em relação ao que é passageiro, e como afirmação do amor ao reino de Deus sobre qualquer outro grande amor. O Evangelho é espírito e vida; e é também vida no espírito, tanto com ‘e’ minúsculo, como também com ‘e’ maiúsculo. O que o torna letra é a tentativa de confiná-lo a um código de doutrinas ou de preceitos morais e dogmáticos. Nessa hora e nesse dia o Evangelho vira apenas o suporte técnico — via ‘os evangelhos’ — para ajudar no levantamento do edifício pedrado, da câmara mortuária, que é erigida para abrigar os Credos e as Dogmáticas: a versão cristã do Livro dos Mortos. Deus é espírito. A Palavra é espírito. O Espírito é como o vento. O vento é como o espírito. A iluminação é no espírito. O Novo Nascimento é no espírito. O nascido de novo é como o vento, como o espírito. O discernimento é espiritual, e a sua atualização é feita pelo Espírito. Por isso o Evangelho é mais que palavras, ensinos congelados, e narrativas transformadas e acontecimentos e calendários religiosos. Assim como Deus é, a Palavra é. E assim como é a Palavra, assim é o Evangelho; visto que nada há mais vivo e espiritual do que a Encarnação Daquele que é espírito; o que faz das narrativas dos evangelhos descrições de Deus entre os homens; e o que também faz de tais narrativas analogias espirituais que encontram sua propriedade e pertinência em qualquer tempo ou era da existência humana. É isto que quero dizer quando digo que o Evangelho é espírito; e também que há algo que deve ser definido como ‘espírito do Evangelho’; e que é o aplicativo do Evangelho ao tempo, conforme a atualização que o Espírito faz; e que é o olhar do Evangelho em cada geração; sendo, no entanto, o olhar do amor.


Nele,

Caio

sábado, 21 de agosto de 2010

GRAÇA SEM TETO





Estou muito feliz com a resposta que meus últimos textos têm provocado em milhares de pessoas.


Todos eles são textos muito simples e tratam acerca da extensão da Graça em nós: para dentro e para fora do ser — no íntimo, como vida no “secreto”; e publicamente como expressão da existência em missão no mundo.

De fato não digo nada novo.

Todos os meus 120 livros anteriores tratam das mesmas coisas; sempre ampliando o conceito de Graça, conforme o exemplo do livro “Uma Graça Que Poucos Desejam” (sobre dinheiro e contribuição – 1986); ou ainda de acordo com a série “Divã de Deus”- I-II-III; ou conforme toda a série de livros extraídos das minhas palestras nos Congressos da Vinde, durante mais de 20 anos.

Entretanto, depois de toda a catástrofe acontecida entre os evangélicos nos últimos 12 anos, com a prevalência da Teologia da Prosperidade contra e sobre o Evangelho de Jesus, a simples idéia de Graça, de favor imerecido, foi banida pelo paganismo dos sacrifícios feitos à base de muita Barganha com Deus (conforme meu livro “Sem Barganha com Deus” denuncia).

Ora, tal realidade histórica gerou um espírito-comum-pervertido pelo anti-evangelho da Teologia da Prosperidade; o qual também corroeu toda noção de Graça, a qual foi exilada do entendimento da maioria.

Assim, ao re-começar toda a jornada, decidi começar do começo, como se eu mesmo estivesse pregando no tempo da Reforma Protestante.

Agora, todavia, com tantos já entendo e crendo, chegou a hora de avançar na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos convocou Pedro.

O que é fundamental é saber que a Graça é melhor que a vida exatamente porque ela é maior que a vida.

Ou seja: o que se tem na Graça de Deus é toda suficiência para todas as dimensões da existência.

A Graça começa como verdade de Deus para nós, mas seu caminho é levar-nos a tratar da verdade-nossa-em-Deus.

Assim, a verdade de Deus é a declaração de Seu amor para conosco em Cristo — está tudo feito e consumado. Entretanto, a nossa verdade para Deus é feita da decisão que se toma de deixar que a Graça nos trate em verdade em todas as áreas de nosso ser.

Durante anos tenho dito em alguns de meus livros (e mesmo aqui no site em alguns textos) que a Graça não apenas tira o homem do inferno, mas que seu objetivo é tirar o inferno do homem.

Desse modo, não existe Graça sem crescimento; pois a Graça só sobrevive como bem de Deus em nós se não pararmos seu processo em nossos corações jamais.

Celebrar a Graça que inclui e que perdoa tem que nos remeter diretamente a vida grata que obedece por amor e com muita alegria.

Somente um coração grato pela Graça recebida é que se põe voluntariamente no caminho da entrega sem medo.

Se for Graça o que se recebeu e se recebe de Deus, então, para o discípulo, tudo mais é gratidão ativa e criativa na vida.

Quem provou a Graça como amor de Deus, esse já não teme; antes disso, alegra-se na aventura do crescer.

“Graça parada” é como vida morta. Simplesmente não existe tal coisa.

“Graça passiva” é como vida vegetativa. Simplesmente não realiza nada em ninguém.

“Graça barata” é contradição de termos; pois, se é Graça não tem preço a ser oferecido como resposta.

“Graça atributo divino” é loucura; pois, Deus é amor — portanto, Deus é Graça; e tudo o mais que de Deus se possa falar ou discernir acontece como Graça — justiça, verdade, juízo, perdão, santificação e qualquer outro atributo de Deus, nada mais são do que Graça; assim como também tudo de bom que se pode provar como fruto do Espírito decorre exclusivamente do amor.

A Encarnação de Jesus é o Beijo da Graça e da Verdade entre os homens, no meio da história de nossas percepções.

Ora, estou escrevendo estas coisas apenas porque minha ênfase nos próximos tempos será no caminhar na direção dessas aventuras na Graça, as quais nos colocam no chão criativo e solidário do amor de Deus entre os homens.

Você vem?

Nele, em Quem a vida não tem teto, como teto não tem a Nova Jerusalém,

Caio