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O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. Clique aqui

sábado, 25 de dezembro de 2010

O DEUS QUE HABITA O MOMENTO




Se tivéssemos que admitir que o ser humano é originalmente capaz de entender a Verdade, teríamos que também admitir que ele, o homem, pensa que Deus existe na e em sua própria existência.


Mas quem pensa originalmente em sua própria existência como lugar da morada de Deus?

Ora, a existência humana é consciência de sua própria existência, e a consciência humana é a existência como garantia significadora da própria consciência.

Quem, portanto, diz, naturalmente, sem nenhuma indução, algo como “a verdade está em mim”?

Portanto, se tivéssemos que admitir que o ser humano é originalmente capaz de entender a Verdade, teríamos que também admitir que ele, o homem, pensa que Deus existe na e em sua própria existência.

Todavia, se o homem não está em equivoco ele tem que compreender a Verdade em seu próprio pensamento.

No entanto, o homem mais sábio da Grécia disse que ele era o mais sábio da cidade porque ele era o único que sabia que não sabia.

Se a Verdade está em mim, por que não posso me lembrar dela? Para então sabê-la sabendo.

Todavia, que memórias eu teria a fim de ajudar-me nessa tarefa de lembrar da Verdade aprendida no tempo anterior àquele no qual eu perdi minha total ignorância?

Onde e de quem eu as teria aprendido?

Aprendi ou elas já vieram em mim?

Nada na Terra poderá ajudar o homem além do pensamento de que é o momento que decide. Isto falando sem nada além de mim como homem e de você como homem. É um pensamento tipo Livro de Eclesiastes.

Existe algo no momento de todo ser humano e existe Momento. Se o dia é Hoje, Hoje é o Momento. É. Toda hora é, mas tem a Hora que É.

Honestamente.Quem pode assegurar alguma coisa para além desse ponto? Ninguém pode acrescentar um Momento ao curso de sua vida. O Momento carrega desígnio.

Para o discípulo, todavia, existe a promessa de que no Momento necessário o Espírito Santo falaria nele, e que por isto ele não deve temer a vida, visto que Deus o salvará em todo momento.

Jesus disse: Naquele momento não temais!

No entanto, para que o caminho seja assim, grande tem que ser a confiança e a entrega. Tão grande como uma semente de mostarda. Ah, e foi Ele quem me deu. Não tenho nem semente de mostarda em mim, quanto mais a Verdade.

É por isto que eu ando Nele, e o Sigo. Ele é a Verdade, e eu o conheço em mim.

Eu creio, por isto é que eu falo.

Caio

domingo, 12 de dezembro de 2010

PARA QUEM DESEJA VIVER NA GRAÇA




1. Fica decretado o fim de toda lei, pois recorrer à Lei é decair da Graça.



2. Fica decretado que a Parábola do Credor Incompassivo passa a ser a Lei da Graça para todos os que confessam a Graça de Deus sobre si mesmos, pois quem recebeu perdão infinito tem que oferecer perdões finitos.


3. Fica decretado o fim da inveja espiritual e material, pois tudo o que o outro tem e é lhe foi dado de modo soberano, livre e inexplicável pelo Deus de toda Graça. Assim, a Inveja é uma revolta contra a Graça divina.


4. Fica decretado o fim do medo e das inseguranças sobre o papel de cada um na vida, visto que cada um é e possui apenas os dons que recebeu de graça; e cabe a cada um não tornar vã a Graça de Deus em sua vida, jamais enterrando o talento recebido.


5. Fica decretado o fim de toda comparação e medição de ombros, caras, belezas, possibilidades e sortes, posto que cada um recebeu aquilo que ele próprio não criou para si mesmo como dom e talento.


6. Fica decretado o fim de toda raiva do sucesso do outro — se o sucesso é a bem-aventurança do ser —, visto que será raiva de uma Graça divina.


7. Fica decretado o fim de toda imitação, posto que toda imitação significa abrir mão da Graça de ser em busca de furtar aquilo que pela Graça o outro é. Isto é ingratidão.


8. Fica decretado o fim de toda vanglória, visto que na Graça toda glória humana é vã, pois a única coisa em que se gloriar é ter-se recebido aquilo que não se merecia.


