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domingo, 10 de abril de 2011

DESACATO A JESUS





Eles falam o quê?


Jesus já havia sido profetizado para o desprezo, o descaso, a aparência que não era levada à sério, para a ausência de formosura em relação aos padrões estéticos das normas vigentes, e para não ser reconhecido pelos Seus, à ponto de ser contado com os malfeitores, e executado entre malditos.

Seu nascimento carrega o brilho da estrela e o reluzir das espadas assassinas dos soldados de Herodes, o Grande, e que brilhavam malévolas nos becos de Belém.

Simeão de antemão preveniu a Maria. O menino seria objeto de contradição. Ou seja: da mesma pessoa se diria aquilo que era diametralmente oposto.

A vida terrena de Jesus demonstrou a exatidão dos vaticínios.

Ameaçado de apedrejamento Ele terminou Sua primeira pregação formal, na sinagoga de Jerusalém.

Daí em diante o Evangelho nos deixa ver como a Palavra foi humilhada pelo reino das aparências, dos interesses, das inseguranças, das invejas, das cobiças, das antipatias gratuitas, e dos ciúmes.

A crucificação aconteceu no final da vida cronológica de Jesus, mas foi a Cruz que Ele carregou o tempo todo.

As ameaças foram variadas, mas todas terminavam em previsões de morte.

O que muito me intriga, no entanto, é a freqüente tentativa dos seus opositores de tentar colar algum “rotulo” Nele.

Começaram de leve...

“De Nazaré pode proceder alguma coisa boa?“—disseram os mais teologicamente refinados, porém preconceituosos.

“Ele nunca estudou. Como sabe essas coisas?”—questionavam os doutos e letrados, com a reprovação que não sabe esconder a maravilha de verem se derramando Dele a sabedoria que eles não podiam negar, e nem aceitar por puro orgulho.

Mas com o passar dos dias, à medida que a Graça se derramava; e multidões afluíam; e milagres e maravilhas eram realizados; enquanto todos se mostravam embevecidos e extasiados com a Sua Palavra, o nível das agressões foi baixando e baixando...

Eles estavam em estado de desespero, e não sabiam como esconder a raiva e a inveja.

A raiva e a inveja sempre se manifestam diante da Graça, assim como o ódio de Sallieri se manifestou ante os talentos de Mozart, a quem este amava odiosamente, admirava raivosamente, e adorava excomungantemente.

“É pelo poder de Belzebu, o maiorial dos demônios que ele expulsa demônios”—diziam os medíocres e enciumados, ante a iminência de haver a quebra do poder que antes eles detinham sobre as fracas mentes que até então os rodeavam com medo e sob tirania.

“Está louco”—Ele ouviu até de Seus próprios familiares, porque não tinha tempo a perder.

“És samaritano e tens demônio!”—afirmaram os preconceituosos sobrenaturalistas e místicos da religião conservadora.

“Glutão, bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores”—garantiam acerca Dele os puritanos.

“Ele tem a intenção de se suicidar”—inferiram alguns de linha mais subjetivista.

“Este blasfema!”—acusaram os mestres das doutrinas.

E após a Sua morte Ele ainda foi chamado da seguinte forma:

“Aquele embusteiro, enquanto vivia, disse que iria ressuscitar de entre os mortos!”

Assim os religiosos proclamaram a sua própria fé na ressurreição!

Mas Jesus não perdeu tempo com nada disso. Ele não cria que valesse a pena colocar um pano tirado de uma vestimenta nova, e usá-lo para remendar uma veste velha. Ela sabia que a veste nova ficaria esburacada e que o pano antigo não saberia suportar o novo tecido, e se arrebentaria puído.

O mesmo Ele dizia de se tentar colocar vinho novo e odres velhos, e vice versa.

Além de que o odre velho estragaria o sabor do vinho novo, a consistência deste acabaria por rebentar o couro do velho e viciado odre, acostumado que estava a ser portador de um vinho que já virara couro e de um couro que já virara vinho.

E pior: Ele sabia que ninguém haveria de dizer que o Novo era excelente se já estivesse viciado pelos antigos sabores!

Por isso Ele não perdeu tempo. Andou por toda parte e pregou o Reino de Deus.

Ora, aos Seus discípulos, Ele disse:

“Se chamam de Belzebu ao dono da casa, que dirão eles dos servos?”—e assim nos ensina que não deveríamos jamais estranhar o tratamento de rejeição quando a Palavra libertadora do Evangelho viesse a ser anunciada.

“O servo não é maior do que o seu senhor; nem o enviado maior do que aquele que o enviou”—asseverou Ele a fim de ensinar aos filhos da Graça a realidade das respostas que teriam num mundo no qual a Cruz é loucura para os filósofos, e escândalo para os religiosos.

Assim como foi, assim é, e assim será!

Ninguém tem que dizer “amém.”

O problema é que não dá para negar que seja assim.

A lição que Ele nos dá nessa hora é não lançar pérolas aos porcos. Foi por isto que Ele ficou em silencio na frente da autoridade política e da autoridade religiosa em Seu julgamento.

E enquanto a hora não chegava, Ele andava na simplicidade das pombas e com a prudência das serpentes. Não recuou de Seu caminho. Mas muitas vezes se retirou para lugares ermos, e orava.

“Saiamos, pois, a Ele, fora dos portões, levando o Seu vitupério”.

Caio

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