9. Fica determinado que aquele que vive na Graça já não teme nem a morte e nem a vida, nem tampouco ser quem é, em Cristo. Pois o temor de ser seria equivalente a temer entregar-se a Deus.


10. Fica decretado de uma vez e para sempre que a única maneira de se entender e ver a plenitude da Graça em sua encarnação e explicação de si mesma está na vida, nas palavras, nos gestos e nas atitudes de Jesus de Nazaré — pois foi Nele e somente Nele que a Verdade e a Graça se beijaram como Glória Plena, e qualquer outra expressão de Graça que não carregue essa semelhança é uma falsificação do que Jesus estabeleceu como modo humano de ser na Graça de Deus.


Caio

CRENTES DO SUPEREGO E CRENTES DO EVANGELHO



CRENTES DO SUPEREGO E CRENTES DO EVANGELHO




 
Você pergunta: O que é o superego?


De acordo com a Psicanálise o Superego faz parte do aparelho psíquico, de que ainda fazem parte o ego (eu) e o id (impulso).

O Superego representa a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, da religião, pela produção do "eu ideal"; isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.

Ora, a maior parte dos crentes que vejo por aí, são discípulos do Superego. Daí precisarem tanto de pastores fortes e impositivos, de igrejas mandonas, de líderes férreos em suas decisões, e, sobretudo, daí também necessitarem de “grupo”, de “vigilância", de clareza nos deveres, e de um Deus Big Brother: com olhos vendo tudo... E mandando para o “Paredão”.

Por isto, longe da “igreja” ou dos “irmãos”, dizem “desviar-se” da fé; ou, ainda, dizem que “não seguram a onda sozinhos”, a menos que haja uma raiz de censura latejando em suas mentes, ainda que seja o latejamento da culpa como dever de comportamento conforme os padrões do grupo ao qual a pessoa pertença.

Você vê isto através de exemplos simples:

1. Pastores juntos e viajando... Ficam irreconhecíveis. Veja-se o que pagam no pay-per-view do hotel e se verá que o gasto é quase todo em filmes pornográficos, sem falar que soltam a franga muitas vezes, na prática;

2. Crentes que vão viver em outros países. Em geral, até que achem uma “igreja”...; uma “igreja” como fiscal da conduta...; muitos se entregam a tudo quanto antes diziam “não” em suas cidades ou países;

3. Os crentes que ficam zangados com a “igreja” ou com o “pastor”, na maioria das vezes se entregam a tudo quanto antes diziam ser ruim. E por que o fazem? A fim de se vingarem da “igreja” ou do “pastor” que lhe condicionaram “hipocritamente” o comportamento. Assim, incoerência de “pastor” praticada contra o crente do superego, em geral resulta em desvio da fé, posto que as pessoas não sejam crentes na consciência, por si mesmas, mas apenas em razão das vigilâncias do superego.

A carga moral e cultural que a “igreja” produz é, muitas vezes, confundida com CONSCIÊNCIA, embora nada tenha a ver com ela.

Os que sofrem em razão das transgressões cometidas contra o Superego, não têm ainda uma consciência, mas apenas um cabresto psicológico.

A CONSCIÊNCIA é tão diferente do superego quanto o espírito seja diferente e mais profundo do que o aparelho cerebral.

Um bom exemplo do que digo vem das figuras dos “filhos” nas parábolas de Jesus.

Sim! O Filho Mais Velho [na parábola do Pródigo] tinha superego, mas não consciência. O Pródigo, no início, rebelou-se contra o Superego e foi... Mas voltou com uma CONSCIÊNCIA!... O mesmo se pode dizer da parábola dos dois filhos, o filho “sim” e o filho “não”. O filho “sim”, que dizia “eu vou”, mas nunca ia, tinha apenas superego em crise de dever moral para com o Pai, mas não tinha consciência. Daí sempre dizer “sim” a fim de agradar as aparências do superego, mas nunca ser capaz de, pela consciência, se mover. Já o filho “não”, não respeitava o Superego, mas, ao fim, respeitava a própria CONSCIÊNCIA, por isto disse “não”, mas, depois, disse “sim” com os atos da vida. Veja no link: A PARÁBOLA DOS FILHOS “SIM” E “NÃO” (http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02110)

O superego funciona sob olhares e vigilâncias. Já a CONSCIÊNCIA não precisa de “testemunhas” para se conduzir como deve, posto que a ela, a consciência, baste para o individuo; o qual age não porque tema não agir, mas sim porque não tem como não agir ou deixar de agir em razão do que no coração seja certo ou errado.

O Sacerdote e o Levita da história do Bom Samaritano tinham apenas Superego; por isto passarem “de largo” ante ao caído. O Samaritano, no entanto, tinha consciência, não superego. Por isto, sem dar importância a quem poderia ter ajudado e não ajudou..., ou mesmo a qualquer outro tipo de consideração, apenas viu e fez o que podia.

Se você é do tipo que perderia a fé em Jesus se, por exemplo, seu pai, mãe, pastor, pessoa de referencia, ou, no caso de você que gosta de mim, se eu deixasse a fé dizendo que era tudo uma balela — tenho algo a dizer a você:

VOCÊ AINDA É DISCIPULO DO SUPEREGO!

Se o mundo inteiro descrer...; e se todos os meus amados deixarem a fé...; ou mesmo se eu descobri-se uma carta de meu pai dizendo que havia deixado de crer em tudo o que me ensinou, mas que não me teria dito apenas para não me escandalizar — creia: NADA MUDARIA NA MINHA FÉ; pois, faz décadas que meu pai deixou de ter qualquer coisa a ver com minha fé.

A CONSCIÊNCIA começa quando todos se vão..., mas o discípulo fica; e fica dizendo: “Para quem irei eu, visto que agora eu mesmo conheço as palavras da vida eterna?”

É fácil saber se você é discípulo da CONSCIÊNCIA ou apenas discípulo do SUPEREGO:

a) Veja se você pensa em desanimar na fé apenas porque gente que você gostava decepcionou você; b) veja se você, apesar de tudo e qualquer um, prossegue sempre, sabendo em Quem tem crido.

Se você é b..., então, Graças a Deus o caminho do discipulado está em você. Mas se você é ainda um ser no a..., então saiba: você é ainda um ente religioso e moral, sem raiz em você mesmo, e que pode deixar tudo tão logo os ventos soprem diferente...

Pense nisto e decida quem você quer ser!

Nele, que nos chama a andar pela consciência em fé,

Caio

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O ECLESIASTES E OS CICLOS DA EXISTÊNCIA




O livro do Eclesiastes (3:1-8) nos diz que sob o sol há tempo para todas as estações da existência; e nele, no texto, não aparece nenhum espaço para um “homem de exceção” em relação ao que a sabedoria diz que a todos acontece.


Sim! Nem mesmo Jesus viveu a existência de outra forma.

Ele nasceu. Ele morreu. E, além disso, cada processo desta vida teve chão na experiência de Jesus.

Para Ele houve tempo de nascer e tempo de morrer; houve tempo de plantar, de semear, de pregar e de investir; assim como houve tempo de arrancar o que se havia plantado, abrindo espaço para as plantas que desejam produzir.

Para Ele houve tempo de matar, de dizer: “Nunca mais nasça fruto de ti” —; assim como também houve tempo de curar; e como curou!

Houve tempo de derrubar, de dizer: “Aqui não ficará pedra sobre pedra” — como também houve tempo de edificar, e de dizer o que Ele estava erguendo venceria até as portas do inferno.

Ah! Houve tempo de chorar, de lamentar a morte de gente boa de Deus e de soluçar dizendo a Jerusalém: “Quantas vezes quis eu reunir-te, mas vós não quisestes!”.

Houve tempo de rir com gente simples e com pecadores pouco graves — assim como houve tempo de prantear em solidão pela impossibilidade de encontrar um único companheiro no dia da Tentação.

Houve tempo de fazer vinho, beber e dançar com os que celebravam em Caná da Galiléia — à semelhança do tempo de imaginar o regresso de um filho amado, e como um pai grato se portaria ante a volta de quem já se tinha como morto e perdido; e, para Jesus, tal evento da Graça se celebraria com música e danças.

Houve tempo de espalhar pedras, que eram apenas pedras de tropeços para outros; assim como para Ele houve tempo de ajuntar pedras, as pedras que Ele usaria para construir sua catedral de amor, feita de pedros e outros seixos do rio da vida como ela é.

Sim! Houve tempo de abraçar crianças, velhos, amigos e até aqueles que eram os inimigos; embora tenha chegado também a hora na qual Ele afastou todos os abraços da falsidade.

Houve tempo de buscar o que se havia perdido; ou de encontrar aquele que, em sendo achado, seria uma grande surpresa para os que já davam o perdido como inachável.

Mas para Ele também houve tempo de perder e de lamentar que quem ouvira, não crera; quem tivera a chance, não a aproveitara; e quem recebera a benção, a rejeitara.

Embora para Ele também tenha havido o tempo de guardar, de esconder, de ocultar, de tirar da vista, de dizer que pérolas não se lançam aos porcos, e que certas coisas quando não acolhidas voluntariamente, passam a ficar ocultas para aqueles que as rejeitaram.

Por isso, Ele também teve o tempo de lançar fora, de dizer que o que antes tivera algum valor agora para nada mais servia do que para ser lançado fora e pisado pelos homens.

E mais:

Para Ele houve tempo de rasgar velhos panos da religião de Israel e de dizer que o pano com o qual eles se cobriam religiosamente não servia como vestes para o reino, nem mesmo como remendo.

Entretanto, houve também para Ele o tempo de coser; mas de coser apenas as relações que se refazem pela Graça do perdão.

Houve tempo de estar calado, de nada dizer, e de descer ao matadouro como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores. Mas houve tempo de falar, e de falar tanto que Sua palavra se tornou insuportável para uns, enquanto outros, em perplexidade, diziam: “Ninguém jamais falou como este homem!”.

Porém, para Ele, houve somente tempo de amar, e nunca houve tempo de odiar; embora Ele tenha vivido o tempo todo em guerra, e, mesmo assim, jamais tenha deixado de levar em Si mesmo a Era da Paz.

A religião, todavia, em especial em suas corrupções ocidentais, busca e oferece uma existência sem alternâncias. Sim! Querem uma alternativa às alternâncias da existência.

Enganam o povo falando de uma existência na qual só se tem riso, só se abraça, só se ganha, só se dança, só se ajunta, só se constrói, só se nasce, só se encontra, só se agrega, só se celebra, só se fala, só se tem sucesso!

Então, vem a vida...

Chega o tempo de chorar, de lamentar, de prantear, de perder, de morrer, de sepultar, de arrancar, de espalhar, de lutar, de enfrentar, de calar, de silenciar, de emudecer, de rasgar, de jogar fora, de derrubar, e de desconstruir com as próprias mãos.

Então, o ser sem “Eclesiastes” na alma, sem a sabedoria da vida como ela é, se escandaliza, e se enfraquece, e se diz traído por Deus e perseguido por uma conspiração da existência...

Eu já comi muito doce nesta vida. Agora, com um diagnóstico de “diabetis” que me foi dado semana passada, chegou o tempo de não comer mais doce, até quando Deus quiser.

As estações mudam...

Papai de súbito teve que colocar uma sonda para poder urinar. “Paizinho! Paizinho!” — disse-lhe eu ao ouvir o que lhe está acontecendo desde o meio da semana que passou. “Não! Faz parte, meu filho!”

As estações mudam!

“Recebemos do Senhor as bênçãos, por que não receberíamos os males?” — indagou Jó a sua esposa, para quem a vida não podia ter todos os seus pólos e estações, do contrário, imaginava ela: “Onde está Deus?”.

Ora, o ciclo das estações do Eclesiastes não acontece sob as forças da chance, do acaso, do azar e ou da sorte. Não! Por trás delas há amor, há oportunidade, há sabedorias, há graça de Deus.

Alguém pergunta: “Como?”.

É que num mundo caído a gente só tem chance de encontrar a sabedoria para ser e viver se a encontrarmos entre os pólos da existência; pois, se existe o nascer e o morrer, com ambos há todas as demais coisas que à vida e à morte se associam na existência.

Em Cristo, no entanto, o que se aprende acerca de tal “processo inevitável” — é que pela sua própria inevitabilidade ele carrega a semente da Graça inevitável; pois, se em cada estação a pessoa que a viver amar a Deus, em todas elas tal pessoa descobrirá que todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem de todos os que, em qualquer fase da vida, amam a Deus de todo o coração.

Sim! Faz parte! E apenas agrega valor à melhor parte, aquela que de nós jamais será tirada!

Nele, que é toda a nossa vida, em todas as estações e em todas as circunstancias,

Caio